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Pin-up Went Down




Sobre a Pin-up Went Down, PUWD, pode-se chamar de um projeto encabeçado pelos franceses Alexi Damien, ex-Carnival In Coal, e Aspodel, atual vocalista do Penumbra. Tendo em conta o background dos dois, pode-se imaginar que algo não muito usual e de elevadíssimo quilate pode ser encontrado aqui, certo?

Pois estão errados! Brincadeira. Só pra trollar um pouco, mesmo. Tendo seu nascimento na virada de 2006 para 2007, inicialmente sob o nome de Esthete Piggie, o nome é mudado para Pin-Up Went Down no fim de 2007 e, não muito tempo depois, sai seu debut, chamado 2 Unlimited. O que se encontram aqui são 13 peças musicais que aproveitam a veia insanóide do mesmo Carnival In Coal, inspirações sutis de nomes como Faith No More, Ram-Zet e Diablo Swing Orchestra e, não sendo suficiente tudo isso, temos a srta. Aspodel roubando a cena completamente neste álbum. Sério, demorou-me para cair a ficha que a gama imensurável de timbres que ouço neste trabalho e no recém-lançado 342 (postado logo abaixo) pertencem à mesma pessoa! Por vários momentos achei que haviam chamado uma criancinha panaquinha para cantar no álbum a troco de alguns pirulitos, mas nada, é só a Aspodel enganando a galerë!

O álbum soará estranho, certamente, mesmo para ouvidos treinados e acostumados as bizarrices sonoras que se tem por aí. Mas, além de ser um álbum feito com maior esmero e criatividade possíveis de se alcançar, é um trabalho recheado de bom humor, insanidade construtiva e, ainda assim, inteligente em cada um de seus segmentos. Se isso não é algo convidativo, certamente, não saberia dizer o que mais poderia ser. Enjoy it!


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[2010] 342

01 - Diapositive
02 - Escargot
03 - Porcelain Hours
04 - Essence of I
05 - Khabod of My Aba
06 - Home
07 - Vaginaal Nathrak
08 - Pictures to Speak To
09 - Murphy in the Sky with Daemons
10 - Paralogical Sarabanda
11 - Aquarium


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Cynic




Cynic foi formado em 1987 na Florida, EUA, numa época em que várias bandas começaram a explorar o Thrash Metal de maneira mais extrema e mórbida e vieram a formar a tão famosa cena de Death Metal da Florida, reconhecida hoje pela importância histórica e musical que ela representou para o estilo, ao praticamente colocá-lo em evidência para o mundo.

Diferente de bandas dessa mesma geração (Death, Obituary, Malevolent Creation, etc.), o Cynic começou a explorar nuances diferentes em sua música, como mudanças constantes de compassos musicais e elementos marcantes de música Progressiva e até Jazz, aliadas a uma técnica incrível e bem acima da média comparado com outras bandas de Death Metal, se tornando praticamente únicos em seu estilo, naquela época. Talvez só. Pode-se dizer que foi um dos pioneiros a explorar essa dimensão musical de fato e assim se tornaram uma grande influência para bandas como maudlin of the well, Canvas Solaris, Behold... The Arctopus, Gordian Knot (banda que um ex-integrante do Cynic faz parte, inclusive) e todas as bandas que aliam a agressividade sonora do Metal à técnica, psicodelia e versatilidade do Prog e Jazz.

Focus é então o primeiro full-length da banda, lançado em 1993. Depois disso, enquanto gravavam já seu segundo trabalho, a banda veio a se separar devido às famigeradas "diferenças musicas" entre os integrantes. Mas tiveram a cínica (sic) idéia de se reunirem em 2007 para alguns shows, e como eles tiveram uma repercussão acima do esperado pela banda, resolveram se reunir para então gravar um novo trabalho, chamado Traced In Air, que já se encontra rodando pelos meios cibernérticos de todo o cosmo, mas será oficialmente lançado só no final de outubro.

Sobre o álbum Focus que vos posto, confesso que, quando mais novo, não consegui digerir bem essa versatilidade e abrangência de nuances e texturas musicais que o Cynic explora, talvez por falta de maturidade mesmo. Mas hoje, sinto-me muito impressionado com a desenvoltura com que tecem e constroem sua música, esbanjando técnica por todos os poros mas de uma forma natural e fluida, muito mais do que se poderia imaginar de gêneros tão esparsos e aparentemente imiscíveis como Jazz-Fusion e Death Metal. Como se o Zappa e Pink Floyd se reunisse com o Death e ambos embarcassem numa viagem cósmica rumo aos recantos musicais mais profundos e impalpáveis que nossas mentes podem conceber... ou além disso!

