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Alcest




Alcest, nome de uma personagem mitológica da Grécia, é a filha de de Pélias cuja mão em casamento é prometida para quem for de encontro a ela num carro puxado com leões e javalis, tarefa realizada por Adento que, logo após a tarefa, acaba adoecendo. Para salvá-lo, alguém precisa ser sacrificado em seu lugar, missão que Alceste se incubiu de fazer. Quando as forças de Adento foram se recuperando, as de Alceste diminuíam cada vez mais, até quase seu encontro fatal com a Morte que, no entanto, não veio a acontecer devidoà intervenção de Hércules. Assim, Alceste pode se recuperar junto de Adento e ambos viveram casados.

Historinha bonita, não? Pois este mesmo nome batiza uma das bandas (one-man band, na verdade) que talvez seja a mais influente e eclética dentro do universo do Black Metal no fim da década de 00's. Sua fundação data do ano de 1999, pelas mãos de Neige, que já foi (ou ainda é) integrante de bandas importantes do BM francês tais quais Peste Noire, Mortifera, Valfunde, Amesoeurs, além de nomes de outros países como Lantlôs e Forgotten Woods, na qual até 2002/2003 tinha a colaboração de Famine e Argoth, pessoas também importantes na tal cena.

Tendo lançado sua primeira demo ainda em 2001, chamada Tristesse Hivernale, apresentando ainda um Black Metal bastante cru, ríspido e gélido, bem ao estilo das outras bandas da região, o Alcest no entanto parece ter tomado outros caminhos desde então, começando a absorver influências sonoras diversas e incomuns ao gênero, a ponto de tornar sua música mais acessível sem no entanto perder a quintessência que marca a ferro e fogo a roupagem do Black Metal. Já desenvolvendo esta linha, saiu o EP Le Secret, em 2005, contendo duas músicas, sendo uma delas um poema musicado de Charles Baudelaire, chamado Elévation.

Desde esse EP, já pode-se perceber ecos do que o Alcest viria a lapidar num futuro próximo. Influências de Post-Rock e Shoegaze, antes totalmente dissociados do BM, ressoavam aqui e acolá durante o EP, trazendo um feeling com sabor nostálgico e docemente melancólico as músicas, abrandando um pouco a crueza comum do gênero mas, como disse, mantendo ainda todos os elementos dignos de fazer a felicidade de todo fã dele. Dois anos depois, veio ao mundo um álbum que, na minha opinião (e destaco isso em negrito, itálico e letras vermelhas, para que fique bem claro), mais revolucionou o universo BM nessa década que findou há pouco, o Souvenirs D'un Autre Monde. Nele, a fusão de Black Metal, Post-Rock e Shoegaze atinge sua evolução completa, tecendo um álbum recheado de melancolia nostálgica e árcade, que evoca uma espécie de sensação no ouvinte que o faz remeter a tempos distantes e remotos, onde as coisas pareciam mais fáceis e a vida mais agradável, crescendo assim uma tristeza serena e confortante em seu âmago.

Depois de ter se envolvido em toda a confusão da banda "prima" do Alcest, o Amesoeurs, que levou ao fim da mesma, desde 2009 o Neige começou a traçar o que viria a se tornar, hoje, o segundo full-length do Alcest, vindo sob o nome de Écailles De Lune (Escalas da Lua, em português). Fãs, admiradores e amantes do Souvenirs ficarão felizes com este trabalho, pois nele se faz presente todos os elementos que marcaram e tornaram-lhe um dos álbuns mais geniais dos últimos anos. Talvez a maior diferença aqui, no Écailles, seja uma tonalidade mais voltada ao Black Metal do que no Souvenirs, além de músicas mais longas e com certa influência progressiva, especialmente nas duas primeiras. Se ele é um álbum que vai romper barreiras e paradigmas e, além disso, vai superar a qualidade e importância do antecessor, só o curso do tempo dirá. A minha primeira impressão, ainda bem crua, é de que se trata, sim, de um álbum primoroso, fortíssimo candidato desde já ao melhor álbum de 2010, mas que não conseguiu cumprir a missão de igualar o nível de qualidade do anterior. Talvez isso torne este CD menos atraente aos olhos dos fãs mais ardorosos da banda, mas isto seria um gravíssimo erro, em minha sincera opinião. Digo-lhes, escutem este CD como se fosse a primeira vez que escutam algo do Alcest e deliciem-se, pois uma pérola sônica assim é difícil de se ver por aí, a qualquer hora.

Well, that's all folks, enjoy it!

//Emergindo o tópico para deixar aqui o novíssimo trabalho da banda (?). Batizado de Les Voyages De L'Âme, continuamos aqui a desfrutar das belíssimas paisagens sônicas do nosso querido amigo Neige, recheadas de um bucolismo nostálgico revigorante. De distinto, noto alguns tons mais claros emanados das 8 canções que compõe o álbum, carregados de sentimentos mais positivos (menos negativos, vamos dizer assim...), mostrando que existem sim, dias de sol nas pastagens desoladas da Alceste. Para começar bem 2012, não há coisa melhor.

Enjoy!


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[2012] Les Voyages De L'Âme

01. Autre Temps (Album Version)
02. Là Où Naissent Les Couleurs Nouvelles
03. Les Voyages De L'Âme
04. Nous Sommes L'Emeraude
05. Beings Of Light
06. Faiseurs De Mondes
07. Havens
08. Summer's Glory


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[2010] Écailles De Lune

01 - Écailles De Lune (Pt. 1)
02 - Écailles De Lune (Pt. 2)
03 - Percées De Lumière
04 - Abysses
05 - Solar Song
06 - Sur L'Océan Couleur de Fer

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Caïna



Caina é o projeto de um dos mais promissores músicos do "underground" britânico, Andrew Curtis-Brignell. Tudo começou quando Andrew comprou sua primeira guitarra no inverno de 2004, como uma espécie de "saída", um intrumento de cartase. Os primeiros trabalhos estavam focados no Raw Black Metal, mas posteriormente Andrew incluiu diversos gêneros ao som do Caina, fazendo a banda soar como é hoje. Black metal, post rock, shoegaze, neo-folk, drone, post punk serão alguma das influências que serão encontradas no som do Caina.

\Novo EP do
Caina lançado em abril,. A proposta nesse é bem parecida com a do full-lenght que postei aqui no log ano passado, Black Metal/Post/Shoegaze e blablabla, mas dessa vez o lado mais cru do black metal está mais acentuado. A primeira e a ultima faixa são faixas praticamente shoegaze, enquanto as outras duas tem suas raizes focadas no raw black metal com as pitadas de post-rock/shoegaze já habitual da banda.

