Dreadful Shadows



Formado em 1993 na Alemanha, o Dreadful Shadows fazia a mistura clássica do gothic rock e darkwave em seus primeiros álbuns, porém com o passar do tempo foram adicionadas guitarras e bateria mais pesadas, além de elementos eletrônicos, fazendo com que fosse mais considerada uma banda de gothic metal. Apesar disso, eles se destacaram da já conhecida "cena gothic rock" em alguns aspectos. O Dreadful Shadows conquistou maior reconhecimento quando saiu em turnê com o Paradise Lost no pré-lançamento do terceiro álbum chamado "Beyond the Maze". Se desfez em 2000 com o lançamento do EP Apology pois os membros pretendiam trabalhar em outros projetos.
The Cycle foi o quarto e último álbum de estúdio da banda. Ele conta com as músicas título dos dois singles do álbum "Futility" e "Twist in my Sobriety", além de "New Day" e "Vagrants in Space" onde os vocais graves se contrastam com a suavidade do backing-vocal feminino fazendo uma composição harmoniosa, diferente e interessante. Eu recomendo este cd para os fãs de Katatonia, Sisters of Mercy e Tiamat. Espero que gostem.


[official website] | [myspace] | [last.fm] | [metal-archives]






[1999] The Cycle

01 - Prelude
02 - Futility
03 - New Day
04 - A Better God
05 - Intransigence
06 - Torn Being
07 - Courageous
08 - The Vortex
09 - Awakening
10 - Vagrants In Space
11 - Calling The Sun
12 - Exile
13 - The Cycle
14 - Twist In My Sobriety


[review in english]


[purchase]


[download]

The Old Dead Tree




The Old Dead Tree é uma banda francesa, fundada por Manuel Munoz (Vocals, Guitars) e icolas Chevrollier (Guitars) em meados de 1997, caracterizada por um estilo que vem ganhando certos adeptos nos últimos anos, que é o "depressive rock", no qual há uma fusão entre Dark/Doom Metal com o Rock/Pop, garantindo uma acessibilidade maior as músicas mas sem a perda de peso ou a atmosfera obscura que elas confeccionam.

Durante o ano de 1999, uma tragédia aconteceu com a banda, que foi a morte do então baterista Frédéric Guillemot, que veio a cometer suicídio. Algo que podia ter abalado as estruturas da banda e acabado de vez com sua carreira acabou servindo como combustível para continuarem e comporem cada vez mais, e num nível cada vez mais elevado de qualidade, dando origem então ao álbum que posto agora, chamado The Nameless Disease, que só veio a ser lançado de fato em 2003.

Neste álbum, cada música é uma pequena homenagem ao amigo perdido além de uma forma de canalizar toda a angústia, ira e tristeza que sentem num afluente musical, criando uma atmosfera obscura e tortuosa ao mesmo tempo que de fácil assimilação e extremamente grudenta. As músicas ressoam na cabeça depois de poucas ouvidas, conduzindo naturalmente o ouvinte ao universo de sentimentos e sensações por muitas vezes aflitantes que elas constroem. Difícil não se encantar e se deixar levar por elas, realmente...

Depois desse álbum, a banda conseguiu um certo reconhecimento pela Europa e participou de vários festivais por lá, bem como uma turnê com o Epica. Lançaram dois álbuns depois deste, The Perpetual Motion (2005) e The Water Fields (2007), mas na minha singela opinião o primeiro foi justamente o melhor, não só pela temática e circunstância que foi composto, mas pelo conjunto geral que conseguiram desenhar. Recomendo a todos, não importa sua preferência musical. ;)


[official website] | [myspace] | [last.fm]





[2003] The Nameless Disease

01 - We cry as one
02 - It can't be!
03 - How could you?
04 - Won't follow him
05 - It's the same for everyone
06 - Somewhere else
07 - Joy & happiness
08 - Transition
09 - Quietly kissing death
10 - All...
11 - The Bathroom Monologue


[review in english]


[purchase]


[download]

Causa Sui










Depois de seu último CD, Free Ride, a banda Causa Sui decidiu reinventar seu som, longe de amarras e com um diferente método de trabalho Summer Sessions Vol.1 sai como resultado de horas e horas de jams descompromissadas e colagens de diversas estruturas sonoras que em um primeiro momento, segundo a própria banda, não pareciam se encaixar. O álbum consiste em quatro longas músicas instrumentais com a fusão de diversos estilos, dentre eles elementos de kraut-rock e fusion sobre o corpo do já conhecido stoner que marca os outros registros da banda, fazendo desta uma peça única.