Ainda pretendo postar o Traced In Air, se minha conexão colaborar (o que não vem acontecendo nos últimos tempos), aguardem! For now, enjoy it. ;)


//Deixando aqui um link atualizado do Focus, sem contar um do Traced In Air e outro do novíssimo EP da banda, intitulado Re-Traced. Na verdade ele não é tão novo assim, pois a maioria de suas músicas são releituras do Traced. Percebe-se que a banda abandona de vez sua veia metálica de outrora, dedicando-se a um Prog Rock refinadíssimo e pincelado com várias camadas atmosféricas com sabor celestial. Criativo e vanguardista, como sempre. Fico no aguardo do novo CD desde então. Enjoy 'em all!


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[2010] Re-Traced
01 - Space
02 - Evolutionary
03 - King
04 - Integral
05 - Wheels Within Wheels


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[2008] Traced In Air

01 - Nunc Fluens
02 - The Space For This
03 - Evolutionary Sleeper
04 - Integral Birth
05 - The Unknown Guest
06 - Adam's Murmur
07 - King Of Those Who Know
08 - Nunc Stans


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[1993] Focus

01 - Veil Of Maya
02 - Celestial Voyage
03 - Eagle Of Nature
04 - Sentiment
05 - I'm But A Wave To...
06 - Urboric Forms
07 - Textures
08 - How Could I


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Ihsahn




Penso eu que o nome Ihsahn já dispensa maiores apresentações, mas ainda assim deixarei uma aqui para que os menos informados e conhecedores da cena metálica se situem melhor: Ihsahn, nascido sob o nome de Vegard Sverre Tveitan na Noruega em 1975, fundou uma das bandas mais seminais da cena norueguesa de Black Metal, Emperor, no ano de 1991, como vocalista/guitarrista da banda. Seu trabalho ficou conhecido por todos os cantos do mundo por ter se desfeito das amarras do próprio gênero e as levado para uma outra dimensão, construindo um som que mantinha a sua essência gélida, brutal e obscura só que mais refinado e mais arquitetado do que a média, levando ainda influências sinfônicas e progressivas que fizeram-no se destacar em relação ao minimalismo caótico (e por vezes pouco inteligível) que as bandas "colegas" faziam.
Além do Emperor, antes, Ihsahn fazia parte de uma banda chamada Thout Shalt Suffer, que se dedicava a um Death/Black Metal em que mostrava os primeiros indícios do que viria a fazer no Emperor e que depois foi "ressucitada" pelo mesmo, mas dessa vez fazendo um som calcado no lado Dark Ambient da força. Também ele fez parte do Zyklon-B, projeto de membros do emperor com Satyricon e que só lançou um EP com 3 músicas em 1995, se tornando algo kvlt por muitos admiradores do gênero e o projeto Peccatum, fundado junto com sua esposa Ihriel, que se dedica a um Metal experimental com fortes influências de música erudita e até eletrônica, sendo comparado por muitos a bandas como Arcturus, Ulver e In The Woods.

Mas, agora, falarei sobre o trabalho solo do Ihsahn, que leva o seu mesmo pseudônimo. Seu primeiro álbum veio em 2006, logo após o fim do Peccatum, e mostra um som que transita e orbita bem delineadamente pelas esferas do Black/Death Metal com fortes influências progressivas, mas sem deixar de lado uma certa influência de Heavy Metal e de música erudita. Seu segundo álbum solo veio em 2008, seguindo mais ou menos a mesma veia (só que ainda mais refinada), culminando agora com o seu novíssimo trabalho que vem a vida batizado de After, a ser lançado no final de Janeiro. Nele, todos os elementos citados encontram-se na sua mais perfeita união e coesão e cedendo lugares, com mais frequência, a interlúdios acústicos e a última música ainda termina com um belo improviso de sax (?), no melhor estilo Solefald de ser.

Ainda é muito cedo para fazer qualquer previsão, mas não ficaria surpreso se este for escolhido como um dos melhores lançamentos já de 2010. É um álbum perfeito em sua construção, elaboração e realização e, convenhamos, nada mais esperado de um músico do quilate do Mr. Ihsahn. Deixo aqui um link do multiupload do novo álbum (o sharebee está apresentando problemas ultimamente para fazer upload, logo, até isso ser resolvido, todos os álbuns postados serão neste servidor - que é muito bom, devo dizer) e divirtam-se! ;)


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[2010] After

01 - The Barren Lands
02 - A Grave Inversed
03 - After
04 - Frozen Lakes On Mars
05 - Undercurrent
06 - Austere
07 - Heaven's Black Sea
08 - On The Shores


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Decapitated












Existe algum estilo de metal mais violento do que death metal? Eu acho que não.
Decapitated é uma banda da Polônia formada em 1996, que teve o seu primeiro CD lançado em 2000 (Winds of Creation). Nihility é o segundo disco deles e é uma pérola da música agressiva com técnica do metal mundial. Após ele, foram lançados o The Negation em 2004 e Organic Hallucinosis em 2006, mas o que posto continua sendo o meu favorito e o mais acessível, na minha opinião.