Eu particulamente achei muito bom esse novo trabalho do Caina, tanto as musicas mais leves quanto as mais cruas, e uma curiosidade sobre a faixa To Pluck the Night Up By Its Skin, é o fato de conter uma sitação de Jim Jones que ficou mundialmente conhecido por causa de sua seita e o suicídio coletivo de mais de 900 pessoas

Pra quem interessar, "Suicide Tape Transcript"


\"
Hands That Pluck is uncompromising. The final album under the Caïna name for (one man) band leader Andy Curtis-Brignell is intense. Vocally, musically, and lyrically. This is an album dealing with the subject of finality - even more so because it will be the last Caïna release - with ideas of religion and will making numerous appearances.

This album is a little over seventy minutes long, it’s complex and has so much to offer that you’ll be pressing repeat immediately after your first listen. This is not an album to be consumed in one sitting. It’s an album to take your time with. Each listen will bring something new; even after multiple plays, I still don’t think I’ve really taken it all in.
Hands That Pluck will stay with you long after the closing seconds. In your dreams, and in your reality." [by: scenepointblank]


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[2011] Hands That Pluck

CD 1
01 - Profane Inheritors
02 - Murrain
03 - Hands That Pluck
04 - The Sea Of Grief Has No Shores
05 - Callus And Cicatrix
06 - Somnium Ignis
07 - Haruspication
08 - I Know Thee Of Old
09 - Ninety-Three

CD 2
01 - Some People Die
02 - Validity
03 - The Last Song
04 - To Funk The Night Up By Its Shit
05 - Roses In The Snow (Nico Cover)
06 - Some People Fall (2011 Remaster)
07 - The Validity Of Hate Within An Emotional Vacuum (2011 Remaster)
08 - Permaneo Carmen (2011 Remaster)
09 - To Pluck The Night Up By Its Skin (2011 Remaster)

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[2009] Caïna [ep]

01 - The Approaching Chastisement
02 - Drilling the Spire
03 - To Pluck the Night Up By Its Skin
04 - You Worship the Wrong Carpenter


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[2008] Temporary Antennae

1 - Intro – Manuscript Found In Unmarked Grave, 1914
2 - Ten Went Up River
3 - Willows And Whippoorwills
4 - Tobacco Beetle
5 - Larval Door
6 - …And Ivy Wound Round Him
7 - Them Golds And Brass
8 - Petals And Bloodbowls
9 - Temporary Antennae
10 - None Shall Die

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Altar of Plagues




White Tomb é o primeiro full-lenght do Altar of Plagues, banda de Cork na Irlanda, com previsão de lançamento para o final de abril. Meu primeiro contato com a banda foi ainda esse ano quando ouvi o EP Sol, lançado ano passado, e logo de cara vi que essa banda oferecia algo diferente do que estamos acostumados a ouvir no meio black-metal atual.
Depois do grande reconhecimento do Alcest e do Amesoeurs uma onda de bandas que misturam o black-metal com elementos do post-rock/post-punk estão surgindo, e muitas delas apresentam propostas bem interessantes. O caso do Altar of Plagues é parecido com isso, mas ao invês do post-rock os irlandeses adotam elementos mais voltados pro post-metal.

Magistral seria uma palavra adequada para definir esse albúm, alternando entre o black metal e o lado mais Post, a banda consegue criar uma paisagem sonora impressionante, aos meus ouvidos o som varia entre o black metal de uns Shining, o lado mais sludge do Isis e do Cult of Luna nos primeiros lançamentos e o post-rock do Red Sparowes ou até mesmo do Mogwai.

Com certeza um dos melhores lançamentos do ano, e provavelmente o mais interessante cd de black metal de 2009.
Não tenho muito o que acrescentar a respeito deste albúm, deixo a cargo de cada um fazer suas colocações a respeito, e lembrando que os comentarios são sempre bem vindos aqui no ETS.

//Exatamente um ano depois da primeira postagem, volto aqui para postar o novo EP do Altar of Plagues, Tides.
Mesmo sendo composto de apenas 2 músicas, o EP tem um total de 35 minutos sendo capaz de mostrar o porque da banda ser uma das minhas favoritas da atual cena black metal.
Infelizmente o EP não consegue superar o fenomenal White Tombs, mas mesmo assim continua sendo algo realmetne primoroso para todos os apreciadores de boa música.
Enyoy!

//Exatamente 1 ano depois do post do EP Tides, eis que sai o novo album da melhor banda de black metal da atualidade (na minha opinião, é claro). Segundo a Profund Lore o novo do Altar of Plagues é para 2011 o que o Marrow of the Spirit do Agalloch foi para 2010. Esse sem sombra de dúvidas irá figurar no top de 2011 em todas as listas dignas de respeito.

Breathtaking, absolutely breathtaking.


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[2011] Mammal

01 - Neptune is Dead
02 - Feather and Bone
03 - When the Sun Drowns in the Ocean
04 - All Life Converges to Some Center

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[2010] Tides EP


01 - Atlantic Lights
02 - Weight Of All

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[2009] White Tomb

01 - Earth: i) As A Womb
02 - Earth: ii) As A Furnace
03 - Through The Collapse: i) Watchers Restrained
04 - Through The Collapse: ii) Gentian Truth


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Fen



Algo que sempre me chama atenção e me fascina, de certo modo, é conferir a evolução de alguma idéia, história, ou alguma vertente da música/literatura/etc. ao longo da linha do tempo. Ver as diferentes nuances e dimensões que essa "coisa" foi ganhando, o que foi deixado pra trás e as pessoas envolvidas nessa história, tanto os vitoriosos quanto aqueles que tentaram e não deixaram sua marca. Pois então, lógico que isso se aplica também as infintas vertentes da música, e do Metal também. Mais precisamente, nesse caso, falaria do Black Metal.

De 2006-2007 pra cá, vem surgindo uma nova vertente dentro do próprio Black Metal, que se propõe a unir sua atmosfera frígida e gélida a elementos mais calmos e viajantes, oriundos da música progressiva e do Post-Rock/Shoegaze, tornando sua música mais acessível mas não menos sincera em sua essência e dando contorno novos ao gênero. Dessa leva, uma das bandas que vem surgindo é este que vos posto agora, chamada Fen.

Oriunda de UK, a banda então reúne todos esses elementos que mencionei acima com a obscuridade do Black Metal a elementos de post-rock e progressivo, lembrando em vários momentos o já bem conhecido Alcest e mais ainda o Agalloch. Suas músicas criam uma atmosfera densa e lúgubre, envolta numa pele fria que emana melancolia por todos os seus poros e que sufoca a alma em meio a suas nuvens e tormentas angustiadas. Mas, apesar disso, o som da banda é bastante acessível (pelo menos para ouvidos bem "treinados"), e transmite uma certa tranquilidade e desejo de querer voar e libertar-se de todos os sentimentos negativos que nos aflingem em meio a essa viagem...

Sendo um pouco mais direto, posto agora os dois trabalhos oficiais já lançados por essa banda. O full-length está para sair no começo de 2009, oficialmente, mas como já circula pelos guetos virtuais decidi compartilhar logo com vocês. Depois que ouvi este álbum, minha admiração pela banda cresceu exponencialmente em poucos dias e fez por merecer minhas palavras e um post aqui. Espero, sinceramente, que gostem. ;)

\ O novo do Fen mantêm de certa forma a mesma pegada dos anteriores, ou seja, pitadas de post-rock e um metal mais "dark" a lá Agalloch, Castevet, Wolves in the Throne Room e até mesmo Ulver na fase da trilogia. Vale a pena conferir. [edit: Pedro]



"The sound of thousands of dead, ancient spirits that scream across landscapes of eternal bleakness. There is no life and no hope here...


