Labirinto




Labirinto é uma banda oriunda de São Paulo city, BR, talvez sendo a primeira banda nacional a ser postada aqui, neste espaço virtual. Sua proposta é calcada no que chamamos de Post-Rock, mas não seria correto dizer que o Labirinto é tão somente isso, já que seu universo musical não é do tipo que apresenta fronteiras e algoritmos exatos em sua arquitetura. E nem restrito a música, já que suas composições não se restringem somente a música, mas toda a arte que a envolve, como a arte gráfica, por exemplo, absorvendo influências que abrangem ainda os campos da fotografia, literatura e tudo relativo a composição artística como um todo.

Tendo já sete anos de estrada desde então, pode-se perceber que eles atingiram um grau de maturidade suficiente a ponto de nos entregarem composições muito bem tecidas, inteligentes e envolventes, claro. Grandiosas, suas durações giram entre 8-12 minutos quase sempre, absorvendo influências diversas como música ambiente, clássica moderna, minimalismo, sem contar música tradicional brasileira em alguns momentos. Uma analogia com gente como Mono e Godspeed You! Black Emperor, dentro das devidas proporções, não seria totalmente descabida, o que por si só já é algo memorável para um lugar com tão pouca cultura em meios post-roqueiros.

Deixo aqui seus dois últimos trabalhos, o EP Etéreo, lançado no ano passado, e o full-length Anatema que saiu a pouco. Este último foi gravado no estúdio Steve Albini, em Chicago, que já recebeu bandas como Nirvana e Pixies. Sinal que eles investiram pesado neste álbum, realmente, e o álbum fez muito jus a tal investimento. É bom ver que algumas bandas de Post-Rock vem surgindo por aí, a maioria delas com qualidade equiparável, senão melhor, a média das bandas que tem pelo globo a fora, exemplo de Fossil, Herod Layne, Amnese, dentre outros. Se considerarmos o pouco, talvez inexistente incentivo ao gênero pelas terras brasilis, é algo memorável e digno de atenção, de fato.

Por fim, só resta dizer: Aproveitem!


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[2010] Anatema

01 - Reverso
02 - Incendiários
03 - Chromo
04 - Huo Yao
05 - Flagelo
06 - Anatema


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[2009] Etéreo

01 - Arcabuz
02 - Temporis
03 - Silêncio Póstumo


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Vestiges

A banda Vestiges foi formada em janeiro de 2010 por dois seres desconhecidos e assim que entraram em estúdio para a gravação do The Descent of Man, um terceiro integrante foi adicionado ao line-up oficial. Pouco se sabe sobre a banda, não tem fotos dos integrantes, nem informações mais precisas de localidade e outras coisas.
Musicalmente falando o som dos caras é basicamente influenciado pelo Hardcore, Black Metal, Crust, D-Beat, Post-Rock e blablabla. O primeiro registro da banda foi lançado no dia 10/10/2010, e apresenta uma sonoridade bastante sólida e digna de atenção e admiração.

A primeira coisa que você irá pensar ao ouvir o som dos caras é na semelhança com os gênios do Fall of Efrafa, porém os caras do Vestige conseguem assumir uma identidade própria sem se limitar aos clichês do gênero. Sem sombra de dúvidas uma das melhores surpresas de 2010, e com certeza merece destaque no ano de 2010 e se continuarem assim os rapazes desconhecidos tem muito futuro pela frente.

The Descent Of Man follows the creation, the evolution, and the eventual annihilation of mankind. Today, we find ourselves hoping to reverse the damage that we have done and struggling to sustain what little earth we have yet to rape repeatedly. We validate this existence with stories that justify our behavior and our role in the natural world. The promise of salvation in a land we have yet to see has clouded our judgment in a land that is right before our eyes. Industrialization, militarization, overpopulation, theism, specieism, and nihilism are regarded as evolution and progress. Our greed and ignorance have been celebrated and our past has been forgotten. We were meant to be a part of nature. We were not meant to conquer nature. We were given life and we have done everything in our power to bring death upon everything in our path, including ourselves. There will be horrifying consequences for what we have done.