Nihility é peso e violência pura, de forma maestralmente tocada. Uma das coisas que mais gosto nele é que, diferente de grande parte das bandas de technical death metal, onde aparentemente o objetivo é fazer o mais difícil no menor tempo possível, os caras do Decapitated dão um tempo, para deixar as músicas, ao invés de mais técnico, mais pesado. Claro, é rápido, técnico e agressivo. Mas não é só isso; também é muito pesado. Nota-se isso no solo da primeira música. Ou no começo de Eternity Too Short (que coisa linda!). Ou na faixa-título. E assim vai. Mas o destaque mesmo do CD, na minha opinião, é a música Spheres of Madness. Poucas coisas são tão boas no mundo do metal quanto headbanging ao som de um pedal duplo. Ela também é cheia de riffs fodas e quebrados, principalmente no refrão. Confira aqui o vídeo dela.

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2002 - Nihility

01 - Perfect Dehumanisation (The Answer?)
02 - Eternity Too Short
03 - Mother War
04 - Nihility (Anti-Human Manifesto)
05 - Names
06 - Spheres of Madness
07 - Babylon's Pride

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Disillusion










O Disillusion foi formado em Leipzig, Alemanha, por Tobias Spier, Alex Motz, Markus Espenhain, Jan Stölzel e o multi-instrumentista e principal compositor Andy Schmidt em 1994, mas só lançou seus primeiros trabalhos por volta de 2001-2002, influenciados basicamente por bandas de Tech/Prog Metal como Meshuggah, embora com elementos diferentes como trechos acústicos e uma levada um pouco mais sutil.

Back To Times Of Splendor foi então o seu primeiro full-length, lançado em 2004, e que surpreendou a todos pela grande qualidade musical e técnica, numa abordagem bem diferenciada. Pode-se dizer que eles conseguem aliar a agressividade e violência sonora do Death Metal com os tons densos e obscuros do Doom Metal com a técnica e versatilidade do Prog Rock, dando espaço ainda para teclados, passagens acústicas e violinos ocasionais e bem temperados, dando assim com tempero ainda mais peculiar ao universo sonoro eclético e inteligente que é este álbum. Diria que bandas como Death, Opeth, assim como o já mencionado Meshuggah, servem como boas referências ao Disillusion, apesar da banda ter uma identidade bem marcante.

No entanto, para a desilusão de muitos (adoro esses trocadilhos bestas, fato - e eu me incluo nesses 'muitos' -), seu outro CD, Gloria (2006) não possui nem de perto a qualidade deste álbum, indo para caminhos mais industriais que, infelizmente, não deram muito certo. Mas o Back... é realmente um álbum indispensável para qualquer ser vivo (ou não-vivo) que tenha algum gosto por música progressiva e metal, e sem soar como um Prog Metal cliché e presunçosamente virtuoso. E espero, sinceramente, que eles voltem aos seus tempos de esplendor (é, não resisti de novo :P ) e lancem algo tão bom quanto este CD no futuro.

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[2004] Back To Times Of Splendor

01 - And The Mirror Cracked
02 - Fall
03 - Alone I Stand In Fires
04 - Back To Times Of splendor
05 - A Day By The Lake
06 - The Sleep Of Restless Hours

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Phlebotomized
















Phlebotomized é uma banda holandesa formada em 1990, originalmente uma banda de Death/Grind chamada Bacterial Disease, e tendo então se separado em 1997, não havendo lançado nada desde então e nem se tem notícias de uma possível reunião no futuro.

Sobre a sua música, parece que a mudança de nome acarretou também numa evolução sonora gigantesca ao longo desses 7 anos, desenvolvendo um Death Metal técnico extremamente bem trabalhado e com nuances sinfônicas também excelentes, soando como um belo pano de fundo para o pandemônio sonoro intricado que a banda cria.

Mas não pense que suas músicas são puras demonstração de técnica e virtuosismo, pois eles sabem dosar muito bem onde inserir cada passagem sonora mais complexa e onde podem simplesmente sentar a mão, e as músicas não soam cansativas em momento algum. Enfim, diria que esse é um grande trabalho que soa atual mesmo hoje em dia, realmente vanguardista e inteligente. Uma pena que não tiveram o reconhecimento que mereciam na época, e mesmo hoje em dia seja tão pouco conhecido. Então, eis a chance de conhecê-lo. ;)


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[1995] Immense Intense Suspense

01 - Immense Intense Supreme
02 - Barricade
03 - Desecration Of Alleged Christian History
04 - Dubbed Foreswearer
05 - In Search Of Tranquillity
06 - Subtle Disbalanced Liquidity
07 - Devoted To God
08 - Mellows Are The Reverberations
09 - Gone...

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