"The strength of Fen lies in their song structures, all leading to a rain-drenched atmosphere. If ambient could sound like black metal, "Ancient Sorrow" would be the blueprint." - Vampire Magazine "


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[2011] Epoch

01 - Epoch
02 - Ghosts of the Flood
03 - Of Wilderness and Ruin
04 - The Gibbet Elms
05 - Carrier of Echoes
06 - Half-Light Eternal
07 - A Warning Solace
08 - Ashbringer

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[2009] The Malediction Fields

01 - Exiles Journey
02 - A Witness To The Passage Of Aeons
03 - Colossal Voids
04 - As Buried Spirits Stir
05 - The Warren
06 - Lashed By Storm
07 - Bereft


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[2007] Ancient Sorrow


01 - Desolation Embraced
02 - The Gales Scream Of Loss
03 - Under The Endless Sky


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ps: you can directly purchase their album through their myspace page, along with t-shirts.

Agalloch




Agalloch foi formado por John Haughm e Shane Breyer em Portland, Oregon, EUa, em 1996, após a frustação de seus projetos musicais anteriores, tendo lançado seu primeiro full-length em 1999, chamado Pale Folklore. Diferente das demos e trabalhos promocionais anteriores, que emanavam uma influência de Black Metal predominante, o Pale Folklore já apresentava elementos marcantes de folk e música clássica e sinfônica, com um uso bem ponderado de bandolins, violino, expandindo largamente seus horizontes sonoros.

Sua música em si é caracterizada, também, pelas letras que sempre abordam temas introspectivos e obscuros, como a melancolia, solidão e misantropia, mas com uma forte ligação com elementos da natureza no geral, especialmente sobre paisagens no outono/inverno, o pôr-do-sol, florestas, etc. como se, de alguma forma, tentassem transpor através deles seus estados pessoais num certo momento ou puro e simplesmente falar sobre a beleza e as sensações que eles causam. Essa conexão tão forte com a natureza é notada desde o nome da banda em si, Agalloch, que é o nome de uma árvore de resina aromática chamada Aquilaria agallocha, e inclusive uma edição especial do Pale Folklore numa caixa de madeira.

Depois do Pale folklore, a banda lançou dois full-lengths, The Mantle (2002) e Ashes Against The Grain (2006), além de alguns EPs como o Of Stone, Wind And Pillor (2001), contendo material antigo da banda junto com um cover do Sol Invictus, e o The White (2008). Apesar da banda manter praticamente o mesmo estilo em todos os álbuns, repara-se que eles exploram de maneira diferente os temperos que constituem seu prisma sonoro, às vezes se focando no lado acústico e folk, em outras no lado mais Doom/Progressive Metal e até mesmo no Post-Rock.

Particularmente, acho incrível a maneira como o Agalloch consegue articular tantos elementos sonoros aparentemente dispersos de forma tão coesa e criar atmosferas harmônicas intrigntes que transmitem frieza, desolação e serenidade, ao mesmo tempo, além de retratar a beleza simples da natureza que muitas vezes nem percebemos, ainda mais aqueles que vivem em grandes cidades, como eu por exemplo. Por isso, é um das bandas que mais me impressiona e me intriga, dentre todas que conheço.

//Aproveito a deixa da postagem de outubro do ano passado para deixar-lhes um álbum deles gravado ao vivo na Bélgica neste ano de 2009. O setlist é um bom apanhado de toda a sua primorosa carreira e a qualidade de som se mostra bem nítida, captando bastante da energia do show da banda. Sortudos são aqueles que puderam comparecer a este show e presenciar tal qualidade sonora produzida pela banda.

Bem, aproveitem-o!

//Em um ano com repleto de lançamento foda como o Rosetta, Celeste, Unearthly Trance, Electric Wizard entre outros, fica até dificil dizer qual será o melhor cd de 2010. Porém algumas bandas sempre serão melhores do que as demais: Ulver, Neurosis e o caso em questão agora, o Agalloch.

Quando você tem a notícia de que sua banda preferida irá lançar um cd novo, suas expectativas são sempre as maiores possíves, porém um certo medo de decepção ainda te incomoda. Mas o legal de adorar certas bandas é que você mesmo tendo esse medo, no final das contas você acaba gostando ainda mais do que você achava que ia gostar, esse é o caso do Agalloch.
Sou suspeito pra falar de Agalloch, pois a banda esta está no meu top 3 bandas mais fodas de sempre desde 2005, e nada do que os caras fizerem irá me decepcionar.

Agalloch - Marrow of the Spirit. Melhor lançamento de 2010 de longe, e como esse ano não tem Ulver e Neurosis, a primeira posição no top 2010 já está garantida para os deuses de Portland.

Banda perfeita, músicos perfeitos, atmosfera perfeita, cd perfeito. Nem precisa falar que esse cd é essencial.

[edit by: pedro]


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[2010] Marrow of the Spirit

01 - They Escaped the Weight of Darkness
02 - Into the Painted Grey
03 - The Watcher's Monolith
04 - Black Lake Nidstång
05 - Ghosts of the Midwinter Fires
06 - To Drown


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[2009] The Silence Of Forgotten Landscapes

01 - Limbs
02 - Falling Snow
03 - As Embers Dress The Sky
04 - Dead Winter Days
05 - I Am The Wooden Doors
06 - In The Shadow Of Our Pale Companion
07 - Not Unlike The Waves
08 - Bloodbirds


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[1999] Pale Folklore

01 - She Painted Fire Across The Skyline (part 1)
02 - She Painted Fire Across The Skyline (part 2)
03 - She Painted Fire Across The Skyline (part 3)
04 - The Misshapen Steed
05 - Hallways Of Enchanted Ebony
06 - Dead Winter Days
07 - As Embers Dress The Sky
08 - The Melancholy Spirit


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Vestiges

A banda Vestiges foi formada em janeiro de 2010 por dois seres desconhecidos e assim que entraram em estúdio para a gravação do The Descent of Man, um terceiro integrante foi adicionado ao line-up oficial. Pouco se sabe sobre a banda, não tem fotos dos integrantes, nem informações mais precisas de localidade e outras coisas.
Musicalmente falando o som dos caras é basicamente influenciado pelo Hardcore, Black Metal, Crust, D-Beat, Post-Rock e blablabla. O primeiro registro da banda foi lançado no dia 10/10/2010, e apresenta uma sonoridade bastante sólida e digna de atenção e admiração.

