Mogwai





Formado em 1995 na Escócia por Stuart Braithwaite, Dominic Aitchison (Crippled Black Phoenix) e Martin Bulloch o Mogwai ("fantasma" em Mandarim) é certamente um dos maiores nomes do post-rock. A banda dá total destaque às guitarras em suas músicas, deixando os vocais e todo o resto como suporte, evoluindo a cada lançamento. Eles tem a capacidade de construir belas melodias e estruturas que evidenciam teclados, atmosferas quase sempre melancólicas, momentos pesados alternando-se com outros extremamentes delicados unem-se criando canções de um bom gosto indiscutível e raro hoje em dia. O mogwai também chama a atenção por atitudes como instigar a platéia em seus shows a fazer coros do tipo “fuck the queen” e vender em suas apresentações, camisetas com a inscrição “Blur: Are Shite”, além de terem um senso de humor apurado e parecer não dar a menor importância se os outros entendem suas músicas e atitudes ou não. E não são de se levar muito a sério, basta olhar o título das músicas, a maioria sem a menor relação com as músicas e inspiradas em piadas que só os membros da banda entendem.

O sexto álbum da banda, intitulado The Hawk is Howling, será lançado no final de setembro deste ano. Por enquanto podemos nos contentar com esse leak e o clipe da música Bat Cat no youtube. Destaques para as músicas "I'm Jim Morrison, I'm dead", "Kings Meadow" e "I Love you, I'm Going To Blow Up Your School". Espero que gostem.

O ep chamado Batcat conta com 3 faixas surpreendentes. Roky Erickson (ex-13th Floor Elevators) participa dos vocais de Devil Rides.


//Último dia do ano, e como forma de agradecimento pela companhia de vocês durante todo esse ano de 2010, nós do ETS deixamos para vocês, queridos leitores, o novo cd da maior banda de post-rock do mundo.

Feliz ano novo para todos. [edit by: pedro]

//Ressucitando o post novamente para deixar-vos o Earth Division, o novíssimo trabalho do Mogwai que só deve figurar em forma "física" e oficial lá pelo dia 21/9. Nele, encontramos um Mogwai mais sereno e silencioso, dando muita margem a eletronicagens, deixando um pouco de lado as explosões sônicas e guitarras ensandecidas do último álbum Hardcore... . O gosto experimental e aquele humor meio, digamos, pouco ortodoxo, permanecem lá, porém numa escala diminuída. O que temos aqui é um EP de uma beleza plástica admirável, como sempre, munido de uma criatividade notável que poucos, além do Mogwai - especialmente na esfera Post-rock contemporânea - podem se gabar. Aproveitem!

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[2011] Earth Division

01 - Get To France
02 - Hound Of Winter
03 - Drunk And Crazy
04 - Does This Always Happens?


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[2011] Hardcore Will Never Die, But You Will

01 - White Noise
02 - Mexican Grand Prix
03 - Rano Pano
04 - Death Rays
05 - San Pedro
06 - Letters To The Metro
07 - George Square Thatcher Death Party
08 - How To Be A Werewolf
09 - Too Raging To Cheers
10 - You’re Lionel Richie

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[2008] The Hawk is Howling

01 - I'm Jim Morrison, I'm dead
02 - Batcat
03 - Danphe and The Brain
04 - Local Authority
05 - The Sun Smells Too Loud
06 - Kings Meadow
07 - I Love you, I'm Going To Blow Up Your School
08 - Scotland’s Shame
09 - Thank You Space Expert
10 - The Precipice

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[2008] Batcat

01 - Batcat
02 - Stupid Prick Gets Chased by the Police and Loses his Slut Girlfriend
03 - Devil Rides

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The Angelic Process




The Angelic Process foi formado em 1999 por K. Angylus e MDragynfly, nos EUA, tendo lançado um álbum neste mesmo, depois entrando num hiato de 1999 a 2003, lançando vários álbuns a partir de então. O som da banda é algo muito característico, seguindo o que chamam hoje de "Drone Metal", caracterizado pela construção de paredes sonoras reverberantes e densas, em padrões repetitivos.

