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The Angelic Process




The Angelic Process foi formado em 1999 por K. Angylus e MDragynfly, nos EUA, tendo lançado um álbum neste mesmo, depois entrando num hiato de 1999 a 2003, lançando vários álbuns a partir de então. O som da banda é algo muito característico, seguindo o que chamam hoje de "Drone Metal", caracterizado pela construção de paredes sonoras reverberantes e densas, em padrões repetitivos.

Mas ela se destaca em relação aos artistas do gênero por fazer algo bem diferente deles. Ainda que sigam essas características descritas acimas, o som deles possui uma musicalidade bem acima da média (do gênero) e uma acessibilidade maior também, refletinfdo influências diretas de grupos Shoegaze como My Bloody Valentine, em especial, e ecos de Industrial provindos de Coil e Godflesh. As músicas também são consideravelmente curtas para o gênero, em torno 5-7 minutos de duração, o que dá um tempero mais especial a eles. É digno de destaque o modo como conseguem embrulhar uma sonoridade densa, amorfa e obscura do Drone numa capa envolvente e de fácil degustação. Se tivesse como descrever os sons em imagens, diria que me lembra um cenário pós-apocalíptico com inspiração surrealista obscura, algo digno de um Beksinski.

Este é o último álbum lançado pelo duo, em 2007. A banda entrou em hiato indefinido em outubro do mesmo ano, devido a um problema nas mãos do K. Angylus que o impediria de tocar. E, a poucos meses, também veio a notícia de sua morte, em 26/4/2008. Não se sabe ainda a causa, especula-se que foi suicídio. Seja qual for, sem dúvidas é uma grande perda, pois ele fez um trabalho incrível... espero que esteja agora em seu processo angélico. R.I.P [review by: carlos.]

E após 4 anos da morte de Kris, surge na internet uma demo perdida datada de 2003. No link abaixo vocês poderão confirmar a genialidade de um músico que deixou esse mundo muito cedo. Simplesmente maravilhosa as músicas.

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[2003] Solipsistic

01 - Mouvement - Prepare To Evacuate Soul
02 - Solipsistic
03 - Deep Calls To Deep
04 - Tragedy De' Ovair
05 - Mouvement - Sympathy Interrupts My Blood
06 - My Blood Still Whispers
07 - Dismembered Antonella
08 - Mouvement - Crippled Healing
09 - Missing The Space Around You
10 - Nothing But Self Exists
11 - Mouvement - Solipsistic Darkness
12 - Consciousness (Showered In Afterwhile)
13 - Self Portrait In Water



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Jesu




O Jesu é uma banda formada em Abergele, Wales, UK, no ano de 2003. O líder da banda é Justin Broadrick, este que a formou após o fim da reconhecida banda Godflesh.
No Jesu, Justin Broadrick procura fazer um som mais ambiental, com pitadas eletrônicas e atmosferas densas, porém criativas e diversificadas. A banda mostra estar em uma constante evolução e Conqueror é prova disso. É o meu preferido, com certeza, possui uma atmosfera perfeita para quem gosta de um som criativo, porém introspectivo.
Ah, a banda possui este nome por causa de uma música do Godflesh, no último trabalho de Justin com a banda e por isso ele optou por chamar assim seu novo projeto.
Está entre minhas bandas preferidas, com certeza. Acho que todos deveriam conhecer :)

*Aproveitando o post do nosso amigo Borges para postar o novo EP do jesu, intitulado Infinity. EP que possui uma única faixa que leva o seu próprio nome e cuja música apresenta um curioso amálgama do jesu mais atual (eletronicagens, por exemplo) com o mais antigo, onde as paredes sonoras guitarrísticas se faziam mais presentes. Achei muito bom, embora ainda não supere os três primeiros trabalhos do jesu, ao meu ver. Mas, enfim, aproveitem-o bem! ;)

*Outro edit. Dessa vez para o novo EP do grandioso Jesu. Opiate Sun é o nome da nova preciosidade do genial Justin Broadrick. 4 canções que faz qualquer um cair de amores.
Mais um lindo material que só faz aumentar a ansiedade por um full-lenght.

//Tirando a poeira do blog com mais um trabalho do Mr. Broadkick. Como de costume, o CD é brilhante, tendo muito daquela veia Shoegaze e Drone permeada de camadas industriais, arquitetadas em meio a uma névoa sônica de uma certa melancolia e nostalgia bucólica. Sem mais delongas, enjoy!

[edit by: Carlos]


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[2011] Ascension

01 Fools
02 Birth Day
03 Sedatives
04 Broken Homes
05 Brave New World
06 Black Lies
07 Small Wonder
08 December
09 King of Kings
10 Ascension


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[2009] Opiate Sun

01 - Losing Streak
02 - Opiate Sun
03 - Deflated
04 - Morning Light

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[2009] Infinity

01 - Infinity


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[2007] - Conqueror

01 - Conqueror
02 - Old Year
03 - Transfigure
04 - Weightless and Horizontal
05 - Medicine
06 - Brighteyes
07 - Mother Earth
08 - Stanlow

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Grails



Procurando aqui algumas referências a fim de servir como ponto de partida para fazer minha mais nova resenha, me deparei com algo que condensa todo o significado da música do Grails, motivo deste post. Ei-lo:

"In some pieces there is the brightest most powerful and vibrant feelings and then some contain foggy, draft and dark drenched cascading parts swirled in tragedy. It’s an emotional rollercoaster, a voyage of human experience and the opening of the higher states of conciousness. This record swirls and shifts around in the mix as if magic is being conjured up from the residency of another dimension."

Em essência, temos aqui definido do que se tratam. Vindos de Portland, do estado de Oregon, US, e tendo em seu line-up o baterista do Om, posso dizer com segurança que o Grails é algo diferenciado em meio ao mar profundo de copycats atual. Sua base Post-Rock fornece o esqueleto necessário para arquitetarem suas atmosferas hipnóticas, transcendentes e apimentadas com um toque místico oriental que não poderia vesti-mas de melhor forma. Podemos compará-los ao próprio Om, Sleep, EARTH, enfim, todo o Stoner/Drone e simpatizantes em muitos momentos, pois a "vibe" de suas músicas, em muitos momentos, é compartilhada fielmente com a das bandas supracitadas. Mas o Grails vai além disso, é certo. Não tem vergonha de pedir emprestado aqueles matizes sonoros já esquecidos na névoa de naftalina e psicoativos made in '71 , puxando nomes como Popol Vuh, Can e aquela vertente "dark" do Prog da época, tipo King Crimson e Van Der Graag Generator. O saldo final de tudo isso são álbuns que podiam muito bem ser trilha sonora de um filme dirigido por algum Jodorowsky da vida.