A primeira coisa que você irá pensar ao ouvir o som dos caras é na semelhança com os gênios do Fall of Efrafa, porém os caras do Vestige conseguem assumir uma identidade própria sem se limitar aos clichês do gênero. Sem sombra de dúvidas uma das melhores surpresas de 2010, e com certeza merece destaque no ano de 2010 e se continuarem assim os rapazes desconhecidos tem muito futuro pela frente.

The Descent Of Man follows the creation, the evolution, and the eventual annihilation of mankind. Today, we find ourselves hoping to reverse the damage that we have done and struggling to sustain what little earth we have yet to rape repeatedly. We validate this existence with stories that justify our behavior and our role in the natural world. The promise of salvation in a land we have yet to see has clouded our judgment in a land that is right before our eyes. Industrialization, militarization, overpopulation, theism, specieism, and nihilism are regarded as evolution and progress. Our greed and ignorance have been celebrated and our past has been forgotten. We were meant to be a part of nature. We were not meant to conquer nature. We were given life and we have done everything in our power to bring death upon everything in our path, including ourselves. There will be horrifying consequences for what we have done.

For man has sown contempt, man shall reap a bitter end.
Let our bodies replenish this earth, for the true color of man has shown!

Recomendado, e muito.

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[2010] The Descent of Man

01 - I
02 - II
03 - III
04 - Intro
05 - IV
06 - V
07 - Outro

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Preorders for The Descent of Man will be available soon.

Unearthly Trance




Para terminar 2008 em grande estilo posto aqui o álbum que desde o primeiro segundo de blog eu desejei postar, mas nunca tive culhões o suficiente pra falar sobre ele. Unearthly Trance é mais uma das bandas, senão a melhor delas, do catálogo da Relapse Records, e nos traz um som calcado no Doom Metal com altas doses de Sludge e porque não uma presente influência de algumas raízes do Black Metal. A sonoridade da banda já vinha surpreendendo em seu penúltimo CD, The Trident, mostrando esta ser uma das novas apostas americanas para nortearam o que de melhor vem se fazendo no estilo, um Doom Metal moderno, mas isso não significa eletrônico, com uma roupagem Sludge muito bem servida, influenciada pelos grandes momentos de Neurosis, e riffs que remontam a Venom e Celtic Frost, além de claras referências ao Hardcore, formando um complexo quebra cabeças em que a densidade de determinados momentos e a velocidade e brutalidade de outros se encaixam com perfeição.

Em Electrocution, o prato de entrada é Chaos Star, uma das faixas que eles disponibilizaram no Myspace antes mesmo de sua chegada, e que me fez acreditar que este seria um dos melhores lançamentos de 2008. Poderia até falar mais dela por aqui, quem sabe se tivese escrito este review logo que ouvi o álbum pela primeira vez, mas a presença de God Is A Beast logo após faz parecer com que tudo que se ouviu antes não é poderoso o suficiente, nesta música o Doom Metal e o Sludge se fazem presentes com uma poderosa densidade que culmina no encontro entre a guitara e bateria ditando uma mesma linha dando lugar ao puro silêncio no meio da música, transformando 5 segundos em uma infindável eternidade, como se naquele momento até seu coração se recusasse a bater. Não só a isso se resume o álbum, Diseased vêm com muito peso e grandes momentos de Ryan Lipynsky fazendo vocais limpos. Já a segunda metade do CD deve em qualidade a primeira, não apresentando tanta genialidade ou ousadia na mistura musical, com destaque maior para Distant Roads Overgrown e seus quase 13 minutos, com alguns memoráveis riffs e novamente uma participação mais marcante dos vocais, mas como dito anteriormente, frente a músicas como God Is A Beast, essas deixam a desejar, longe de serem ruins, que fique claro.

Por fim, Electrocution certamente foi um dos melhores, senão o melhor, lançamento de 2008, mostrando uma nova forma de se fazer Sludge e até mesmo Doom Metal sem precisar repetir a velhas bandas, mas também sem precisar abrir mão de suas influências, uma sonoridade encorpada e caótica que coloca Unearthly Trance no panteão das melhores bandas dessa década no estilo.

\ Quase dois anos depois do post do Paulo, eis que surge mais uma perfeição musical composta por esse trio americano. V é o novo trabalho do Unearthly Trance e na minha humilde opinião o trabalho mais consistente e arrebatador da banda até hoje, colocando os rapazes em níveis de gente grande, ficando pertod e nomes grandes da cena como Neurosis e YOB.
Certamente é um dos melhores lançamentos de 2010 e com certeza irá figurar no topo da lista de muita gente no final do ano, inclusive no meu.

O Castro com certeza é a pessoa mais apropriada pra comentar sobre esse álbum, visto que ele acompanha a tragetória da banda a mais tempo que eu, sendo assim ele pode dar uma opinião mais consistente sobre o V, principalmente levando em conta os trabalhos anteriores. ou seja, aguardem a posição dele sobre este trabalho fenomenal em breve. [edit: pedro]

OBRIGATÓRIO!!!

[myspace]
| [official site]



[2010] V

01 - Unveiled
02 - The Horsemen Arrive In The Night
03 - Solar Eye
04 - Adversaries Mask 1
05 - Adversaries Mask 2
06 - The Tesla Effect
07 - Sleeping While They Feast
08 - Submerged Metropolis
09 - Current
10 - Physical Universe Distorts
11 - Into A Chasm
12 - The Leveling
13 - Untitled

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[2008] Electrocution

01 - Chaos Star
02 - God Is A Beast
03 - The Dust Will Never Settle
04 - Diseased
05 - The Scum Is In Orbit
06 - Religious Slaves
07 - Burn You Insane
08 - Distant Roads Overgrown

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Cold Body Radiation



A primeira vez que inseri meus olhos no nome desta banda (ou projeto, ou whatever-you-wanna-name-it), logo pensei: eu, como bom estudante de Física, tenho que ouvi-lo! Pois então, eis que ouvi, apesar de te-lo deixado algumas semanas esquecido no limbo do disco rígido.

Sinceramente, nada encontrei acerca do background do CBR, somente o fato de ser oriundo de terras holandesas, e nada mais. O que eu posso definir, então, é o que ele[s] fazem: uma bela alquimia de Black Metal com Post-Rock encobertos numa névoa Shoegaze em vários momentos, valendo-se de uma temática astral, com sabor surrealista, que sabe como envolver o ouvinte em sua nebulosa sônica e elevá-lo às dimensões siderais onde vive o grande vazio lácteo de que se fala no título do álbum.

Portanto, temos aqui mais um nome que faz proveito, e muito bem, do legado deixado pelo Neige e seu Alcest/Amesoeurs. É óbvio que o CBR não consegue se equiparar a sua qualidade, mas é certo que existe um espaço muito grande para crescer e expandir o seu nome e sua radiância. Potencial e magnitude, certamente não lhe faltam. Então, deixemos que o curso do espaço-tempo lhe mostre a geodésica.

Enquanto isso, aproveitem bem a viagem!


