Álfheimr



Como sempre, um pequeno gole de cultura antes de começar a resenha:

"Alfheim (Old Norse: Ālfheimr, "elf home") is the abode of the Light Elves in Norse mythology and appears also in northern English ballads under the form Elphame (Elfhame, Elfame) as a fairyland sometimes modernized as Elfland (Elfinland, Elvenland)."

Com um nome desses, é certo que se trata de algo um tanto inusitado e não menos que especial, certo? Pois bem, Álfheimr é um projeto que teve seu ponto de partida em 2008, em Portland, Oregon, mas ao que parece hoje é operado em Redding, California, por Madion, Kyle et al., tendo lançado seu primeiro trabalho, intitulado These Songs We Sing Will Fade To Silence em meados de 2009 e seu sucessor, Dream Sequences, já neste ano de 2010, há não muitos meses atrás. O que se vê (ou melhor, escuta-se) em cada peça que compõe estes álbuns são nada menos do que melodias que formam nosso cotidiano. Tipo uma lua a eclipsar-se sob as folhas, ondas marinhas oscilando ao vento no fechar do dia, uma viagem de trem solitária nos confins da noite, ir para o trabalho em manhãs cobertas de névoa, esperanças de dias melhores latejando em nossas mentes... enfim, cada uma desas imagens transformadas em pura poesia sônica, simplesmente isso.

Semelhanças artísticas podem ser encontradas em gente como The American Dollar (especialmente no cd DS), Blueneck, Our Ceasing Voice, e inspirações são devidamente bebidas de fontes que atendem por Sigur Rós, Boards of Canada, música clássica contemporânea, dentre outros. Se o Álfheimr não reinventa a roda, certamente a constrói de um modo atrativo, cativante e sincero, sendo capaz de tornar nossos dias melhores. E não é isso que todo ofício artítico deveria se propor a fazer, no fim das contas?

No mais, deixo-vos aqui os dois cd's. Aproveitem!


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[2010] Dream Sequences

01 - Leaving Today/Windchill
02 - Train Tracks/Lost Signal
03 - With My Memories Leaves The Last Of You
04 - A Song For Remembering
05 - Disaffection/Anxiety Ensemble
06 - Collapse/Another Song For Remembering
07 - Hold On/Silent Film Actor
08 - Disappearing Act/Awake (Strings)


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[2009] These Songs We Sing Will Fade To Silence

01 - Wasted Times, Part One: The Moon Says "I Love You"
02 - Each Day We Pass Is Borrowed Time
03 - It shouldn't have mattered
04 - The Remmants Of Our Shatterd Lives Collide Like Glass On Glass
05 - Hypnos & Thanatos (Breathing In, Breathing Out)
06 - The Slow Approaching To Midnight
07 - Asleep And Falling There; Dead And Dying
08 - Wasted Time, Part Two: You Will Look Back On Every Second You Have Wasted. You Will Never Be Prepared To Face This


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ps: If you enjoy their music and want to help Álfheimr going on, you can donate some bucks to Madison here

Iroha & Fragment.




Aproveitando a folga deixada aqui pela copa do mundo (que, por sinal, o Brasil tá uma bela m@*$%), tiro um pouco da poeira do blog com uma postagem no mínimo interessante. Iroha & Fragment, como o nome já denuncia, trata-se da união de dois projetos num só corpo. Projetos muitíssimos dignos de atenção, eu diria, e já explico por quê:

Iroha é nada mais do que o projeto de Andy Swan, sujeito que já trabalhou com nada menos do que Justin Broadkick no Final, projeto esse nascido lá pelos idos de 1982, quando o Justin era apenas um moleque a fim de mergulhar em oceanos experimentais industrialísticos e noiseiros e que, apesar de longos hiatos (que duram pelo menos 10 anos cada um), ainda vive até hoje. Ou seja, background de chamar atenção, no mínimo.

Trabalhando em conjunto com Diarmuid Dalton (também do jesu) e Dominic Crane no tal Iroha, eis que eles se unificaram com mais algúem, o francês Thierry Arnal, membro responsável pelo Fragment. que, pelo que conheci, é o clone mais perfeito do jesu que já tive a chance de ouvir. Logo, acho que já dá para ter uma ideia do que vem por aí, não é? Muralhas de concreto sônico cimentadas com melodias agridoces que orbitam entre os campos do Drone, Shoegaze, Metal e uma ou outra demão de Industrial, traçando uma atmosfera pintada numa calma preguiçosa, melancolia e uma leve tensão que deixa um gosto de fim de tarde invernal na mente de cada um que insere seus ouvidos nestas músicas aqui.