Disponho aqui para vocês o mais novo trabalho dos Grails, intitulado Black Tar Prophecies Vol. IV, sendo ele composto por 5 faixas razoavelmente curtas que deixam um sabor de incompletude na boca de cada um que resolve degustá-lo. Se não é o melhor álbum já feito por eles até o momento presente, certamente deixa a vontade de conhecê-los melhor e saber o que eles já deixaram por aí, ao longo da trilha do tempo. Pois bem, espero que gostem!

"Spread the gift of Grails to your friends, family and anyone into the harmony of solitude and quite areas of this earth where the energy flow is strong from a lack of disbursed qualities that city life incurs. These are really amazing songs, pieces of art that stand out and take shape as head music; music for thought, contemplation and study. Grails comes from Portland but their sound reaches far into the depths of contemporary music and the essence of knowledge itself. Black Tar Prophecies is a stunning series, Vol 4 is a mind altering serene gift, a planting of a seed for a standard in one of the modes of expression in modern culture. Vol 4 is a look to the past, the future and of course something that is completely in the now. ~ Erik Otis"

//Ressuscitando o tópico para postar-vos o novo trampo da banda, Deep Politics. O amálgama de Post-Rock, Doom Metal, Stoner, Dark Ambient, Psychedelic, Folk, whatever continua perfeitamente coeso e temperado, aliás, diria até que nunca esteve melhor. Os rapazes refinam seu cosmo sonoro a cada trabalho de uma maneira sensacional e incrível. Quem não baixar (ou não curtir) esse novo CD vai merecer um belo cascudo! LOL. Enjoy it!


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[2011] Deep Politics

01. Future Primitive
02. All The Colors Of The Dark
03. Corridors Of Power
04. Deep Politics
05. Daughters Of Bilitis
06. Almost Grew My Hair
07. I Led Three Lives
08. Deep Snow


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[2010] Black Tar Prophecies Vol. IV

A1 - I Want A New Drug
A2 - Self-Hypnosis
B1 - A Mansion Has Many Rooms
B2 - New Drug II
B3 - Up All Night


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Iroha & Fragment.




Aproveitando a folga deixada aqui pela copa do mundo (que, por sinal, o Brasil tá uma bela m@*$%), tiro um pouco da poeira do blog com uma postagem no mínimo interessante. Iroha & Fragment, como o nome já denuncia, trata-se da união de dois projetos num só corpo. Projetos muitíssimos dignos de atenção, eu diria, e já explico por quê:

Iroha é nada mais do que o projeto de Andy Swan, sujeito que já trabalhou com nada menos do que Justin Broadkick no Final, projeto esse nascido lá pelos idos de 1982, quando o Justin era apenas um moleque a fim de mergulhar em oceanos experimentais industrialísticos e noiseiros e que, apesar de longos hiatos (que duram pelo menos 10 anos cada um), ainda vive até hoje. Ou seja, background de chamar atenção, no mínimo.

Trabalhando em conjunto com Diarmuid Dalton (também do jesu) e Dominic Crane no tal Iroha, eis que eles se unificaram com mais algúem, o francês Thierry Arnal, membro responsável pelo Fragment. que, pelo que conheci, é o clone mais perfeito do jesu que já tive a chance de ouvir. Logo, acho que já dá para ter uma ideia do que vem por aí, não é? Muralhas de concreto sônico cimentadas com melodias agridoces que orbitam entre os campos do Drone, Shoegaze, Metal e uma ou outra demão de Industrial, traçando uma atmosfera pintada numa calma preguiçosa, melancolia e uma leve tensão que deixa um gosto de fim de tarde invernal na mente de cada um que insere seus ouvidos nestas músicas aqui.

Se não é algo exatamente original (pois o próprio jesu já se encarrega de levar essa proposta musical com maestria há um punhado de anos), trata-se de algo refrescante e delicioso de se ouvir no repeat. O álbum flui fácil, de forma que seus 45 minutos parecem durar 1/3 disso, apenas, e soa como um ótimo aperitivo para quem espera algo novo do mesmo, além daqueles que acompanham e admiram o trabalho que outros nomes como Nadja, Chuter, Methadrone, Alcest e esses aí que fazem a alegria da galerë descolada e desgarrada (?) pelo mundo a fora.

Bom, this is it. Espero que gostem!


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[2010] Bittersweet (EP)

01 - Wish Upon A Star (Iroha)
02 - Something's Got To Give (Iroha)
03 - Bittersweet (Iroha & Fragment.)
04 - Turning Around (Fragment.)
05 - Carved In The Sand (Fragment.)
06 - Bittersweet (IF. remix)


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Menace Ruine




Menace Ruine,
ao que consta, trata-se de um duo de Québec, Canadá, fundado no outono de 2006 mas que só no início de 2008 nasceu o primeiro fruto do seu trabalho, uma demo batizada singelamente de In Vulva Infernum. Ainda no mesmo ano, vieram a tona seus dois full-lengths sob os nomes de Cult Of Ruins e The Die Is Cast, nesta ordem, e sendo o segundo deles o que vos deixarei aqui, no momento.

É certo que definir o trabalho deles é uma tarefa árdua, para não dizer impossível de se realizar com precisão. Pode-se dizer, então, que os alicerces e a espinha dorsal de seu universo sonoro está devidamente enraizada no Black Metal, mas existe muito mais do que os já conhecidos e batidos elementos negro-metálicos em seu macro e microcosmos. Existe também uma grande influência de Noise e Drone, de modo a encobrir suas músicas em camadas e mais camadas de reverberância, sem contar elementos muito bem inseridos de neofolk a la Death In June, World Music na cortesia de um Dead Can Dance juntopsicodelia progressiva e kraut-roqueira, conferindo um tempero exótico e transcendental a cada uma de suas músicas e sendo ele ainda mais ampliados devido aos ritmos que regem essas suas músicas, ora caindo na velocidade gélida e mecânica já tradicional do BM, ora caindo em pulsos cadentes com sabores tribais (?!). Então, combine esse plasma sônico todo com um vocalista cujo timbre remete, imediatamente, a um Brian Molko (Placebo) demonizado (?!?!), e voilà, temos então o kit Menace Ruine!

Sim, penso que a maioria das pessoas que leram essa resenha terão dificuldades em visualizar todos esses elementos reunidos e combinados num único universo tri (ou quadri)-dimensional, fato que não há nada de condenável. É aquele tipo de experiência que só mesmo ouvindo para se crer e compreender, caso contrátio, impossível de assimilar tudo isso e digerir devidamente.
Para aqueles que estão naquela vibe (sic) do chamado Psychedelic Black Metal, mais precisamente de bandas como A Forest Of Stars e Njiqahdda (bem como outras não tão similares, como The Angelic Process), é certo que este álbum será um prato cheio e motivo de diversão e alegria (sic) por muito tempo. Enjoy it!

/Vazou o quarto e muito aguardado novo álbum dos canadenses do Menace Ruine. Ainda estou na primeira audição, mas já deu pra perceber que a qualidade dos anteriores está presente nesse novo trabalho também.