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[2010] The Great White Emptiness

01 - Emission
02 - Loss
03 - White Light
04 - Radiation
05 - Nothing
06 - The Great White Emptiness


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Apati



Em meio as gélidas e incrivelmente prolíferas terras suecas, eis que nasce mais uma banda sob o nome de Apati, no final de 2007, fazendo algo que pode se chamar como um Depressive Black Metal salpicado de Depressive Rock. Depois de várias mudanças de line-up, na qual, numa delas, inclui-se mudança do vocalista/liricista para Tokyo (?!), eis que o Apati parece mais estabilizado desde o lançamento de seu primeiro trabalho, Eufori, vindo à luz em 2009, álbum sucedido por Morgondagen Inställid I Brist På Interesse, este lançado há poucas semanas atrás.

Seus integrantes atuais atendem por C9H13N (o tal vocalista/liricista), Obehag (guitarra, vocal e letras) e Patient C (Guitarra, Baixo, Bateria, Teclado, Vocal, Guitarra, Letras, etc, etc, etc.). Nomes curiosos, não? Nomes estranhos dos integrantes, Black Metal alternativo (sic), Suécia... alguém aí gritou "Lifelover"? Sim, eu também gritei! Apesar de possuir uma identidade inegável, é impossível não comparar a trajetória e abordagem do Apati com os ditos cujos. Seu primeiro trabalho, inclusive, remete bastante ao Lifelover, musicalmente falando, nos seus estágios iniciais (época do Pulver).

Pois bem, quem tiver a curiosidade e clicar no link de download mais embaixo, vai ver que, atualmente, a coisa não é mais por aí com estes rapazes. Ainda que influenciado pelos amantes da vida, este álbum certamente vai muito além do que um mero copycat. Injetando elementos de Post-Rock, Shoegaze e de um Depressive Rock Katatonia contemporâneo-like, sem contar passagens meio folk (?), trata-se de um álbum bem criativo e feito com esmero, ao menos o máximo de esmero possível esperado de uma banda DSBM. Posso perceber influências de Amesoeurs , Woods Of Infinity e Shining ecoando livremente e claramente por entre seus bits sonoros, mas de um modo que estes servem mais como uma inspiração ou um referencial, não como um padrão a ser copiado e plagiado em seus mínimos detalhes.

Se não é ainda um álbum seminal e capaz de transcender barreiras da música ou do submundo Black-metálico, ao menos demonstra o grande potencial que o Apati possui em seu pleno regime de desenvolvimento e crescimento. No mais, aproveitem-o bem!

"The second fix of Apati is finally at hand.
So while the surface of your skin breaks from this sharpened needle and the music finds its way through your circulatory system, you will get to experience one of the most melancholic and yet so delicately destructive works of art.
As we slowly reach that flat line, as we slowly wither, this concrete - this asphalt fills our mind and we are consumed by the black tar. Feel the inspiration of nothingness, feel the embrace of Apati. "


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[2010] Morgondagen Inställid I Brist På Interesse

01 - Intro
02 - Kemisk kärlek
03 - Lämna mig ifred
04 - Jag älskar dig
05 - Syndafloden
06 - Ctrl+Z
07 - I förträngda minnens sällskap
08 - Allt är sig likt
09 - Total avsaknad av glädje
10 - Morgondagen


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ps: To purchase their albuns, you can contact them at: gravgaardspsalm@live.se

Lantlôs



O Lantlôs foi formado na Alemanha no ano de 2005/2006. Depois de algumas demos gravadas, não contentes com o resultado delas, Herbst e Angrrau começam a gravação do primeiro full-lenght da banda em seu homestudio no ano de 2007. Alboin se junta a banda para o processo de gravação dos vocais e em 2008 a banda lança o primeiro registro oficial com direito a capa do magistral Fursy Teyssier.

No início de 2008, Herbst (único integrante original) começa o trabalho no álbum que vos posto aqui agora, .Neon. Para dar um charme a mais ao novo trabalho, Neige (Alcest/Amesoeur) é convidado pra fazer os vocais permanentes na banda. Novamente com uma capa lindissima do Fursy, a banda libera depois de um ano de espera um dos mais aguardados álbuns de black metal do ano.
Não sei se é pelo momento, mas achei esse cd melhor que o novo do Alcest, pode ser que me arrependo de ter dito isso daqui uns dias, mas nesse exato momento esse cd superou minhas expectativas...e muito.

Recomendadissímo!!!


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[2010] .Neon

01 - Minusmensch
02 - These Nights Were Ours
03 - Pulse/Surreal
04 - Neige de Mars
05 - Coma
06 - Neon

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A Forest Of Stars



Se algum de vocês procurarem o artista que atende como A Forest Of Stars pelo last.fm e em vários outros lugares da World Wide Web, vão se deparar com essa descrição: “Steam-powered” Victorian occult/psychedelic black metal ensemble from England." E, apostou eu, vão ficar com um "WTF" estampado na cara ao lerem isso, como eu fiquei quando li, mas altamente curiosos e sedentos para saber como isso realmente soa e como essa descrição pode ser concebida em forma de música.

Pois bem, eis que resolvi saciar essa curiosidade em meados do ano passado, através do seu debut Corpse Of Rebirth. O que eu me deparei foi com um Black Metal que, apesar da produção não ser das mais cristalinas e primorosas, se revela extremamente bem executado, onde revelam-se músicas de pelo menos 8-10 minutos transcritas uma criatividade bizarra movida a drogas psicodélicas, misticismo ocultista e um ar vintage que confere um charme todo especial a cada faixa, invocando-nos imagens de uma paisagem rural de UK em meados de séc. XIX, com bebuns discutindo, se embebedando e jogando numa taverna sujismunda, poetas ultrarromânticos (tem hífen isso? esqueci) escrevendo versos sórdidos de amor a suas amadas (que não devem passar da prostituta da esquina) , máquinas a vapor e chaminés operando a distância, mocinhas campestres lavando roupa numa bacia de madeira trajada em seus corsets, etc. Aliás, esse esteriótipo parece ser seguido a risca pela banda e seus integrante, pois nota-se essa tendência estética desde as fotos de divulgação ao website e myspace deles. Inusitado e idiossincrático, eu diria.

Para algum efeito comparativo, aqueles que apreciam nomes como Wolves in The Throne Room, Drudkh, Altar Of Plagues ou mesmo Alcest/Amesoeurs viriam a gostar um bocado do que se tem aqui, pois sua linha sonora coincide em vários momentos com estes aí, mas é inegável a originalidade latente e borbulhante do AFOS. Se ainda não atingiu seu ápice criativo, creio que o tempo se encarregará disso em muito breve. Com isso, deixo-lhes o CD recém-nascido batizado de Opportunistic Thieves Of Spring. Aproveitem-no!