Altamente recomendado para aqueles fãs de stoner que como eu tem procurado por algo novo no front, caso ainda tenham dúvida, confiram alguns trechos das músicas no myspace da banda, logo abaixo.

[official website] | [myspace] | [last.fm]













[2008] Summer Sessions Vol.1

1 - Visions Of Summer
2 - Red Sun In June
3 - Portixeddu
4 - Soledad


[purchase]

[download]

Decapitated












Existe algum estilo de metal mais violento do que death metal? Eu acho que não.
Decapitated é uma banda da Polônia formada em 1996, que teve o seu primeiro CD lançado em 2000 (Winds of Creation). Nihility é o segundo disco deles e é uma pérola da música agressiva com técnica do metal mundial. Após ele, foram lançados o The Negation em 2004 e Organic Hallucinosis em 2006, mas o que posto continua sendo o meu favorito e o mais acessível, na minha opinião.

Nihility é peso e violência pura, de forma maestralmente tocada. Uma das coisas que mais gosto nele é que, diferente de grande parte das bandas de technical death metal, onde aparentemente o objetivo é fazer o mais difícil no menor tempo possível, os caras do Decapitated dão um tempo, para deixar as músicas, ao invés de mais técnico, mais pesado. Claro, é rápido, técnico e agressivo. Mas não é só isso; também é muito pesado. Nota-se isso no solo da primeira música. Ou no começo de Eternity Too Short (que coisa linda!). Ou na faixa-título. E assim vai. Mas o destaque mesmo do CD, na minha opinião, é a música Spheres of Madness. Poucas coisas são tão boas no mundo do metal quanto headbanging ao som de um pedal duplo. Ela também é cheia de riffs fodas e quebrados, principalmente no refrão. Confira aqui o vídeo dela.

[last.fm] | [official website]













2002 - Nihility

01 - Perfect Dehumanisation (The Answer?)
02 - Eternity Too Short
03 - Mother War
04 - Nihility (Anti-Human Manifesto)
05 - Names
06 - Spheres of Madness
07 - Babylon's Pride

[review in english]


[purchase]

[download]

Godspeed You! Black Emperor










Oi, eu sou o pirs e este é o meu primeiro post aqui. Comecemos.
Conheci o GY!BE por influência de um amigo meu de Brasília, pouco tempo depois de ter descoberto o maravilhoso mundo do post-rock. Acho que foi a primeira recomendação de banda que me fizeram até hoje onde me falaram "baixe toda discografia, você vai gostar." Deixei baixando e fui ler a respeito da banda. Após ler reviews falando muito bem, o termo "trilha sonora para o fim do mundo" sempre surgia. Isso, mais o fato de o download ter demorado muito tempo (meu computador deu vários problemas na época) me deixou muito, mas muito mesmo, ansioso para escutar. Eu esperava demais do que estava prestes a ouvir. E para meu eterno deleite, todas as expectativas foram preenchidas.

O estilo de post-rock que o Godspeed You! Black Emperor faz não é convencional. Cada CD tem no máximo cinco músicas e elas costumam ter no mínimo dez minutos. Outra coisa interessante é que, por exemplo, uma de 17, costuma ter várias partes dentro dela; daria pra separar em canções menores, mas não. Cada faixa é um movimento. Eu diria também que, acima de tudo, GY!BE faz música ambiente. Não é algo que se vai escutar logo que baixa, procurando analisar os detalhes dos instrumentos a cada segundo. É pra se ouvir enquanto se está fazendo alguma coisa, ou então, pra quando não se tem absolutamente nada pra fazer. Por exemplo, sempre que falta luz aqui em casa, eu escuto GY!BE no mp3 player, deitado na cama olhando pro teto; e sempre são momentos lindos.