"The Montreal duo MENACE RUINE will release their fourth opus in May 2010 on Aurora Borealis. Entitled "Union of Irreconcilables" the album builds on their previous great work, the alchemical collision of Black Metal, noise, mysticism, martial rhythms, and a Medieval sense of melody leaving the listener with a sense of unforgettable originality." [edited: pedro]


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[2010] Union of Irreconcilables

01 - The Upper Hand
02 - Not Only A Break In The Clouds But A Permanent Clearing Of The Sky
03 - Corrido De Perdition
04 - There Will be Blood
05 - Nothing Above Or Below
06 - Primal Waters In Bed
07 - ...Collapse

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[2008] The Die Is Cast

01 - One Too Many
02 - This Place of Power
03 - The Die Is Cast
04 - Surface Vessel
05 - Dismantling
06 - Utterly Destitute
07 - The Bosom of the Earth


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Pyramids with Nadja



“It starts in the upper atmosphere, in that rarefied air where silence sings and time is little more than an abstraction. As it makes its way down through the tree line, to sea level, to the ear canals, elliptical windows and auditory nerves of the great unwashed, the shapes begin to shift. The sine waves become more distinct: swarming, swirling guitars, drums like a churning steam press, a chorus of celestial voices. Instru- ments collude and collide in a roiling shoal and then dissipate, leaving a cavernous hole, a ghost town, the vestiges and echoes of a brief terres- trial existence. Out in Denton and “other parts of the country,” where seemingly mild psychotropic disturbances can have vast and sinister implications for certain elements within the local populaces, Pyramids conjure the cacophonies of the great unknown, one song at a time.”

Essa é a singela descrição do projeto que postarei-lhes agora, nomeado Pyramids (que não é a banda de screamo que muitos podem pensar, pelamor). Este Pyramids, na verdade, é oriundo do Texas, EUA, e faz parte do Hydra Head Record, gravadora do mastermind do Isis, Aaron Turner.

Por aí, já percebe-se que vem coisa boa por aí, certamente, o que não frusta as expectativas de ninguém. Seu som é baseado, principalmente, num esqueleto Drone/Shoegaze, que não por poucas vezes é revestido por toques de Alternative Rock, Post-punk e Industrial, fazendo lembrar em vários momentos nomes como Have a Nice Life, jesu (pós-Conqueror), Nadja, e, puxando mais pela memória, My Bloody Valentine (na fase pré-Loveless), Jesus And Mary Chain e o experimentalismo industrialóide do Swans. Suas músicas são geralmente surreais e um tanto amorfas, teceleadas por harmonias estranhas, embora bonitas, que ocultam-se sob mantos sônicos de distorção cognitiva em estágio agudo.

Depois da banda ter lançadoum álbum auto-intitulado em 2008, eles surgem de novo a cena com um trabalho feito em colaboração com o já citado Nadja. Nele, encontram-se 4 faixas que apresentam um Drone/Ambient cuidadosamente elaborado e desenhado em seu aparente minimalismo e amorfismo sonoro, de modo a fazer-nos imaginar numa viagem pelos recantos mais profundos e incogniscíveis de um oceano, onde seres de origem estranha e aparência ainda mais incomum passeiam errantes aqui e acolá e tudo parece revestido numa desolação esmagadora, ainda que extremamente serena e envolvente. Apesar de ter a mãozinha do Nadja envolvida neste álbum, junto com alguns nomes de respeito como Simon Raymonde (Cocteau Twins) e Albin Julius (Der Blutharsch), o álbum é praticamente todo cortesia do Pyramids e uma boa amostra do que ele é capaz de produzir. Uma amostra excelente, por sinal.

Quanto ao álbum em si, destaco a primeira e últimas faixas, onde, nesta última, o Drone/Ambient acaba convergindo para um Black Metal denso e atmosférico nos melhores moldes de um WITTR /Drudkh, o que surpreende os ouvidos de qualquer um (inclusive surpreendeu e muito o meu), mas de uma forma muito positiva e não menos que agradável. É um álbum mais do que recomendável para os admiradores das duas bandas envolvidas e para os que apreciam esse universo Droneiro e Ambientista (e não Ambientalista, tipo a galerë da pazverde) de um modo geral. E só um adendo, o CD ainda vem com um "Pyramids And Nadja packet", para a pessoa cultivar seu próprio jardim em casa (?!). Interessante, não?

Well, this is it, folks. 'Til next time! ;)

/Hora de editar o post do c. com o tão aguardado remix da faixa Into The Silent Waves , faixa do self-titled do ano passado, álbum este que figurou na minha lista de melhores do ano. Essa é uma das poucas parcerias que realmente fez algo espetacular.
Uma música remixada por dois artistas: o primeiro deles é o Lustmord, famoso pelos apreciadores de Dark Ambient e coisas do tipo, já o segundo são uns Noruegueses que atendem pelo nome de Ulver, e acho que só de citar a palavra Ulver, muita coisa fica clara.
Enjoy !

[edit by: Pedro]

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[2010] Pyramids with Nadja Remix 12″

01 - Into The Silent Waves (Lustmord Remix)
02 - Into The Silent Waves (Ulver Remix)


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[2009] Pyramids With Nadja

01 - Into The Silent Waves
02 - Another War
03 - Sound Of Ice And Grass
04 - An Angel Was Heard To Cry Over The City Of Rome



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Nadja



Nadja é o projeto musical criado por Aidan Baker e Lea Buckareff oriundos de Toronto, Canadá, isso em meados de 2002. Desde a época de sua criação, o Nadja vem se mostrando bastante prolífico e consolidando o seu público, bem como seu nome na própria cena (se é que pode ser vista ou considerada uma cena de fato) do chamado Drone Metal, através de seus constantes lançamentos e os splits com bandas que flertam com o gênero, de algum modo, como o Methadrone, Atavist, Moss e mais recentemente o A Storm Of Light, sem contar os trabalhos solos do próprio Aidan e Lea, o que viria a somar ainda mais ícones ao seu já extenso catálogo.

Sendo mais específico sobre o trabalho do Nadja, o som deles baseia-se no Drone e Dark Ambient como disse anteriormente, e logicamente emana influências dos nomes mais famosos do gênero como o EARTH e o Sunn O))), porém podemos encontrar grandes diferenciais do Nadja em relação a essas bandas. Assim como elas, o Nadja constrói em suas músicas um vórtice sônico amorfo, denso e reverberante, algo que chega quase a "sufocar" aqueles mais desavisados ou desacostumados com o gênero, porém, é notável que o duo canadense possui uma preocupação bastante intensa com a melodia em si, bem como os ritmos e o modo como as experimentações são feitas e transpostas sob a forma de música, o que faz de sua música mais palatável e interessante, ao meu ver, nos deixando com vontade de mergulharmos de cabeça em seu oceanos de distorção e catarse para ver que tipo de algas, corais e criaturas exóticas moram lá no fundo.