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[2010] Opportunistic Thieves Of Spring

01 - Sorrow’s Impetus
02 - Raven’s Eye View
03 - Summertide’s Approach
04 - Thunder’s Cannonade
05 - Starfire’s Memory
06 - Delay’s Progressio


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Nachtmystium





Nachtmystium é uma banda americana formada no estado de Illinois em meados de 1999, contendo em seu line-up nomes que fazem parte de bandas já conhecidas do BM americano, como o Judas Iscariot e o Krieg, bem como outros nomes já famosos na cena extrema dos EUA e até de outros países e que demoraria um bocado listar aqui. Desde sua fundação, o Nachtmystium já lançou 4 EPs e 4 Full-lengths, sem contar demos, compilações e trabalhos ao vivo.

Até o seu penúltimo Full-length, chamado Instint Decay (2006), a banda se dedicava a um Black Metal puro e simples, calcado em vários clichês que o gênero permitia e fazendo mais do mesmo, embora que com uma competência bem acima da média. Mas a partir desse trabalho, parece que o pessoal decidiu mergulhar de cabeça em oceanos experimentais e buscar outras marés de sonoridade, inserindo junto ao seu BM influências notáveis de Rock Progressivo/Psicodélico, Dark Ambient e até alguns toques tímidos de Industrial aqui e acolá. Mas a partir do trabalho que vos postarei agora, de nome Assassins: Black Meddle Part I, a banda adentrou num outro cosmos sonoro e passou a construir com ainda mais destreza e ousadia os experimentalismos do álbum anterior, levando o Nachtmystium a um outro nível musical em relação aos outros álbuns e ao próprio BM, onde influências "estranhas" nesse meio como as já citadas se juntam ao Thrash/Death Metal, Drone e até mesmo Jazz! E isso não soa como uma colcha de retalhos musical totalmente mal costurada e prestes a arrebentar, mas sim algo muito conciso e inteligente, como se expandisse as fronteiras de seu próprio universo sem perder o conteúdo que ele contem, ou melhor ainda, tornando esse conteúdo ainda mais interessante e evoluído e revolucionando a atmosfera que o cerca.

Enfim, muita gente pode estranhar as aventuras sonoras deste álbum e os fãs mais diehard de BM podem torcer o nariz para esse álbum, até, mas acho indiscutível o nível altíssimo de qualidade que ele atinge. Não é tão grandioso quanto o WITRR ou mesmo o Ossein, mas sem dúvidas é mais do que excelente. Aliás, tem sido mais do que excelente a safra de bandas de BM que vem explorando novas sonoridades e influências em seu plano sonoro, só torço sinceramente que ela continue dando vários frutos deliciosos como este álbum aqui. Enfim, espero que aqueles que ainda não o conhecem, o apreciem! ;)

/Novo álbum dos americanos psicodélicos do Nachtmystium e com direito a participação do Bruce Lamont do Yakuza. Quem conhece e gosta da banda já sabe que vai encontrar uma pérola musical, e pra quem ainda não conhece, essa é uma ótima oportunidade, pois esse novo cd ta muito foda. [edited: pedro]


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[2010] Addicts: Black Meddle Pt. 2

01 - Cry For Help
02 - High On Hate
03 - Nightfall
04 - No Funeral
05 - Then Fires
06 - Addicts
07 - The End Is Eternal
08 - Blood Trance Fusion
09 - Ruined Life Continuum
10 - Every Last Drop

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[2008] Assassins: Black Meddle Part 1

01 - One of These Nights
02 - Assassins
03 - Ghosts of Grace
04 - Away From Light
05 - Your True Enemy
06 - Code Negative
07 - Omnivore
08 - Seasick Pt. 1: Drowned at Dusk
09 - Seasick Pt. 2: Oceanborne
10 - Seasick Pt. 3: Silent Sunrise


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Menace Ruine




Menace Ruine,
ao que consta, trata-se de um duo de Québec, Canadá, fundado no outono de 2006 mas que só no início de 2008 nasceu o primeiro fruto do seu trabalho, uma demo batizada singelamente de In Vulva Infernum. Ainda no mesmo ano, vieram a tona seus dois full-lengths sob os nomes de Cult Of Ruins e The Die Is Cast, nesta ordem, e sendo o segundo deles o que vos deixarei aqui, no momento.

É certo que definir o trabalho deles é uma tarefa árdua, para não dizer impossível de se realizar com precisão. Pode-se dizer, então, que os alicerces e a espinha dorsal de seu universo sonoro está devidamente enraizada no Black Metal, mas existe muito mais do que os já conhecidos e batidos elementos negro-metálicos em seu macro e microcosmos. Existe também uma grande influência de Noise e Drone, de modo a encobrir suas músicas em camadas e mais camadas de reverberância, sem contar elementos muito bem inseridos de neofolk a la Death In June, World Music na cortesia de um Dead Can Dance juntopsicodelia progressiva e kraut-roqueira, conferindo um tempero exótico e transcendental a cada uma de suas músicas e sendo ele ainda mais ampliados devido aos ritmos que regem essas suas músicas, ora caindo na velocidade gélida e mecânica já tradicional do BM, ora caindo em pulsos cadentes com sabores tribais (?!). Então, combine esse plasma sônico todo com um vocalista cujo timbre remete, imediatamente, a um Brian Molko (Placebo) demonizado (?!?!), e voilà, temos então o kit Menace Ruine!

Sim, penso que a maioria das pessoas que leram essa resenha terão dificuldades em visualizar todos esses elementos reunidos e combinados num único universo tri (ou quadri)-dimensional, fato que não há nada de condenável. É aquele tipo de experiência que só mesmo ouvindo para se crer e compreender, caso contrátio, impossível de assimilar tudo isso e digerir devidamente.
Para aqueles que estão naquela vibe (sic) do chamado Psychedelic Black Metal, mais precisamente de bandas como A Forest Of Stars e Njiqahdda (bem como outras não tão similares, como The Angelic Process), é certo que este álbum será um prato cheio e motivo de diversão e alegria (sic) por muito tempo. Enjoy it!

/Vazou o quarto e muito aguardado novo álbum dos canadenses do Menace Ruine. Ainda estou na primeira audição, mas já deu pra perceber que a qualidade dos anteriores está presente nesse novo trabalho também.

"The Montreal duo MENACE RUINE will release their fourth opus in May 2010 on Aurora Borealis. Entitled "Union of Irreconcilables" the album builds on their previous great work, the alchemical collision of Black Metal, noise, mysticism, martial rhythms, and a Medieval sense of melody leaving the listener with a sense of unforgettable originality." [edited: pedro]


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[2010] Union of Irreconcilables

01 - The Upper Hand
02 - Not Only A Break In The Clouds But A Permanent Clearing Of The Sky
03 - Corrido De Perdition
04 - There Will be Blood
05 - Nothing Above Or Below
06 - Primal Waters In Bed
07 - ...Collapse

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[2008] The Die Is Cast

01 - One Too Many
02 - This Place of Power
03 - The Die Is Cast
04 - Surface Vessel
05 - Dismantling
06 - Utterly Destitute
07 - The Bosom of the Earth


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Twilight





O Twilight é o que podemos denominar de super-grupo, já que sua formação é composta por nomes de peso do cenário BM americano e de bandas de renome como o Krieg, Nachtmystium, Minsk entre outras. Lançaram seu primeiro full-lenght em 2005 e que se tornou de cara um item obrigatório para todos os apreciadores de Black Metal e música extrema em geral, porém logo em seguida a banda anuncia o fim da carreira.