Infelizmente eles possuem poucos discos, e muita gente especula que a banda já acabou, devido principalmente ao sucesso de outros projetos dos nove membros. São muitos projetos, mas o maior é o A Silver Mt. Zion (provavelmente eu poste algo deles aqui depois). Ao todo o GY!BE possui 3 CDs (sendo um duplo) e um EP, e eu garanto: todos são tão bons quanto este. Vamos, então, ao f#a#. O disco começa com um monólogo, com uma voz masculina bem grave e logo em seguida entram as cordas. E assim começa o crescendo. Lento, novos instrumentos vão surgindo, você fica mais ansioso, tudo fica mais alto, mais rápido, o ápice enfim, e após a queda, a desconstrução da melodia. Poucos segundos depois, começa outro, e assim vai indo. A segunda música começa com alguém anunciando algo em alguma língua estranha. Também parece se ouvir carros andando pelas ruas. Como eu disse, bem ambiente. East Hastings provavelmente é a mais famosa deles, pois é trilha sonora do excelente filme de zumbis Extermínio. Ela toca em uma das melhores cenas do filme; quando o protagonista anda por uma Londres, durante pleno dia, completamente deserta. Guitarra e cordas novamente. Algo para ser sentido, e não escutado. A última música, apesar de ser a maior que a banda já fez (29 minutos), é uma das minhas favoritas. Ela tem tantas partes diferentes que se esquece que é a mesma. É a mais abstrata do disco inteiro, às vezes os sons são barulhos que não consegue se identificar. Mas tudo combinando com a temática do CD, algo meio sombrio, como quando se anda de noite pela cidade, observando o cenário, então se chega a uma esquina, olha-se para o lado e só se vê uma rua deserta.


[last.fm] | [official website]















[1998] f#a#oo

01 - The Dead Flag Blues
02 - East Hastings
03 - Providence


[review in english]

[purchase]

[download]

Lovage



Lovage é formada por Mike Patton (Faith No More, Mr. Bungle, Fantômas, Tomahawk, etc), Jennifer Charles (Elysian Fields), Dan the Automator (produtor de bandas como Gorillaz). Music to Make Love to Your Old Lady By destaca várias referências à Alfred Hitchcock e seus filmes, a mais notável sendo o próprio nome do unico álbum da banda que remete ao título "Alfred Hitchcock Presents: Music to be Murdered By". Além disso, a capa do cd é uma homenagem ao segundo álbum de Serge Gainsbourg. Todas as letras do álbum foram escritas pelo trio com exceção da faixa Sex (I'm A) - cover que difere significativamente da música original feita pela banda de new wave americana Berlin - e tem como tema o ato sexual, com um pouco de humor e sarcasmo. A parte instrumental é provocante, carregada de sensualidade e os vocais não ficam atrás. O álbum ainda conta com as participações de Damon Albarn (Blur) em "Lovage (Love That Lovage, Baby)" e Afrika Bambaataa (aquele mesmo) em "Herbs, Good Hygiene & Socks". O vídeo de Lifeboat é uma prévia do que você pode encontrar no álbum.

[last.fm] | [myspace]





[2001] Music to Make Love to Your Old Lady By

01 - Ladies Love Chest Rockwell
02 - Pit Stop (Take Me Home)
03 - Anger Management (Why Must God Punish Me)
04 - Everyone Has A Summer
05 - To Catch A Thief
06 - Lies And Alibis
07 - Herbs, Good Hygiene & Socks
08 - Book Of The Month
09 - Lifeboat
10 - Strangers On A Train
11 - Lovage (Love That Lovage, Baby)
12 - Sex (I'm A)
13 - Koala's Lament
14 - Tea Time With Maseo
15 - Stroker Ace
16 - Archie & Veronica


[review in english]

[purchase]

[download]

Green Carnation



Green Carnation foi formado em 1990, tendo se separado em 1993 depois pela entrada de Tchort, seu mentor, na lendária banda Emperor. Com isso, seus integrantes remanescentes formaram o In The Woods... outra banda lendária de Progressive/Doom Metal, e, depois quea band se separou, Tchort resolveu remontar o Green Carnation junto com alguns de seus ex-companheiros.