Além do split com o A Storm of Light, lançado recentemente, o Nadja lançou um CD só contendo covers das mais variadas bandas, de A-ha até Slayer (!) e passando por Cure e My Bloody Valentine. Fica difícil julgar um álbum contendo somente composições de outras bandas que não eles, mas é, sem sombras de dúvidas, muitíssimo inusitado e interessante acompanhar a tradução dessas músicas para o universo sônico nadjiano, tanto pela sua criatividade quanto pela viagem em si que elas nos proporcionam. Bem, isso é tudo, espero que aproveitem-o muito bem e fritem deliciosamente seus neurônios! ;)

*Aproveitando a deixa para postar mais um trabalho do Nadja, sob a alcunha de Clinging To The Edge Of The Sky. Só tem uma música que dura por volta de 17 minutos, que parece ser na verdade uma criação somente do Aidan Baker. Isso é notável pelo enfoque mais Ambient dela, fazendo-me lembrar inclusive Bohren & Der Club Of Gore em sua textura e atmosfera. Um belo trabalho, devo dizer. Music for headphones and darkness. Enjoy it!


//Update 2: Novo full-length da dupla Aaron & Lea, chamado Autopergamene. Nele, encontram-se tantos faixas mais calcadas no Dark Ambient quanto o lado mais pesado e direto do Nadja, soando como uma boa síntese desses dois universos que constituem sua única sonosfera. Recomendado altamente, como sempre!


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[2010] Autopergamene

01 - You Write Your Name In My Skin
02 - You Write My Name In Your Head
03 - You Write Your Name In My Blood


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[2009] Clinging To The Edge Of The Sky

01 - Clinging To The Edge Of The Sky


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[2009] When I See The Sun Always Shines On TV

01 - Only Shallow (My Bloody Valentine cover)
02 - Pea (Codeine cover)
03 - No Cure For The Lonely (Swans cover)
04 - Dead Skin Mask (Slayer cover)
05 - The Sun Always Shines On TV (A-ha cover)
06 - Needle In The Hay (Elliott Smith cover)
07 - Long Dark Twenties (Kids In The Hall cover)
08 - Faith (The Cure cover)


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Have A Nice Life




Have a Nice Life é aparentemente um nome simplório e até mesmo bobo para uma grande banda que de simplória e convencional não possui absolutamente nada. Não se sabe muito sobre suas origens exatas, mas sabe-se que é originária de Connecticut, EUA, fruto das mentes de Tim Macuga (também membro do Nahlvar, uma banda de Black Metal um tanto inusitada diga-se de passagem) e de Dan Barrett, que leva a cabo um projeto solo/banda-fantasma chamada Giles Corey, não menos esquisito também.

Pois bem, considerando o naipel dos progenitores desse projeto aqui, já é previsível que vem muita esquisitice musical por aí, fato que realmente precede. O esqueleto em que sua música se apóia e se arquiteta remete ao rock alternativo (sei que esse rótulo é altamente dúbio e batido, mas...) à la Sonic Youth, porém ele se mostra totalmente encoberto por camadas e mais camadas de reverberação drone/shoegaze, tanto em sua essência mais obscura e profunda no melhor estilo do The Angelic Process quanto em seu aspecto mais celestial e sereno proveniente da escola do My Bloody Valentine. Agora, some tudo isso a interseções Dark Ambient, pinceladas de Post-Rock/Post-Punk tipo Joy Division e, por vezes, conduzido por uma batuta Industrial. Difícil de imaginar a primeira vista, digo, ouvida, penso eu, mas ainda assim é a descrição que me parece a mais perfeita e próxima de sua "realidade", pelo menos a melhor que consigo descrever com letras e analogias.

Seu primeiro trabalho saiu no início de 2008, um álbum duplo que recebeu o cândido nome de Deathcousciousness. Esses CDs tiveram uma grande repercussão entre os experts e admiradores desses meios mais alternativos do Metal, vamos dizer assim, ganhando repercussão ao lado de nomes já consolidados como jesu e Nadja. Fato merecido, devo dizer, pois ele em nada fica a dever aos trabalhos dessas duas bandas. Claro que ainda existem detalhes e nuances a serem lapidadas e refinadas, bem como o fato de algumas músicas desses dois álbuns não funcionarem tão bem quanto outras, sendo ainda cedo demais para considerá-la o maior nome do Drone-world atual, mas existe um potencial gigantesco em seu trabalho, tornando-se impossível negá-lo e fechar os tímpanos a ele.

Por isso, resolvo postar aqui esse CD junto com seu novo lançamento, intitulado Voids. Este é também um álbum duplo, no qual o primeiro CD contem versões demos e/ou modificadas de algumas músicas do Deathcounsciousness e o segundo contém B-sides. Particularmente gostei mais desse segundo, ainda mais por revelar um approach um pouco diferente em relação ao trabalho anterior Nele, as músicas mostram-se um pouco mais diretas e concretas, deixando sua veia Post-Punk transparecer e fluir seu conteúdo um pouco mais, ainda que a identidade HANL continue lá, intacta.

Em suma, trata-se de um projeto pretensioso e de difícil digestão/assimilação, mesmo para ouvidos treinados. Mas é algo cujo talento floresce e transpira por todos os decibéis, sendo impossível ão percebê-lo e admirá-lo. Tem tudo para se tornar um dos maiores expoentes do Drone/Alternative/whatever num futuro não muito distante, digo eu. Enfim, espero que apreciem-o. :)


Novo EP do genial Have a Nice Life. Originalmente vendido como um K7 no primeiro show da história da banda em NY e agora disponibilizado pra download. Esse EP é um aperitivo feito pelos caras para os fãs enquanto o novo álbum está sendo produzido. Estou ainda na primeira audição ,então vou ser um pouco mais calmo antes de rasgar elogios e falar o quanto essa banda consegue ser diferente de tudo que tem por ai, mas já adianto que o que será encontrado nesse EP é algo perto do sublime. Quem conhece a banda sabe que a chance de decepção é nula. GENIAL [edited: by pedro]


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[2010] Time of Land

01 - Wizard of the Black Hundreds
02 - Woe Untos Us
03 - The Parhelic Circle
04 - The Icon and the Axe


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[2009] Voids

Disc 01 - Powers Of Ten:

01 - The Big Gloom
02 - Waiting for Black Metal Records To Come In The Mail
03 - The Future
04 - Earthmover
05 - Who would Leave Their Sun Out In The Son

Disc o2 - What Happened Next Was Worse:

01 - Human Error
02 - Trespassers W
03 - Defenestration Song
04 - Sisyphos
05 - Destinos