Depois do fim decretado, eis que em 2010 a banda resurge das cinzas com seu mais novo álbum, Monument To Time End. E já adianto meus caros leitores, o que irá se ouvir nesse disco é um verdadeiro dedo no olho. Vocais do inferno, bateria com quebradinhas e tudo mais e riffs absurdamente fudidos e bem elaborados. Admito que não esperava nada demais desse cd, mas logo na abertura do disco, com a The Cryptic Ascension, é possível perceber que estamos diante de um verdadeiro exemplo de como o black metal deve soar hoje em dia. Sem sombra de dúvidas o melhor lançamento de BM do ano até o momento.

Monument To Time End é uma mistura na medida do chamado black metal ortodoxo com post-metal/sludge. Talvez o motivo disso seja a presença mais que especial, do mais que gênio Aaron Turner (Isis). Nosso gigante favorito mais uma vez mostrando que seu talento ultrapassa alguns níveis de entendimento.

Disco foda e obrigatório, mesmo que você não seja fã do estilo, dê uma chance aos caras que a chance de decepção é praticamente zero.

Recomendado.


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[2010] Monument To Time End

01 - The Cryptic Ascension
02 - Fall Behind Eternity
03 - 8,000 Years
04 - Red Fields
05 - Convulsions in Wells of Fever
06 - Decaying Observer
07 - The Catastrophe Exhibition
08 - Negative Signal Omega

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Angst Skvadron




Angst Skvadron (algo como Esquadrão da Ansiedade, em norueguês), é uma das criações mais interessantes que vieram a surgir no mundo do Black Metal Alternativo (sic) no último par de anos. Tendo lançado seu primeiro trabalho, Flukt, ainda no ano de nascimento (2008), a banda conseguiu um certo rebuliço nesta cena através dele, mas prevejo que é com o novo lançamento, chamado Sweet Poison (2010), é que irá solidificá-la no subnicho que ela habita e pretende explorar, sendo esse que vos deixarei aqui, agora.

Criação do T. Nefas, homem também responsável por nomes já conhecidos pelo BM atual (ou nem tanto), como In Lingua Mortua, Beastcraft, Urgehal, etc. e tendo a colaboração do tecladista Lars Froislie (que também trabalha com o Nefas no In Lingua Mortua, ex-membro da banda de Prog Rock White Willow), o Angst trabalha naquela veia que vem crescendo e se espalhando com grande velocidade nos últimos 2-3 anos, condensando o que há de melhor no Metal extremo dos 90's com o Rock progressivo e psicodélico que teve seu apogeu nos anos 70, temperado ainda com doses bem apimentadas de misantropia, demência e humor (negro e causticante, claro), criando atmosferas horroríficas, apocalípticas e melancólicas, de certo modo, tudo bem ao gosto de bandas como o Code, Nachtmystium e Ved Buens Ende, só para citar os primeiros que me vieram a mente.

Apesar da minha primeira impressão apontar que o Flukt é um álbum ligeiramente superior a esse, é inegável o seu valor sonoro e artístico, pois acho interessantíssima essa nova linha do BM atual, trazendo um sabor e frescor renovado ao cosmos negro-metálicos contemporâneo. Enfim, espero que apreciem-o. ;)


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[2010] Sweet Poison

01 - Valium Holocaust
02 - Aerophobia
03 - Posttraumatic Stress Syndrome
04 - Dolcotine Blues
05 - Fucking Karma
06 - The U.F.O. Is Leaving
07 - Rivrotril Matja
08 - We Miss Them
09 - The Eyes Among Stars
10 - Sweet Poison


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Njiqahdda




Njiqahdda é um dos projetos mais instigantes e misteriosos do Black Metal contemporâneo. Aparentemente, foi formado em 2006 por dois irmãos, que se intitulam '/' e '__ ' (ótimos pseudônimos, né?), oriundos das terras estadosunidenses. Lançaram, desde então, 7 full-lengths, 2 EPs, 1 demo e 1 split, através de um pequeno selo chamado EEE, sem contar os trabalhos do alter-ego Njiijn, que, diferente (mas nem tanto) do Njiqahdda, tem a proposta mais calcada no Dark Ambient/Ritual.

Sobre a música do Njiqahdda em si, trata-se de um Black Metal profundamente Atmosférico mas permeado de nuances e tinturas psicodélicas, bebendo, ainda, em fontes como Shoegaze, Noise e Dark Ambient em vários momentos. Sua música é altamente influenciada por temas como a natureza, transcendência, meditação, ancestraldiade, etc. o que faz com que cada uma de suas faixas soem como verdadeiras viagens lisérgicas pelos recantos desconhecidos e enigmáticos da própria mente e do nosso cosmo.

Interessante, ainda, é reparar que tanto o nome da banda quanto o dos álbuns e de suas faixas são escritos numa língua que é uma espécie de amálgama de línguas antigas como o nórdico/escandinavo, junto com grego, árabe e inglês, conferindo um tom ainda mais exótico ao seu trabalho, fato que é ampliado, ainda mais, se levar em conta que a maioria da capa dos álbuns da banda são... coloridos! Isso mesmo, coloridos! Algo raríssimo no Black Metal, deva-se dizer. O que mostra a relação estreita que a banda possui com a natureza e a atitude diferenciada que possuem em relação as demais bandas do meio.

No álbum que vos posto, intitulado Taegnuub - Ishnji Angma, pode-se perceber uma mudança sutil de direcionamento de seu trabalho. As músicas estão mais curtas e mais focadas nos terrenos Black Metal, soando mais diretas e brutais, digamos assim, mas sem desfigurar a identidade de seus antigos trabalhos de forma alguma. Mas, ainda assim, as passagens ambientes e psicodélicas se mostram ainda mais profundas e bem delineadas do que outrora, o que demonstra o quanto o Njiqahdda está evoluindo e se aprofundando em seu próprio microcosmo. É um álbum estranho, de fato, mesmo para aqueles já habituados a esquisitices musicais do gênero, mas não deixa de ser um passeio instigante e catártico, válido de ser ouvido mesmo que só em nível de curiosidade ou de experimentalismo. E ele se torna ainda melhor de se ouvir em noites mais frias e chuvosas, devo dizer. ;)

Enfim, aproveitem-o!