Mas ela se destaca em relação aos artistas do gênero por fazer algo bem diferente deles. Ainda que sigam essas características descritas acimas, o som deles possui uma musicalidade bem acima da média (do gênero) e uma acessibilidade maior também, refletinfdo influências diretas de grupos Shoegaze como My Bloody Valentine, em especial, e ecos de Industrial provindos de Coil e Godflesh. As músicas também são consideravelmente curtas para o gênero, em torno 5-7 minutos de duração, o que dá um tempero mais especial a eles. É digno de destaque o modo como conseguem embrulhar uma sonoridade densa, amorfa e obscura do Drone numa capa envolvente e de fácil degustação. Se tivesse como descrever os sons em imagens, diria que me lembra um cenário pós-apocalíptico com inspiração surrealista obscura, algo digno de um Beksinski.

Este é o último álbum lançado pelo duo, em 2007. A banda entrou em hiato indefinido em outubro do mesmo ano, devido a um problema nas mãos do K. Angylus que o impediria de tocar. E, a poucos meses, também veio a notícia de sua morte, em 26/4/2008. Não se sabe ainda a causa, especula-se que foi suicídio. Seja qual for, sem dúvidas é uma grande perda, pois ele fez um trabalho incrível... espero que esteja agora em seu processo angélico. R.I.P [review by: carlos.]

E após 4 anos da morte de Kris, surge na internet uma demo perdida datada de 2003. No link abaixo vocês poderão confirmar a genialidade de um músico que deixou esse mundo muito cedo. Simplesmente maravilhosa as músicas.

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[2003] Solipsistic

01 - Mouvement - Prepare To Evacuate Soul
02 - Solipsistic
03 - Deep Calls To Deep
04 - Tragedy De' Ovair
05 - Mouvement - Sympathy Interrupts My Blood
06 - My Blood Still Whispers
07 - Dismembered Antonella
08 - Mouvement - Crippled Healing
09 - Missing The Space Around You
10 - Nothing But Self Exists
11 - Mouvement - Solipsistic Darkness
12 - Consciousness (Showered In Afterwhile)
13 - Self Portrait In Water



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Blueneck





Blueneck foi formado em 2000 na Inglaterra, mais precisamente na cidade de North Somerset. Apesar de já ter quase dez anos de estrada, só em 2006 é que veio a vida o seu primeiro trabalho oficial, chamado Scars Of The Midwest e, três anos depois, o seu sucessor: The Fallen Host.

As letras, longe da temática convencional, se desenvolveram em um ambiente cinematográfico de ruídos e sombras, vocais crescendos, todos criados com sintetizadores analógicos. A banda tem uma distinta sutileza artesanal sobre a sua música que obriga o ouvinte a participar e envolver-se em seu mundo. Michael Maidment (tocou com Aereogramme, Cult of Luna, iLiKETRAiNS e Thirteen Senses) se juntou ao Blueneck para dar suporte às apresentações ao vivo.

Ambos os álbuns tem como característica comum a atmosfera obscura, densa e instigante que permeia cada átomo sonoro que os constituem. Percebe-se, além da base post-roqueira, uma influência bem pronunciada de Ambient Music, bebendo diretamente da fonte criada pelo Brian Eno e nomes que misturam estes dois estilos como ninguém (Hammock, por exemplo), mas ainda deixando lugar para explosões de fazer tremer as pálpebras e todo o sistema nervoso central mesmo do indivíduo mais gélido que existe na Terra. Enquanto isso, as músicas vocalizadas já nos remetem a nomes como Anathema e Antimatter, especialmente este último, fazendo reviver (e muito bem) a densidade melancólica e catártica de suas músicas, ao seu próprio modo.

Quem gosta daquele post-rock mais "sombrio" e um pouco mais pesado (na linha The Pax Cecilia, Cecilia:Eyes, iLiKETRAiNS, Her Name Is Calla) e os nomes já citados, certamente iria apreciar seu trabalho e deixar algum lugar cativo em seu CD (ou mp-n player) ou mesmo em seu Hard Disk para ele.