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[2008] Deathcounsciousness

Disc One: The Plow That Broke the Plains

01 - A Quick One Before the Eternal Worm Devours Connecticutt
02 - Bloodhail
03 - The Big Gloom
04 -Hunter
05 -Telephony
06 - Who Would Leave Their Son Out in the Sun
07 - There Is No Food

Disc Two: The Future

01 - Waiting for Black Metal Records to Come in the Mail
02 - Holy Fucking Shit: 40,000
03 - Deep, Deep
04 - The Future
05 - I Don't Love
06 - Earthmover


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The Mount Fuji Doomjazz Corporation




The Mount Fuji Doomjazz Corporation
é um nome pomposo e um tanto bizarro, porém, de alguma maneira pode soar déja vu para alguns frequentadores do blog, ou mesmo alguns coinesseurs de congêneres. Isso porque a banda nada mais é do que o alter ego do The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, banda que já figurou nos nossos posts há algum tempo, sendo inicialmente criada por Jason Kohnen e Gideon Kiers, em 2000, com uma proposta de desenvolver algo que remetesse as trilhas sonoras de filmes mudos antigos, tais como Metropolis e Nosferatu. Evoluindo de um duo para uma banda de 6 membros, o ano de 2006 viu nascer o primeiro trabalho do TMFDC (abreviar é preciso, leia da menos esforço sempre operante), batizado de Succubus, nome que segundo a mitologia simboliza um demônio feminino que invade os sonhos do homem e absorvem sua energia através do prazer sexual.

Apesar dessa informação ser aparentemente solta, a sensação emanada por cada uma das 13 peças que compõem o álbum traduzem bem a aura deste mito. A começar pelos títulos um tanto, digamos, pervertidos, as músicas são regidas num ritmo lento que às vezes (não muito frequente) ganha velocidade e impacto em momentos de maiores tensões. A parte disso, elas ainda são revertidas por uma atmosfera noir nefastamente saborosa, sem medo de evocar essências obscuras e profanas, construindo assim algo maldito ainda que profundamente envolvente e sensual, por muitas vezes, transitando entre o cosmos do Dark Ambient, Drone e Jazz com igual perícia e desenvoltura.

Depois de ter ouvido este CD com alma, me arrependo e muito de não ter-lhe dado a devida atenção assim que peguei. Imaginei que seria somente uma "distração" do TKDE, talvez destituído de seu brilho e qualidade, mas não podia estar mais enganado. Talvez seja a banda que mais se aproxima do Bohren & Der Club Of Gore na idéia de fundir o Jazz com música ambiente com sabor noir, apesar do foco maior do Mount Fuji esteja no Ambient e não no Jazz em si. No entanto, rotulações e catalogações sonoras a parte, é um puta álbum. Digno de se ouvir em noites chuvosas, no fim da madrugada de preferência, munidos de bons headphoes.

Bom, taí o recado. Enjoy it. ;)


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[2006] Succubus

01. The Sexy Midnight Torture Show
02. Erotic Love Queen
03. Strange Dreams
04. Castles By The Sea
05. The Admirals Game
06. The Morning After
07. Perverted Pleasure Party
08. A Bad Trip
09. A Place For Fantasies
10. Murder Amongst Mannequins
11. Fleeing The Scene
12. Deadly Rehearsal
13. Faustine


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Njiqahdda




Njiqahdda é um dos projetos mais instigantes e misteriosos do Black Metal contemporâneo. Aparentemente, foi formado em 2006 por dois irmãos, que se intitulam '/' e '__ ' (ótimos pseudônimos, né?), oriundos das terras estadosunidenses. Lançaram, desde então, 7 full-lengths, 2 EPs, 1 demo e 1 split, através de um pequeno selo chamado EEE, sem contar os trabalhos do alter-ego Njiijn, que, diferente (mas nem tanto) do Njiqahdda, tem a proposta mais calcada no Dark Ambient/Ritual.

Sobre a música do Njiqahdda em si, trata-se de um Black Metal profundamente Atmosférico mas permeado de nuances e tinturas psicodélicas, bebendo, ainda, em fontes como Shoegaze, Noise e Dark Ambient em vários momentos. Sua música é altamente influenciada por temas como a natureza, transcendência, meditação, ancestraldiade, etc. o que faz com que cada uma de suas faixas soem como verdadeiras viagens lisérgicas pelos recantos desconhecidos e enigmáticos da própria mente e do nosso cosmo.

Interessante, ainda, é reparar que tanto o nome da banda quanto o dos álbuns e de suas faixas são escritos numa língua que é uma espécie de amálgama de línguas antigas como o nórdico/escandinavo, junto com grego, árabe e inglês, conferindo um tom ainda mais exótico ao seu trabalho, fato que é ampliado, ainda mais, se levar em conta que a maioria da capa dos álbuns da banda são... coloridos! Isso mesmo, coloridos! Algo raríssimo no Black Metal, deva-se dizer. O que mostra a relação estreita que a banda possui com a natureza e a atitude diferenciada que possuem em relação as demais bandas do meio.

No álbum que vos posto, intitulado Taegnuub - Ishnji Angma, pode-se perceber uma mudança sutil de direcionamento de seu trabalho. As músicas estão mais curtas e mais focadas nos terrenos Black Metal, soando mais diretas e brutais, digamos assim, mas sem desfigurar a identidade de seus antigos trabalhos de forma alguma. Mas, ainda assim, as passagens ambientes e psicodélicas se mostram ainda mais profundas e bem delineadas do que outrora, o que demonstra o quanto o Njiqahdda está evoluindo e se aprofundando em seu próprio microcosmo. É um álbum estranho, de fato, mesmo para aqueles já habituados a esquisitices musicais do gênero, mas não deixa de ser um passeio instigante e catártico, válido de ser ouvido mesmo que só em nível de curiosidade ou de experimentalismo. E ele se torna ainda melhor de se ouvir em noites mais frias e chuvosas, devo dizer. ;)

Enfim, aproveitem-o!