Se não é algo exatamente original (pois o próprio jesu já se encarrega de levar essa proposta musical com maestria há um punhado de anos), trata-se de algo refrescante e delicioso de se ouvir no repeat. O álbum flui fácil, de forma que seus 45 minutos parecem durar 1/3 disso, apenas, e soa como um ótimo aperitivo para quem espera algo novo do mesmo, além daqueles que acompanham e admiram o trabalho que outros nomes como Nadja, Chuter, Methadrone, Alcest e esses aí que fazem a alegria da galerë descolada e desgarrada (?) pelo mundo a fora.

Bom, this is it. Espero que gostem!


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[2010] Bittersweet (EP)

01 - Wish Upon A Star (Iroha)
02 - Something's Got To Give (Iroha)
03 - Bittersweet (Iroha & Fragment.)
04 - Turning Around (Fragment.)
05 - Carved In The Sand (Fragment.)
06 - Bittersweet (IF. remix)


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North Atlantic Oscillation



North Atlantic Oscillation, abreviado de NAO (linda sigla, não?) se trata de um fenômeno climático na região do Atlântico Norte devido à diferença de pressão atmosférica entre a Islândia e a ilha de Açores, sendo responsável pela força e direção dos ventos e tempestades nessa região.

Cultura inútil (ou não tão inútil) a parte, NAO também batiza uma banda escocesa, que se dedica a um som que transita livremente entre a esfera do Post-Rock e da música eletrônica, temperada ocasionalmente de Indie e Prog Rock. Suas músicas me lembram muito o GIAA no seu primeiro trabalho, o já postado aqui Collapse Under The Empire, além de alguma coisinha ou outra do Radiohead nos 00's em diante e dos momentos mais experimentais do Porcupine Tree. Ou seja, músicas carregadas de energia latente e um punch cósmico que confere um gosto futurista e cibernético a cada uma delas. Apesar de ser uma banda iniciante, eles derramam talento por tudo quanto é lado e mostram potencial suficiente para alcançar dimensões siderais ainda mais elevadas, deixando-me já na expectativa de novos lançamentos aqui!

Logo, taí mais um nome digno de ser guardado e seguido atentamente no futuro. Espero que gostem!


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[2010] Grappling Hooks

01 - Marrow
02 - Hollywood Has Ended
03 - Cell Count
04 - Some Blue Hive
05 - Audioplastic
06 - Ceiling Poem
07 - Alexanderplatz
08 - 77 Hours
09 - Star Chambers
10 - Drawing Maps From Memory
11 - Ritual


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George Dorn Screams



George Dorn Screams, ou simplesmente GDS, teve sua fundação na virada de 2005 para 2006 em terras polacas. Conseguiu um sucesso considerável em sua terra natal com seu debut Snow Lovers Are Dancing, lançado ainda em 2006, tendo um apoio positivo da tal crítica especializada e bom feedback do público, fato esse que se amplificou com o lançamento do álbum mais recente, O'malley's Bar (2009), sendo este que vos deixo aqui, neste post, álbum esse produzido por John Congleton, cidadão que já trabalhou com nomes como Explosions In The Sky, The Appleseed cast, dentre outros. Ou seja, não se tratam exatamente de uma banda iniciante buscando um lugar ao sol (ou à lua) e nem de um mero grupo de aventureiros querendo "caosar" por aí.

No last.fm e na sua página, a banda se auto-define como "música para fim de noite". Ainda que esses pseudo-rótulos sejam, na sua maioria, difíceis de engolir e pretensiosos até a medula, não há como discordar disso. Suas músicas não poderiam refletir melhor o espírito que paira naquelas horas noturnas nas quais as pessoas geralmente resolvem dormir, preparando-se para um novo dia turbulento, as ruas e casas tornam-se silenciosos a ponto de se escutar um alfinete caindo lá na esquina e onde cada indivíduo, entre aquele gap que fica entre o entre o sono e adormecer completo, começa a ponderar sobre sua vida e acontecimentos passados e aquilo que está por vir ao longo da estrada temporal. Ou seja, músicas que alteram uma melancolia agridoce com serenidade preguiçosa, recebendo injeções de energia latente carregadas de ansiedade como um grito abafado no travesseiro a fim de liberar os demônios interiores de suas mentes.