"Blueneck’s music has developed into a cinematic soundscape of ambient atmospherics, dark skeletal rhythms and swirling crescendos, all created with analogue synths, sparse piano and huge, soaring guitars. Having already produced a series of demos, each one evolving further into atmospheric territory than the last, the band have teamed up with producer and musical visionary Corin Dingley for their first full-length album “Scars Of The Midwest”. Blueneck operate in a similar post-rock territory to bands such as Godspeed! You Black Emperor, Sigur Ros and Mogwai, but having spent a year and a half locked away recording in the hills of deepest Somerset, they have delivered a dark, dynamic masterpiece which has a sound truly their own."


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[2011] Repetitions

01 - Pneumothorax
02 - Sawbones
03 - Venger
04 - Sleeping Through A Storm
05 - Una Salus Victus
06 - Ellipsis
07 - Barriers Down
08 - The Last Refuge
09 - Lopussa


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[2009] The Fallen Host

01 - (Departed From Me, Who Are Cursed)
02 - Seven
03 - Low
04 - The Guest
05 - Children Of Ammom
06 - Weaving Spiders Come Not Here
07 - Lilitu
08 - Revelations

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[2006] Scars of the Midwest

01 - The Hills Have Eyes
02 - Judas! Judas!
03 - Oig
04 - Le-465
05 - Ub1
06 - Epiphany
07 - Ub2
08 - Amoc
09 - Yesterday's Forgotten

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Loomer




Bandas brasileiras nunca tiveram muito espaço aqui no blog, reconheço. Seja pelo pouco conhecimento e gosto pela música tupiniquim da minha parte (e dos resto do staff), ou pela qualidade no mínimo duvidosa de algumas. Claro que sempre existiram e virão a existir bandas boas, mas não é fácil encontrá-las, pois estão sempre soterradas pelos ruídos que infestam as rádios locais (sim, ruído, música por definição é que não é) ou por bandinhas alternativas pretensiosas e, na sua maioria, modorrentas. Mas esta aqui certamente vale, e muito, um espacinho aqui.

Loomer teve sua fundação em 2008, na capital gaúcha. Pelo nome das banda, os experts no assunto já devem ter sacado do que se trata. Claro, Shoegaze a escorrer pelas veias e artérias. Já nos primeiros segundos da primeira faixa, ou melhor, só pelo nome dela, já sabemos que os guris (e a guria) devem ter ouvido muito My Bloody Valentine e tem uma foto do Kevin Shields no guarda-roupa de cada um. No entanto, óbvio que não é uma copiazinha mixuruca dos gênios da microfonia. Percebe-se, também, influências latentes e pulsantes de gente do calibre de um Swervedriver e Ride, e não por menos daquela galera um pouco menos "noisy", mas também influente: Dinosaur Jr,, Sonic Youth, Pixies, Sebadoh, só para citar alguns. De resto, temos tudo que faz a felicidade (sic) de contempladores de sapatos. Aquelas melodias adocicadas temperadas com alguma microfonia cortante e reluzante, vozes femininas distantes e sussurradas que, no caso deles, encontra-se contrastada com voz masculina em algumas faixas (Nightmare Daydream, por ex., que é minha faixa favorita), baixo/bateria trippy, mas seguras e presentes quando necessárias, tudo tocado naquela velocidade média que, devido as densas camadas sônicas, parecem chegar até nós com um certo Efeito Doppler, parecendo-nos mais lentos ainda que não passe de miragem...

Bom, a dica tá dada. Aproveito também o gancho do post pra falar do show deles aqui em terras do RJ, no Audio Rebel (Botafogo), no próximo dia 13/8 no festival de nome "Microfonia É Noise". É raro ver eventos dessa espécie em nossa terra, então, taí uma chance não menos do que imperdível de entupir os tímpanos com distorção de (alta) qualidade.

Degustem!


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[2010] Coward Soul


01 - Rocket Fuzz
02 - Across The Clouds
03 - All Gone
04 - Nightmare Daydream
05 - Coward


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