//Deixando aqui mais um trabalho do Njiqahdda realizado em 2009, chamado Yrg Alms. Nele, percebo um direcionamento um pouco mais acessível em relação aos trabalhos antecessores, seguindo uma linha que oscila entre o Black Metal atmosférico, com cheiro de mato à la com Drone/Shoegaze à la WITTR, Nadja, Methadrone & cia. Pelo jeito, o duo engatou uma 7ª marcha e tem produzido álbuns e EP's em ritmo industrial (não exatamente no gênero musical, mas sim a indústria propriamente dita, dik), mostrando que eles parecem estar no ápice criativo, porém, tem se tornado praticamente impossível seguir o que eles fazem, tamanha a velocidade que lançam novos materiais. Como este parece ser o últim o full-length de fato e mostram elementos diferenciados e interessantes em relação ao que tinha deixado aqui, resolvi postá-lo, pronto para a degustação de vossas pessoas. Aproveitem-o bem! ;)


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[2009] Yrg Alms

01 - Ingratuu Maate Lagentii
02 - Sombre Fortu
03 - Saavolungaat
04 - Yrg Alms
05 - Abyssii Iiortuu Liomaatiin


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[2009] Taegnuub - Ishnji Angma

01 - Purnakalamanna
02 - Silvaan Mortaa Esk Aal
03 - Njiuni Elova
04 - 'U Finuug Vraam
05 - Ishnji Angma
06 - Taegnuub
07 - Aski
08 - Nil Fyan Utopiia


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Yoga




Quando eu comecei a andarilhar pela internet em busca de informações sobre a banda que pretendia postar, o Yoga, me deparei justamente com esse texto no last.fm deles, a seguir:

“Understand this: Yoga dispenses a sinister frailty of howling swells in hissing static that combusts into crawling shock heaps, to the effect of Mayhem performing Twin Peaks incidentals in a prairie recorded by The KLF. A brief description casts them as black metal’s answer to Throbbing Gristle. The texture-based rendering of their compositions sails them on a strange sea between song and sound effect as it bobs along the waves like a dead man’s bottled message. Aspects of Goblin rehearsals in dead hills is interrupted as Monster Zero carves mountain sides with lightning breath. Oscillating leads pummel into churning riffs as if Caledonia was performed in an echo chamber near Lodi, New Jersey. The extrinsic properties of this work may result in disambiguation.”

Interessante, não? Pois bem, tentando ser um pouco mais objetivo, diria que o Yoga orbita sem escrúpulos e discrições entre os universos do Black Metal, Dark Ambient, Drone e música psicodélica, sendo eles devidamente tecidos com matizes surrealistas que não raramente evocam atmosferas transcendentais e obscuramente esotéricas, soando como um prelúdio para revelações de alto teor apocalíptico. Se desejam ainda algum comparativo para compreender melhor do que se trata tudo isso, digo que nomes como Wolves In The Throne Room, Njiqahdda e Menace Ruine, com ênfase nos dois últimos, podem dar boas respostas para estes questionamentos.

À primeira vista, sua proposta parecer meio caricata, e de fato não discordo. Só que a banda (na verdade, um duo) parece não se importar com isso, querendo justamente usá-lo para difundir o seu projeto e torná-lo acessível aos ouvidos e headphones de muitos pela Terra a fora. No mais, o duo ainda possui o mérito de construir músicas mais curtas, diretas e easy-listening do que a grande maioria de bandas que permeiam o seu gênero, fazendo com que a audição seja menos dolorosa em alguns momentos. No mais, posso dizer que gostei sim, um bocado do que ouvi aqui, e é digno de uma melhor divulgação e reconhecimento pelos recantos interdimensionais do nosso cosmos.


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[2009] Megafauna

01 - Seventh Mind
02 - Flying Witch
03 - Encante
04 - Wagion
05 - The Hidden People
06 - Dreamcast
07 - Fourth Eye
08 - Black Obelisk
09 - Treeman
10 - Warrior
11 - Haunted Brain
12 - Chupacabra's Rotting Flesh


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Planning For Burial




A poucos dias fiz minha lista com os melhores lançamentos de 2009. Ao correr os olhos por ela, vi que um importante debut ainda não tinha sido postado no blog, meu erro. Sendo assim farei isso agora, senhoras e senhores, apresento-vos o digníssimo, Planning for Burial.

Sempre que uma banda nova me chama atenção, a primeira coisa que faço é procurar informações a respeito da mesma, no caso do Planning for Burial não foi diferente. Porém a única fonte de informação que achei pela net foi o myspace onde o máximo que se pode encontrar são fotos de um orgão e de um kit de bateria. Nenhuma foto dos membros, nenhum nome de integrante... Uma coisa curiosa é a informação disponível no campo que seria para o nome dos membros, que consta o seguinte: "Guitar, Machines, Organ, Cymbals, Snare, Kick, Glockenspiel, Microphone, Cassette Recorder."

Falar do som da banda é uma tarefa muito complicada, visto que as influências e experimentações são variadas. É claro que podemos fazer comparações em relação ao estilo focado pelos caras, que varia do shoegaze do My Blood Valentine ao Drone de um Nadja passando até mesmo por levadas de black metal a lá Caina.

Provavelmente a primeira banda que se pode traçar um paralelo ao Plannig for Burial, é o grande Have a Nice Life. No decorrer do debut muitos elementos lembram o som dos americanos, fazendo disso mais um ponto positivo. Além do HaNL, o drone do The Angelic Process tem uma influência muito latente.

Ouvir esse cd sabendo que se trata do primeiro registro da banda é de assutar, pois a qualidade aqui encontrada é muito superior até mesmo a bandas que já estão na estrada a anos. Pro pessoal ter uma idéia, o próprio Dan Barret do Have a Nice Life elogiou tremendamente o som da banda, fazendo até mesmo um convite para eles se juntarem na Enemies List.

Recomendado.


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[2009] Leaving

01 - Wearing Sadness and Regret Upon Our Faces
02 - Memories You’ll Never Feel Again
03 - Oh Pennsylvania Your Black Clouds Hang Low
04 - Humming Quietly
05 - We Left Our Bodies with the Earth
06 - Being a Teenager and the Awkwardness of Backseat Sex
07 - Seasons Change So Slowly
08 - Verse_Chorus_Verse
09 - Leaving


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To Kill A Petty Bourgeoisie



Imaginem vocês uma banda capaz de condensar a atmosfera etérea e melancólica das bandas do selo 4AD, a profundidade sonora abíssica do Drone, o gosto fuzzy e psicodélico oriundo do Krautrock, New Weird America e outras esquisitices do tipo e, ainda por cima, fazer desses ingredientes um plasma perfeitamente palatável, instigante e cativante? Pois bem, o To Kill A Petty Burgeoisie (TKAPB, chamarei assim de agora em diante) consegue o feito!

Falando mais sobre o background da banda, sinceramente não encontrei muitas informações sobre ela. Sei que se trata de um duo formado por Jehna Wilhelm e Mark McGee, oriundos de Minnesota, USA, seu myspace é antigo (de 2004), o que dá a entender que a banda não é tão jovem assim e que eles fazem parte do selo Kranky, dedicando-se a fazer uma mistura de noise e melodia. Por mais generalista e até pueril que isso possa parecer, essa definição se encaixa com perfeição na proposta dos dois, embora isso seja feito de uma maneira bem refinada e inteligente do que a simples definição possa dar a entender.