Se eu tivesse que encaixá-los em alguma categoria musical, diria que é um post-rock caído mais para rock do que post, se entendem bem o que eu digo. As músicas são todas vocalizadas, mas pinceladas de leves camadas shoegazerísticas e alguns matizes emprestados do post-punk. Nomes como Mazzy Star, Mew, Trespassing Williams, Jeniferever, e talvez até The Gathering sirvam como boa referência. Mas reitero, apenas referências. Pois a banda possui um bom grau de identidade no que faz, ainda que não seja extremamente inovador e nem pretende ser.

Sem mais delongas, taí o O'malley's bar, para quem quiser desfrutar e degustar. Enjoy it!


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[2009] O'malley's Bar

01 - Circles
02 - Cul-de-Sac
03 - Waterproof
04 - Summers, Springs And Winters
05 - Hangover Tune
06 - Over
07 - Clumsy Dance
08 - Messages From A Drunken Broom


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Apati



Em meio as gélidas e incrivelmente prolíferas terras suecas, eis que nasce mais uma banda sob o nome de Apati, no final de 2007, fazendo algo que pode se chamar como um Depressive Black Metal salpicado de Depressive Rock. Depois de várias mudanças de line-up, na qual, numa delas, inclui-se mudança do vocalista/liricista para Tokyo (?!), eis que o Apati parece mais estabilizado desde o lançamento de seu primeiro trabalho, Eufori, vindo à luz em 2009, álbum sucedido por Morgondagen Inställid I Brist På Interesse, este lançado há poucas semanas atrás.

Seus integrantes atuais atendem por C9H13N (o tal vocalista/liricista), Obehag (guitarra, vocal e letras) e Patient C (Guitarra, Baixo, Bateria, Teclado, Vocal, Guitarra, Letras, etc, etc, etc.). Nomes curiosos, não? Nomes estranhos dos integrantes, Black Metal alternativo (sic), Suécia... alguém aí gritou "Lifelover"? Sim, eu também gritei! Apesar de possuir uma identidade inegável, é impossível não comparar a trajetória e abordagem do Apati com os ditos cujos. Seu primeiro trabalho, inclusive, remete bastante ao Lifelover, musicalmente falando, nos seus estágios iniciais (época do Pulver).

Pois bem, quem tiver a curiosidade e clicar no link de download mais embaixo, vai ver que, atualmente, a coisa não é mais por aí com estes rapazes. Ainda que influenciado pelos amantes da vida, este álbum certamente vai muito além do que um mero copycat. Injetando elementos de Post-Rock, Shoegaze e de um Depressive Rock Katatonia contemporâneo-like, sem contar passagens meio folk (?), trata-se de um álbum bem criativo e feito com esmero, ao menos o máximo de esmero possível esperado de uma banda DSBM. Posso perceber influências de Amesoeurs , Woods Of Infinity e Shining ecoando livremente e claramente por entre seus bits sonoros, mas de um modo que estes servem mais como uma inspiração ou um referencial, não como um padrão a ser copiado e plagiado em seus mínimos detalhes.

Se não é ainda um álbum seminal e capaz de transcender barreiras da música ou do submundo Black-metálico, ao menos demonstra o grande potencial que o Apati possui em seu pleno regime de desenvolvimento e crescimento. No mais, aproveitem-o bem!

"The second fix of Apati is finally at hand.
So while the surface of your skin breaks from this sharpened needle and the music finds its way through your circulatory system, you will get to experience one of the most melancholic and yet so delicately destructive works of art.
As we slowly reach that flat line, as we slowly wither, this concrete - this asphalt fills our mind and we are consumed by the black tar. Feel the inspiration of nothingness, feel the embrace of Apati. "


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[2010] Morgondagen Inställid I Brist På Interesse

01 - Intro
02 - Kemisk kärlek
03 - Lämna mig ifred
04 - Jag älskar dig
05 - Syndafloden
06 - Ctrl+Z
07 - I förträngda minnens sällskap
08 - Allt är sig likt
09 - Total avsaknad av glädje
10 - Morgondagen


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ps: To purchase their albuns, you can contact them at: gravgaardspsalm@live.se

Lantlôs



O Lantlôs foi formado na Alemanha no ano de 2005/2006. Depois de algumas demos gravadas, não contentes com o resultado delas, Herbst e Angrrau começam a gravação do primeiro full-lenght da banda em seu homestudio no ano de 2007. Alboin se junta a banda para o processo de gravação dos vocais e em 2008 a banda lança o primeiro registro oficial com direito a capa do magistral Fursy Teyssier.