For man has sown contempt, man shall reap a bitter end.
Let our bodies replenish this earth, for the true color of man has shown!

Recomendado, e muito.

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[2010] The Descent of Man

01 - I
02 - II
03 - III
04 - Intro
05 - IV
06 - V
07 - Outro

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Preorders for The Descent of Man will be available soon.

Sailors With Wax Wings




Idealizado em 2009, Sailors With Wax Wings é o novo filho de R. Lohren (Pyramids) . Depois de uma viagem pelo mundo, o cara deve ter ficado repleto de ispirações e experiências ao criar um disco tão foda e com tanta gente de gabarito.
Não vou falar mais sobre o cd, mas logo abaixo vou postar a lista de participações nesse debut do Sailors With Wax Wings.

R. Loren - vocals / textures
J. Leah - vocals
Ted Parsons (Swans, Jesu, Godflesh) - drums
Simon Scott (Slowdive) - electronics
Aidan Baker (Nadja) - guitar
Colin Marston (Krallice) - guitar
Vern Rumsey (Unwound) - bass
Prurient (Dominick Fernow of Hospital Productions, Cold Cave, etc) - noise / electronics
James Blackshaw (Young God Records solo artist, Current 93) - piano
Hildur Gudnadottir (Touch Records) - cello
Aaron Stainthorpe (My Dying Bride) - vocals
Jonas Renkse (Katatonia) - vocals
Marissa Nadler (Kemado Records solo artist, appears on Xasthur’s latest record) - vocals
David Tibet (Current 93) - cover art
Faith Coloccia (Mamiffer) - design, layout, painting, collage
James Plotkin (Khanate) - mastering

Precisa dizer mais?

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[2010] Sailors With Wax Wings - Sailors With Wax Wings

01 - Soft Gardens Near The Sun, Keep Your Distant Beauty
02 - There Came a Drooping Maid With Violets
03 - If I Should Cast Off This Tattered Coat
04 - And Clash and Clash of Hoof and Heel
05 - Yes, I Have a Thousand Tongues, And Nine and Ninety-Nine Lie
06 - God Fashioned the Ship of the World Carefully
07 - There Was One Who Sought a New Road
08 - Strange That I Should Have Grown So Suddenly Blind

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Dax Riggs




Dax Riggs, estadunidense nascido no estado de Louisiana no ano de 1973, é um nome (infelizmente) pouco familiar aos ouvidos do povo, mesmo àqueles mais ligados no cosmos underground da música. Apesar de ter um background memorável, por algum motivo, suas bandas e seus projetos nunca eclodiram ou obtiveram o reconhecimento merecido. No entanto, isso não apaga de modo algum seus méritos como compositor e o legado que vem deixando desde os inícios dos 90's, já digo o por quê.

Seu primeiro e possivelmente mais marcante trabalho foi com o Acid Bath, banda que goza até hoje de um relativo status cult desde a época de sua existência (1991 até 1997, mais ou menos), lançando dois álbuns que são verdadeiras descargas sonoras, cuja base Sludge/Stoner mesclam-se a matizes Grunge, Death/Doom Metal, Folk, Post-Punk e muitos outros, sem definir-se exatamente por um destes gêneros. Alguns mais desavisados logo pensariam: "Nossa, isso parece Alice In Chains! Mas tá esquisito", ao ouvir alguma de suas músicas. Com o encerramento de suas atividades, Mr. Riggs fundou o Agents of Oblivion, banda que já estrelou nas páginas deste blog, vide link. Segue uma linha bem próxima ao AB, embora possuído de uma veia obscura e mórbida mais grossa do que o antecessor, e que infelizmente lançou apenas um álbum antes de sua dissolução, o self-titled de 2000. Depois disso, ouviu-se do Dax num outro projeto, Deadboys and Elephantman, que conheço muito pouco, admito. Lembro de ter ouvido algo lá nos idos de 2006/2007, época em que ainda era recente, e lembro que seguia uma linha mais light, algo que poderia ser chamado de Alternative Rock (mas que nada tem a ver com os Strokes e Kings Of Leon's da vida, felizmente).