//Deixando aqui mais um trabalho do Njiqahdda realizado em 2009, chamado Yrg Alms. Nele, percebo um direcionamento um pouco mais acessível em relação aos trabalhos antecessores, seguindo uma linha que oscila entre o Black Metal atmosférico, com cheiro de mato à la com Drone/Shoegaze à la WITTR, Nadja, Methadrone & cia. Pelo jeito, o duo engatou uma 7ª marcha e tem produzido álbuns e EP's em ritmo industrial (não exatamente no gênero musical, mas sim a indústria propriamente dita, dik), mostrando que eles parecem estar no ápice criativo, porém, tem se tornado praticamente impossível seguir o que eles fazem, tamanha a velocidade que lançam novos materiais. Como este parece ser o últim o full-length de fato e mostram elementos diferenciados e interessantes em relação ao que tinha deixado aqui, resolvi postá-lo, pronto para a degustação de vossas pessoas. Aproveitem-o bem! ;)


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[2009] Yrg Alms

01 - Ingratuu Maate Lagentii
02 - Sombre Fortu
03 - Saavolungaat
04 - Yrg Alms
05 - Abyssii Iiortuu Liomaatiin


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[2009] Taegnuub - Ishnji Angma

01 - Purnakalamanna
02 - Silvaan Mortaa Esk Aal
03 - Njiuni Elova
04 - 'U Finuug Vraam
05 - Ishnji Angma
06 - Taegnuub
07 - Aski
08 - Nil Fyan Utopiia


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Yoga




Quando eu comecei a andarilhar pela internet em busca de informações sobre a banda que pretendia postar, o Yoga, me deparei justamente com esse texto no last.fm deles, a seguir:

“Understand this: Yoga dispenses a sinister frailty of howling swells in hissing static that combusts into crawling shock heaps, to the effect of Mayhem performing Twin Peaks incidentals in a prairie recorded by The KLF. A brief description casts them as black metal’s answer to Throbbing Gristle. The texture-based rendering of their compositions sails them on a strange sea between song and sound effect as it bobs along the waves like a dead man’s bottled message. Aspects of Goblin rehearsals in dead hills is interrupted as Monster Zero carves mountain sides with lightning breath. Oscillating leads pummel into churning riffs as if Caledonia was performed in an echo chamber near Lodi, New Jersey. The extrinsic properties of this work may result in disambiguation.”

Interessante, não? Pois bem, tentando ser um pouco mais objetivo, diria que o Yoga orbita sem escrúpulos e discrições entre os universos do Black Metal, Dark Ambient, Drone e música psicodélica, sendo eles devidamente tecidos com matizes surrealistas que não raramente evocam atmosferas transcendentais e obscuramente esotéricas, soando como um prelúdio para revelações de alto teor apocalíptico. Se desejam ainda algum comparativo para compreender melhor do que se trata tudo isso, digo que nomes como Wolves In The Throne Room, Njiqahdda e Menace Ruine, com ênfase nos dois últimos, podem dar boas respostas para estes questionamentos.

À primeira vista, sua proposta parecer meio caricata, e de fato não discordo. Só que a banda (na verdade, um duo) parece não se importar com isso, querendo justamente usá-lo para difundir o seu projeto e torná-lo acessível aos ouvidos e headphones de muitos pela Terra a fora. No mais, o duo ainda possui o mérito de construir músicas mais curtas, diretas e easy-listening do que a grande maioria de bandas que permeiam o seu gênero, fazendo com que a audição seja menos dolorosa em alguns momentos. No mais, posso dizer que gostei sim, um bocado do que ouvi aqui, e é digno de uma melhor divulgação e reconhecimento pelos recantos interdimensionais do nosso cosmos.


[last.fm]





[2009] Megafauna

01 - Seventh Mind
02 - Flying Witch
03 - Encante
04 - Wagion
05 - The Hidden People
06 - Dreamcast
07 - Fourth Eye
08 - Black Obelisk
09 - Treeman
10 - Warrior
11 - Haunted Brain
12 - Chupacabra's Rotting Flesh


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Sigh




Sigh foi fundado em meados de 1990 por três estudantes universitários, em Tokyo, Japão, que compartilhavam a mesma admiração por bandas como Venom, Celtic Frost, Mercyful Fate e outros que construíram os alicerces do que viria a ser a cena do metal extremo ao longo dos anos 90 e dos dias atuais. Desde então, começaram a compor e gravar suas demos e EPs de forma independente ou através de pequenos selos, e divulgá-los para alguns nomes da crescente cena Black Metal norueguesa da época (como um tal de Euronymous, por exemplo), e assim ganharam certo reconhecimento na cena mais underground.

Nos seus primeiros trabalhos, o Sigh apresentava um Black/Thrash Metal mais cru e direto, bem ao estilo das bandas supracitadas, mas com direito a alguns experimentalismos ainda que tímidos, e a temática das letras exploravam um certo ocultismo, literatura de terror e artes obscuras de um modo geral, criando uma atmosfera meio teatral em suas músicas.

Com o tempo, eles passaram a explorar cada vez mais esses experimentalismos, com o uso mais constante de sintetizadores e teclados, vinhetas que poderiam (ou foram tiradas) de filmes de terror e elementos assim. Até culminar no álbum que vos posto aqui, Imaginary Sonicscape, em que apresentava até então seu traalho musical mais maduro e ambicioso: Incorporar influências de Rock Progressivo/Psicodélico, Jazz e música erudita do começo do século XX a base sonora do Black Metal que a banda praticava há anos. E conseguem isso com muita proeza, diga-se de passagem.

Mesmo com toda essa ecleticidade musical, algo notável é a naturalidade e o aparente despojo como eles conduzem suas músicas. A produção é até simples e seca, mas permite ouvir cada instrumento perfeitamente, e as músicas em si, apesar de todas essas influências tão distantes entre si, tem um apelo "rock n' roll" muito aprazível e "bangueável", tornando a audição fácil e mais assimilável do que seria potencialmente.

Penso que muitos fãs puristas de Black Metal (ou Metal em geral) podem torcer o nariz para este álbum, ou alguns acharem tudo estranho demais. Mas, ainda assim, digo que ele merece pelo menos uma ouvida atenta, por sua criatividade e qualidade incomuns, fazendo realmente jus ao rótulo vanguardista que recebem. ;)

//Vos posto, agora, o novo álbum do Sigh, intitulado belamente de "Scenes from Hell". Nele, a banda parece ter retomado a postura dos álbuns antigos, apresentando uma sonoridade e produção mais cruas e com aquela aura rock n' roll mas, ainda assim, regadas a experimentalismos e passagens clássicas, criando toda aquela atmosfera teatral e nefasta que fazem com tanta graça (sic) e qualidade há 20 anos, praticamente.
Espero que gostem!


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[2010] Scenes From Hell

01 - Prelude To TheOracle
02 - L'art De Mourir
03 - The Soul Grave
04 - The Red Funeral
05 - The Summer Funeral
06 - Musica In Tempora Belii
07 - Venitas
08 - Scenes From Hell


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[2001] Imaginary Sonicscape

01 - Corspecry - Angelfall
02 - Scarlet Dream
03 - Nietzschean Conspirancy
04 - A Sunset Song
05 - Impromptu (Allegro Maestoso)
06 - Dreamsphere (Return To Chaos)
07 - Ecstatic Transformation
08 - Slaughtergarden Suite
09 - Bring Back To Dead
10 - Requiem - Nostalgia


[english reviews]


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