No início de 2008, Herbst (único integrante original) começa o trabalho no álbum que vos posto aqui agora, .Neon. Para dar um charme a mais ao novo trabalho, Neige (Alcest/Amesoeur) é convidado pra fazer os vocais permanentes na banda. Novamente com uma capa lindissima do Fursy, a banda libera depois de um ano de espera um dos mais aguardados álbuns de black metal do ano.
Não sei se é pelo momento, mas achei esse cd melhor que o novo do Alcest, pode ser que me arrependo de ter dito isso daqui uns dias, mas nesse exato momento esse cd superou minhas expectativas...e muito.

Recomendadissímo!!!


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[2010] .Neon

01 - Minusmensch
02 - These Nights Were Ours
03 - Pulse/Surreal
04 - Neige de Mars
05 - Coma
06 - Neon

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A Forest Of Stars



Se algum de vocês procurarem o artista que atende como A Forest Of Stars pelo last.fm e em vários outros lugares da World Wide Web, vão se deparar com essa descrição: “Steam-powered” Victorian occult/psychedelic black metal ensemble from England." E, apostou eu, vão ficar com um "WTF" estampado na cara ao lerem isso, como eu fiquei quando li, mas altamente curiosos e sedentos para saber como isso realmente soa e como essa descrição pode ser concebida em forma de música.

Pois bem, eis que resolvi saciar essa curiosidade em meados do ano passado, através do seu debut Corpse Of Rebirth. O que eu me deparei foi com um Black Metal que, apesar da produção não ser das mais cristalinas e primorosas, se revela extremamente bem executado, onde revelam-se músicas de pelo menos 8-10 minutos transcritas uma criatividade bizarra movida a drogas psicodélicas, misticismo ocultista e um ar vintage que confere um charme todo especial a cada faixa, invocando-nos imagens de uma paisagem rural de UK em meados de séc. XIX, com bebuns discutindo, se embebedando e jogando numa taverna sujismunda, poetas ultrarromânticos (tem hífen isso? esqueci) escrevendo versos sórdidos de amor a suas amadas (que não devem passar da prostituta da esquina) , máquinas a vapor e chaminés operando a distância, mocinhas campestres lavando roupa numa bacia de madeira trajada em seus corsets, etc. Aliás, esse esteriótipo parece ser seguido a risca pela banda e seus integrante, pois nota-se essa tendência estética desde as fotos de divulgação ao website e myspace deles. Inusitado e idiossincrático, eu diria.

Para algum efeito comparativo, aqueles que apreciam nomes como Wolves in The Throne Room, Drudkh, Altar Of Plagues ou mesmo Alcest/Amesoeurs viriam a gostar um bocado do que se tem aqui, pois sua linha sonora coincide em vários momentos com estes aí, mas é inegável a originalidade latente e borbulhante do AFOS. Se ainda não atingiu seu ápice criativo, creio que o tempo se encarregará disso em muito breve. Com isso, deixo-lhes o CD recém-nascido batizado de Opportunistic Thieves Of Spring. Aproveitem-no!


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[2010] Opportunistic Thieves Of Spring

01 - Sorrow’s Impetus
02 - Raven’s Eye View
03 - Summertide’s Approach
04 - Thunder’s Cannonade
05 - Starfire’s Memory
06 - Delay’s Progressio


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Nachtmystium





Nachtmystium é uma banda americana formada no estado de Illinois em meados de 1999, contendo em seu line-up nomes que fazem parte de bandas já conhecidas do BM americano, como o Judas Iscariot e o Krieg, bem como outros nomes já famosos na cena extrema dos EUA e até de outros países e que demoraria um bocado listar aqui. Desde sua fundação, o Nachtmystium já lançou 4 EPs e 4 Full-lengths, sem contar demos, compilações e trabalhos ao vivo.

Até o seu penúltimo Full-length, chamado Instint Decay (2006), a banda se dedicava a um Black Metal puro e simples, calcado em vários clichês que o gênero permitia e fazendo mais do mesmo, embora que com uma competência bem acima da média. Mas a partir desse trabalho, parece que o pessoal decidiu mergulhar de cabeça em oceanos experimentais e buscar outras marés de sonoridade, inserindo junto ao seu BM influências notáveis de Rock Progressivo/Psicodélico, Dark Ambient e até alguns toques tímidos de Industrial aqui e acolá. Mas a partir do trabalho que vos postarei agora, de nome Assassins: Black Meddle Part I, a banda adentrou num outro cosmos sonoro e passou a construir com ainda mais destreza e ousadia os experimentalismos do álbum anterior, levando o Nachtmystium a um outro nível musical em relação aos outros álbuns e ao próprio BM, onde influências "estranhas" nesse meio como as já citadas se juntam ao Thrash/Death Metal, Drone e até mesmo Jazz! E isso não soa como uma colcha de retalhos musical totalmente mal costurada e prestes a arrebentar, mas sim algo muito conciso e inteligente, como se expandisse as fronteiras de seu próprio universo sem perder o conteúdo que ele contem, ou melhor ainda, tornando esse conteúdo ainda mais interessante e evoluído e revolucionando a atmosfera que o cerca.