Como é de se imaginar, o Green Carnation segue a mesma linha da banda predecessora, fazendo uma alquimia muito interessante e enigmática de Doom/Death Metal com Rock Progressivo e elementos eruditos inseridos inteligentemente em sua música, especialmente nos seus três primeiros trabalhos, onde o que merece mais destaque é justamente esse. Light Of Day, Day of Darkness.

A surpresa começa quando se nota que o álbum só tem uma única música, e ela tem 1:00:16 de duração. Sim, isso assusta de começo (como me assustou, até), pois logo pensamos que se trata daquela música recheada de suítes intermináveis de puro virtuosismo (e egocentrismo) musical, que se torna extremamente maçante depois de poucos minutos. Mas bem, não há nada disso nessa música. Há virtuosismo, sim, mas transposto de forma natural e de muito bom gosto, como se cada mudança harmônica e atmosférica denotasse uma passagem de capítulo da música de modo a formar um fio condutor entre cada uma delas, explorando uma gama de sentimentos, imagens e estruturas musicais vastíssimas, e incrivelmente belas ao seu próprio modo. Particularmente gosto muito do andamento que a música leva a partir dos 45 minutos, soando como se fosse o clímax fluindo diretamente para a conclusão da história, trazendo assim toda a densidade dos acontecimentos e sentimentos que se passa por ela.

Se o conceito por trás do álbum anterior, Journey To The End Of The Night, era amorte de sua filha, o conceito por trás deste que vos posto é o nascimento de seu filho. Então, extrapolando um pouco em cima das percepções e interpretações usuais deste trabalho, podemos ver que ele simboliza o Ying-Yang do próprio Tchort, sendo produto de emoções fortes porém adversas (a morte de um filho/nascimento de um outro) que, ao se unirem, formam o Tao que nada mais é do que o macrocosmo musical do Green Carnation, neste álbum...

Bem, chega de viagens psicodélicas e pseudo-esotéricas sobre a proposta do álbum. As únicas mensagens que queria passar é o quão impressionante é este álbum e para não se deixarem assustar pela longa duração de sua única música., nem para perderem os vários detalhes e nuances que ela contém. Esses três fatos falam por si só, garanto... e é isso, então. ;)


[metal-archives] | [last.fm] | [myspace]





[2001] Light Of Day, Day Of Darkness

01 - Light Of Day, Day Of Darkness


[english review]

[purchase]

[download]

Teeth Of Lions Rule The Divine














Teeth Of Lions Rule The Divine, nome tirado de uma música do Earth, é uma banda formada por figurinhas carimbadas do Doom Metal, as duas mentes por trás do badalado Sunn O))), Greg Anderson e Stephen O'Malley, o vocalista do Cathedral e primeiro vocalista do Napalm Death, Lee Dorrian, e por Justin Greaves, ex-Iron Monkey, ex-Electric Wizard e integrante do Crippled Black Phoenix. Com tantos músicos de bandas consideravelmente diferentes é difícil imaginar no que eles poderiam produzir juntos, mas ao que parece quem tomou as estrideiras do projeto foram os integrantes do Sunn O))) uma vez que a banda dialoga bem com os outros tantos projetos deles.

Rampton é o primeiro e ao que tudo indica o único CD desse projeto e apresenta uma sonoridade homogênea baseada em guitarras monótonas e repetitivas acompanhadas por um vocal bem distorcido e uma bateria cadenciada visando criar uma ambiência que nos remete ao tédio e a auto-destruição contendo apenas três músicas e mais de 50 minutos de execução. Áqueles acostumados com os trabalhos anteriores de O'Malley e Anderson não terão problemas para assimilar o albúm, já aos que se iniciam demanda algum tempo e atenção para melhor assimilar as músicas.


[metal archives] | [last.fm]















[2002] Rampton

01 - He Who Accepts All That Is Offered (Feel Bad Hit Of The Winter)
02 - New Pants & Shirt
03 - The Smiler

[review in english]

[purchase]


[download]