Nesta mesma época, veio o seu primeiro álbum solo. We Sing Of Only Blood And Love. Apesar do nome parecer ter sido retirado de algum poeminha gótico de uma adolescente de 15 anos fã do Evanescence, nele, o lado mais metálico de sua música parece ter dissipado de vez, restando apenas o feeling psicodélico, bluesy, obscuro, banhado com tons de Southern Gothic de outrora. Se não é nada transcendental, é certamente algo muito bem feito e instigante de se ouvir, qualidades também atribuídas ao seu novíssimo solo, intitulado We Say Goodnight To The World. Aqui, sua verve negra e alucinógena parece ter ganhado outros contornos e núcleo, estando mais pulsantes e profundas do que nunca, tendo momentos que o aproximam muito de nomes lendários como Jeff Buckley e Nick Cave.

Para quem conheço o trabalho do cidadão, é um prato cheio. Para os outros, uma boa chance de conhecê-lo e degustá-lo como se deve. Uma ótima pedida para madrugadas de sexta-feiras solitárias, for sure! Enjoy it.


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[2010] We Say Goodnight The World

01 - Say Goodnight To The World
02 - I Hear Satan
03 - You Were Born To Be My Gallows
04 - Gravedirt On My Blue Suede Shoes
05 - Like moonlight
06 - No One Will Be A Stranger
07 - Heartbreak Hotel
08 - Sleeping With The Witch
09 - Let Me Be Your Cigarette
10 - See You All In Hell Or New Orleans


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Black Mountain



Vindos de terras canadenses, são eles a motivação do post de hoje: os montanheses negros. Tratam-se de 4 rapazes e 1 mocinha cujo trabalho consiste, pura e simplesmente, em fazer Rock. Isso não diz muita coisa hoje em dia, não é? Ainda mais com a biodiversidade imensurável de estilos, sub-estilos, rótulos, pré-rótulos e meta-classificações que foram sendo criadas no curso de 50-60 anos, desde a época que o Rockabilly era uma novidade e Chuck Berry ainda era jovenzinho até a época contemporânea, das alucinações do Avant-Garde Post-Black Metal e as harmonias sublimes do Post-Rock. Mas acreditem que não é possível defini-los de melhor maneira do que esta.

Digo o motivo. Valendo-se pelos perfumes made in 1972, chuva de notas made by Hammond, psicodelia Zeppeliana, riffs Sabbathísticos, um punch Deep Purplesco, a psicodelia "inocente" tão característica daqueles aeons, um feeling hippie, corações partidos, ou tão somente um culto à arte como expressão máxima do subconsciente humano, o Black Mountain entrega-nos aqui 10 músicas deliciosas, embaladas sob o título de Wilderness Heart. Parece um álbum mais sereno e digamos, romântico, comparado com seu antecessor In The Future, o que fez que a mídia traçasse uma analogia entre ele e o Houses Of The Holy, dos mestres Zeppelin. Se isso é algo positivo ou negativo, cabe ao ouvinte julgar. Minha missão cabe em divulgá-los o máximo possível, pois uma pérola retrô como esta não merece ficar relegada à poeira do passado (o trocadilho não foi intencional, juro *cof cof*).

Dentre 1001 salvadores de Rock e pseudo-revolucionários vanguardistas, fico com esta banda. Espero que gostem! ;)


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[2010] Wilderness Heart


01 - The Hair Song
02 - Old Fangs
03 - Radiant Hearts
04 - Roller Coaster
05 - Let Spirits Ride
06 - Buried By The Blues
07 - The Way To Gone
08 - Wilderness Heart
09 - The Space Of Your Mind
10 - Sadle


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