Marlone é o seu segundo trabalho, lançado ele em setembro/outubro de 2009. Não poderia dizer sobre a linha evolutiva da banda pois ainda não tive a chance de ouvir seu debut, mas o que saltou meus ouvidos é a maturidade e qualidade com que a banda leva a cabo sua proposta, além da maneira como conseguem evocar gêneros e subgêneros aparentemente dispersos e colocá-los numa só cosmosfera sonora sem transformar a sua música numa massaroca indefinivel e intragável. Diferentes ambientes e sensações surgem em nossas mentes a cada música, sendo eles geralmente mundos estranhos, oníricos e um tanto desolados, como andar sob gelatinas pelas ruas de uma cidade pós-apocalíptica cheias de neblina durante as últimas horas antes do amanhecer, onde tudo cheira a silêncio e tem gosto de ruína, possuindo também um certo toque de southern gothic inserido aqui e acolá, amplificando ainda mais a sensação de obscuridade e do grotesco conseguem transmitir-nos.

Se querem algum comparativo para entender melhor do que se trata esse CD, direi que vão ter uma missão bem difícil. No entanto, é possível traçar paralelos com bandas como Fever Ray (não exatamente quanto ao tipo de música, mas quanto as imagens invocadas pela música em si), Have a Nice Life (embora esta seja mais pesada e menos atmosférica), e trabalhos como os do Nadja e Angelic Process podem servir ainda como referência, dentro das devidas proporções. Em suma, trata-se de um álbum inteligente e que transborda criatividade e talento por todos os poros, um prato cheio e saboroso para aqueles degustadores de esquisitices musicais como este que vos fala aqui. ;)



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[2009] Marlone

01 - You've Gone Too Far
02 - The Needle
03 - Villain
04 - Along The Line
05 - I Will Hang My Cape In Your Closet
06 - Bridgework
07 - I Hear You Coming, But Your Steps Are Too Loud
08 - In People's Homes
09 - Turritopsis
10 - Summertime


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Methadrone




Methadrone é um projeto de Steve Pillard, (ex-Incantion, ex-Evoken), originário de New Jersey- EUA, sendo caracterizado especialmente por explorar o estilo musical que vem ganhando certa atenção de público/mídia e é chamado de Drone, mas de uma forma um pouco diferente em relação aos principais expoentes do gênero, se calcando mais nas melodias e nas atmosfera que suas músicas são capazes de reproduzir do que efeitos noisísticos bizarros e esfaceladores de cérebro.

Suas músicas levam o ouvinte a um universo noturno, embora às vezes pareça fracamente iluminado (como se estivesse sob a luz do crepúsculo, ou a de um dia muito nublado), mas imerso numa atmosfera densa e fria, em meio a paisagens desérticas e estéreis (o trocadilho com o nome do álbum foi irresistível...), criando uma sensação de desolação e frieza, embora envolta sob uma fina malha de conforto de uma forma bem natural e fluente ao longo de suas oito faixas.

Um ouvinte no last.fm disse que essa banda seria uma mistura de jesu + Paradise Lost + Lustmord, e acho que ele foi bastante feliz em sua definição. É algo difícil de conceber, mas que faz todo o sentido quando colocamos as músicas rolando no CD -ou media- Player. Então, indico esse álbum, Sterility, para todos que apreciam Drone, Sludge, Stoner ou até mesmo Post-Rock, acho que não decepcionaria nenhum de vocês. ;D

*Aproveitando o post deixado aqui há quase um ano atrás para deixar-lhes o novo álbum do Methadrone, intitulado Better Living (Through Chemistry). Basicamente, ele segue a mesma linha de seu antecessor, mas existem mudanças sutis aqui e acolá ao longo de sua extensão. As músicas parecem um pouco mais "claras" e fleumáticas, embora ainda transmitam as mesmas sensações de serenidade e aridez de outrora. Se alguém me pedisse uma analogia com outras bandas, diria que o Better Living seria um Nadja e/ou jesu (na fase do álbum st) menos "fuzzy" e mais gélido. Bem, definições a parte, achei-o muito interessante e não poderia deixá-lo de postar aqui.


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[2009] Better Living Through Chemistry

01 - flight to nowhere
02 - biodone
03 - cold deep blue
04 - polamidon
05 - better living (through chemistry)
06 - buprenorphene
07 - toward elysium
08 - dolophine
09 - slough realism
10 - spiritual synthesis pt. 1
11 - spiritual synthesis pt. 2

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[2008] Sterility

01 - Sterility
02 - Self-Relinquishment
03 - Servitude
04 - Continuum Of Decline
05 - Bury Me standing
06 - Horizone
07 - Lassitude
08 - Final Transmission


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Afterlives




William Barret é o nome por trás do Afterlives, o projeto combina elementos do noise com paisagens acústicas e um rock experimental influenciado pela atmosfera sombria do drone, psicodelias e um vocal profundo e melancólico, que lembra bastante o que é feito pelo seu irmão e companheiro de gravadora, o músico Dan do Have a Nice Life.

A Ticking Clock I Couldn’t Stop, é um debut que apresenta uma qualidade sonora muito grande.
Talvez a mais notoria similiaridade é com o Have a Nice Life, mas também pode ser encontrado elementos que lembram o shoegaze do Slowdive, o acústico de um Six Organs of Admittance e até mesmo o drone de uns Nadja.
Um álbum feliz, mas é capaz de levar o ouvinte numa jornada de tristeza e desalento.

Uma excelente surpresa para todos os fãs de música experimental e outras viagens musicais ,um dos grandes debuts de 2009 com toda certeza. Excelente trilha sonora para um dia nublado e frio.


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[2009] - A Ticking Clock I Couldn’t Stop

01 - All Teeth
02 - Ever the Optimist
03 - Snake Swallows Tail
04 - Fireworks
05 - Sunderban Tigers
06 - Still Lakes
07 - I Am The Heroic
08 - Distance Runner
09 - Bright Shimmering Lights
10 - Everlong [Foo Fighters Cover]


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Mount Eerie




Mount Eerie é fruto da mente de Phil Elverum, oriundo de Anacortes, WA, USA, tendo sido criado como uma evolução de seu antigo projeto The Microphones (tendo, inclusive, levado o nome de seu último álbum) no final do ano de 2003, levando as trajetórias de seu universo musical a novos horizontes e contornos. Após a mudança de nome, Phil lançou vários EPs e três full-lengths até então, sendo o último deles o que darei mais destaque.

Wind's Poem é o nome do seu novo trabalho. Nele, o que se percebe é que sua música certamente vai muito além do comum e do esperado, mesmo para fãs habituados a esquisitices e experimentalismos sonoros. Sob uma superfície indie, existem camadas e mais camadas duma atmosfera drone (sem, no entanto, se aproximar exatamente do shoegaze), permeadas por fragrâncias folk em texturas melódicas doces e sussurradas, conduzida por um ritmo sereno e por vezes melancólico, onde as letras conferem ainda mais essência a essas fragrâncias e fazem jus ao nome que o álbum carrega.