Enfim, muita gente pode estranhar as aventuras sonoras deste álbum e os fãs mais diehard de BM podem torcer o nariz para esse álbum, até, mas acho indiscutível o nível altíssimo de qualidade que ele atinge. Não é tão grandioso quanto o WITRR ou mesmo o Ossein, mas sem dúvidas é mais do que excelente. Aliás, tem sido mais do que excelente a safra de bandas de BM que vem explorando novas sonoridades e influências em seu plano sonoro, só torço sinceramente que ela continue dando vários frutos deliciosos como este álbum aqui. Enfim, espero que aqueles que ainda não o conhecem, o apreciem! ;)

/Novo álbum dos americanos psicodélicos do Nachtmystium e com direito a participação do Bruce Lamont do Yakuza. Quem conhece e gosta da banda já sabe que vai encontrar uma pérola musical, e pra quem ainda não conhece, essa é uma ótima oportunidade, pois esse novo cd ta muito foda. [edited: pedro]


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[2010] Addicts: Black Meddle Pt. 2

01 - Cry For Help
02 - High On Hate
03 - Nightfall
04 - No Funeral
05 - Then Fires
06 - Addicts
07 - The End Is Eternal
08 - Blood Trance Fusion
09 - Ruined Life Continuum
10 - Every Last Drop

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[2008] Assassins: Black Meddle Part 1

01 - One of These Nights
02 - Assassins
03 - Ghosts of Grace
04 - Away From Light
05 - Your True Enemy
06 - Code Negative
07 - Omnivore
08 - Seasick Pt. 1: Drowned at Dusk
09 - Seasick Pt. 2: Oceanborne
10 - Seasick Pt. 3: Silent Sunrise


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How To Destroy Angels



How To Destroy Angels é um projeto recém-nascido, pode-se dizer (já que seu anúncio só se deu em abril desse mesmo ano, 2010), sob a batuta do Mr. Trent Reznor e sua esposa Mariqueen. Para alguns experts do revolucionário NIN e da cosmosfera da música Industrial, o nome do projeto remete imediatamente ao primeiro single do igualmente revolucionário Coil, lançado há quase 30 anos atrás.

Quando me deparei com a existência desse projeto, devo confessar que, a parte do nome devidamente interessante e convidativo, a ideia em si não me cativou muito. Geralmente projetos paralelos com amigos/parceiros/etc. não produzem as melhores obras, sendo algo geralmente mais relax ou intimista dentro de seu contexto. Logo, não esperava muita coisa vinda daqui, porém... ainda que não seja algo transcendental e que vá romper barreiras musicais nos próximos anos, fiquei um bocado surpreso, e de maneira positiva, com o que vi (ou ouvi) escorrer das caixas sonoras.

Antes do lançamento do seu primeiro EP no dia 1/6 (deixado para download gratuito no website da banda), duas músicas já haviam sido divulgadas para deixar um gostinho de suspense no ouvido de cada um, sendo elas A Drowning e The Space In Between. Ambas me surpreenderam por mesclarem o ritmo industrialesco e ar misterioso do NIN (especialmente o do último CD, The Slip) com a voz quase angelical da Mariqueen, tornando as músicas aprazíveis e grudentas ainda que tratem de temas negativos e se mostrem envoltas numa aura de tensão e um certo desespero, como se reflete na própria faixa A Drowning. Já agora, com o EP devidamente degustado e embalado para ser postado neste espaço, afirmo que essa primeira impressão ficou impressa, gravada e selada. Tirando duas faixas que não me agradaram tanto, talvez por não acompanharem o nível das outras ou invocarem uma atmosfera meio pop demais para meus sensores auditivos, a qualidade aqui é incontestável e deliciosamente agradável.

Sem mais delongas. Get it!


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[2010] EP

01 - The Space In Between
02 - Parasite
03 - Fur Lined
04 - BBB
05 - The Believers
06 - A Drowning



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