É uma experiência musical deveras estranha, especialmente na primeira viagem. Mas, depois que conhecemos melhor suas paisagens e percalços, tudo nos parece mais tangível e palatável, e mesmo a densidade sônica que paira sob algumas músicas não parecem mais sufocar, mas sim envolver o ouvinte em seu mundo levemente surreal e exótico. Caso alguém queira alguma referência para esse CD, digo que o trabalho do Have A Nice Life se aproxima um pouco do que temos aqui, e até mesmo trabalhos de bandas americanas de Black Metal tipo WITTR e Velvet Cacoon vem a mente, mesmo que distantes, quando ele rola pelo media player. Mas essas são referências um tanto vagas demais, pois nada que eu conheci se assemelha de fato ao que ouvi. Em suma, é um álbum delicioso para se ouvir em dias frios, solitários e nublados. Enjoy it!


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[2009] Wind's Poem

01 - Wind’s Dark Poem
02 - Through The Trees
03 - My Heart Is Not At Peace
04 - the Hidden Stone
05 - Wind Speaks
06 - Summons
07 - Mouth of Sky
08 - Between Two Mysteries
09 - Ancient Questions
10 - (something)
11 - Lost Wisdom pt. 2
12 - Stone’s Ode


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Teeth Of Lions Rule The Divine














Teeth Of Lions Rule The Divine, nome tirado de uma música do Earth, é uma banda formada por figurinhas carimbadas do Doom Metal, as duas mentes por trás do badalado Sunn O))), Greg Anderson e Stephen O'Malley, o vocalista do Cathedral e primeiro vocalista do Napalm Death, Lee Dorrian, e por Justin Greaves, ex-Iron Monkey, ex-Electric Wizard e integrante do Crippled Black Phoenix. Com tantos músicos de bandas consideravelmente diferentes é difícil imaginar no que eles poderiam produzir juntos, mas ao que parece quem tomou as estrideiras do projeto foram os integrantes do Sunn O))) uma vez que a banda dialoga bem com os outros tantos projetos deles.

Rampton é o primeiro e ao que tudo indica o único CD desse projeto e apresenta uma sonoridade homogênea baseada em guitarras monótonas e repetitivas acompanhadas por um vocal bem distorcido e uma bateria cadenciada visando criar uma ambiência que nos remete ao tédio e a auto-destruição contendo apenas três músicas e mais de 50 minutos de execução. Áqueles acostumados com os trabalhos anteriores de O'Malley e Anderson não terão problemas para assimilar o albúm, já aos que se iniciam demanda algum tempo e atenção para melhor assimilar as músicas.


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[2002] Rampton

01 - He Who Accepts All That Is Offered (Feel Bad Hit Of The Winter)
02 - New Pants & Shirt
03 - The Smiler

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Chuter










I'm Jack Chuter, I'm 18, and this is my new project. "Sans Sun" takes my love for heavy repetition and tendancy towards deep melancholy, and envelopes it in immense layers of fuzzy ambience, soaring drones and fragile vocals. I'm extremely proud of it, and believe it to be my best effort yet.

Essas são palavras do próprio criador do projeto, falando dele próprio. Só o segundo período do parágrafo já traz algo inesperado, a sua ainda parca idade. Mais surpreendente ainda é ver a linha musical que ele segue, condensando o que há de melhor no Drone, Shoegaze e Post-Rock. E mais surpreendente ainda é ver a competência e criatividade com que ele consegue fazer suas músicas, considerando todos os fatores ditos antes! Não me admiraria se alguém ouvisse alguma de suas músicas e dissesse que foi composta pelo jesu, pois a semelhança de estilo e levada é mais do que evidente. Talvez a única diferença entre seu projeto e a banda citada seja as influências de Industrial marcantes do jesu, o que é bem pouco explorado no caso do Chuter, lembrando assim a fase "old" de 3/4 anos atrás do jesu, na época do Heart Ache e do s/t.

Então, tendo dito tudo isso, apresento aqui o primeiro EP do Chuter, Sans Sun. Ele só possui duas músicas, onde a primeira tem 13:20 de duração e a segunda, 13:16, e elas refletem todas as características que foram ditas nos parágrafos anteriores. Atmosferas densas e nebulosas, sob uma tênue camada de tristeza e aparente alienação dão cor, forma e sabor as músicas. J. Broadrick (jesu, Godflesh e outros) ficaria bem feliz em ver suas "crias" fazendo tão bons trabalhos pelo mundo a fora (se bem que já deve estar, só por ter influenciado Neurosis, Isis, Pelican & cia...)

[visionário mode on] Por fim, digo que esse Chuter vai estar nas paradas de sucesso droneiras e post-roqueiras em bem pouco tempo, e com grande reconhecimento. So, get it! ;) [visionário mode off]

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[2007 ] Sans Sun EP

01 - I Fail To See
02 - Sans Sun

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The Angelic Process










The Angelic Process foi formado em 1999 por K. Angylus e MDragynfly, nos EUA, tendo lançado um álbum neste mesmo, depois entrando num hiato de 1999 a 2003, lançando vários álbuns a partir de então. O som da banda é algo muito característico, seguindo o que chamam hoje de "Drone Metal", caracterizado pela construção de paredes sonoras reverberantes e densas, em padrões repetitivos.

Mas ela se destaca em relação aos artistas do gênero por fazer algo bem diferente deles. Ainda que sigam essas características descritas acimas, o som deles possui uma musicalidade bem acima da média (do gênero) e uma acessibilidade maior também, refletinfdo influências diretas de grupos Shoegaze como My Bloody Valentine, em especial, e ecos de Industrial provindos de Coil e Godflesh. As músicas também são consideravelmente curtas para o gênero, em torno 5-7 minutos de duração, o que dá um tempero mais especial a eles. É digno de destaque o modo como conseguem embrulhar uma sonoridade densa, amorfa e obscura do Drone numa capa envolvente e de fácil degustação. Se tivesse como descrever os sons em imagens, diria que me lembra um cenário pós-apocalíptico com inspiração surrealista obscura, algo digno de um Beksinski.

Este é o último álbum lançado pelo duo, em 2007. A banda entrou em hiato indefinido em outubro do mesmo ano, devido a um problema nas mãos do K. Angylus que o impediria de tocar. E, a poucos meses, também veio a notícia de sua morte, em 26/4/2008. Não se sabe ainda a causa, especula-se que foi suicídio. Seja qual for, sem dúvidas é uma grande perda, pois ele fez um trabalho incrível... espero que esteja agora em seu processo angélico. RIP

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[2007] Weighing Souls With Sand

01 - Promise of Snakes
02 - Million Year Summer
03 - The Ressonance of Goodbye
04 - We All Die Laughing
05 - Dying In A-Minor
06 - Weighing Souls With Sand
07 - Mouvement - World Deafening Eclipse
08 - Burning In The Undertow Of God
09 - Mouvement - The Smoke Of Her Burning
10 - Hidden Track

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