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The Soft Moon




Projeto desenvolvido e nutrido pelo seu único criador, um norte-americano da California que atende por Luiz Vasquez (ou seja, deduz-se aí que o rapaz possui sangue latino), temos aqui talvez um dos melhores nomes do Post-punk contemporâneo e com boas sobras. Valendo lembrar antes de qualquer coisa: por Post-punk não adicionem o "revival", ou seja, não há quase semelhança alguma do TSM com gente a la Interpol e Bloc Party. Nada contra eles, mas o projeto aqui encontra-se num nível totalmente diferente. Já explico o por quê.

Primeiro, a lua macia vai além dos contornos comuns do gênero. Além do já citado Post-punk, percebemos facilmente muita coisa extraída mais diretamente do Coldwave francês, o que torna seus reinos sônicos ainda mais gélidos e soturnos. Segundo, não tem medo de experimentar e flertar com domínios eletrônicos em vários momentos, onde estes são orquestrados com extrema habilidade e ajudam ainda mais a aclimatar o ouvinte em seu microcosmo sonoro. Terceiro: muitos ecos (literalmente!) de Shoegaze e Dream Pop se fazem marcantes também, conferindo novas texturas e maior densidade a sua música, com isso aumentando aquele senso "otherworldy" na mente do ouvinte que já se encontra atordoado no momento. E, por que não, pitadinhas de Krautrock aqui e acolá? Faz bem, não? Taí o quarto item.

Em suma, trata-se de uma das melhores OST de um mundo pós-apocalíptico e absurdamente desolado, comandado por criaturas surreais e fantásmicas. Deixo aqui o trabalho mais recente, o EP Total Decay. Tem pouco mais de 20 minutos, somente, mas justamente essa urgência e incompletude captura a quintessência da "banda": vazio e desolação de sabores oníricos. Recomendo e muito para fãs de Asylum Party, Killing Joke, Sisters of Mercy, A Place To Bury Strangers, Zola Jesus, Vinyl Williams, Menace Ruine.

Enjoy!


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[2011] Total Decay

01 - Repetition
02 - Alive
03 - Total Decay
04 - Visions


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Crippled Black Phoenix




Formado inicialmente em 2004 quando o baterista Justin Greaves (Electric Wizard, Teeth Of Lions Rule The Divine, Iron Monkey e curto período no Borknagar) gravou de forma precária o que tinha em mente já há muito tempo com a ajuda de seu amigo Dominic Aitchison (Mogwai). As idéias que destoavam de qualquer coisa que Greaves já teria feito em seus outros trabalhos, juntamente com a experiência dentro do post-rock de Dominic formaram a essência do CBP. A dupla acabou se unindo com alguns outros artistas, dentre eles nomes de grandes bandas como Kostas Panagiotou e Andy Semmens (ambos Panthiest), Nial McGaughey (3D House of Beef) e o songwriter solo folk Joe Volk (também Gonga). A variação de estilos, habilidades e influências dos membros da banda é o que destaca o CBP das outras bandas de post-rock. Além disso, essa mistura de diferentes vertentes musicais também é refletida nas letras das músicas que a banda chama por "Endtime Ballads".

Em 2006 é iniciada a gravação do debut album em Bristol no Invada Records (Portishead’s Geoff Barrow). O resultado foi uma coleção de "endtime ballads" em A Love Of Shared Disasters. Esse é o primeiro trabalho de uma trilogia, que conta histórias trágicas da literatura combinadas com histórias pessoais dos membros de amores, perdas e redenção. O que eu posso sentir claramente quando ouço o CBP - e isso raramente acontece - é o que a psicanálise freudiana chama por catarse; a constante lembrança ou reprodução proposital de conflitos e experiências traumáticas ou ainda na literatura, a forma de purificar sentimentos reprimidos deixando pra tras o fracasso e a dor.

O CBP acabou sendo rotulado como "Stoner-Prog" passando pelo "Freak-Folk" e até mesmo o "Doom". Usando uma mistura de equipamentos modernos e da era Victoriana, a banda produz um som único e cativante, que soa moderno e arcáico ao mesmo tempo. A Resurrectionists/Night Raider foi lançado como box duplo contendo as canções de 200 Tons of Bad Luck, juntamente com um uma variedade de bonus.

/Editando o post da nossa querida Cibele, trago para vocês o novo cd de uma das bandas mais sensacionais de todos os tempos. [by:pedro]

//Editando o post de nosso querido Pedro para trazer o mais novo trabalho do fênix negro aleijado. Sob o nome de (Makind) The Crafty Ape, temos aqui o que creio ser um dos melhores álbuns da banda, trazendo-nos uma diversidade sonora ainda mais rica e criatividade cravada na estratosfera, flertando com domínios intrincados do Rock Progressivo mais do que nunca. Divido em 3 capítulos ao longo de dois CDs, já nasce como candidato a melhor álbum de 2012.

Enjoy!

[edit by: Carlos]


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[2012] (Mankind) The Crafty Ape

Disc 1:

Chapter I - A Thread:
01 - Nothing (We Are-)
02 - The Heart Of Every Country
03 - Get Down And Live With It
04 - A Letter Concerning Dogheads
05 - The Brain / Poznan

Chapter II - The Trap:
06 - Laying Traps
07 - Born In A Hurricane
08 - Release The Clowns
09 - (What?)

Disc 2:

Chapter III - The Blues Of Man
01 - A Suggestion (Not A Very Nice One)
02 - (Dig, Bury, Deny)
03 - Operation Mincemeat
04 - We Will Never Get Out This World Alive Faced With Complete Failure, Utter Defiance Is The Only Response

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[2010] I, Vigilante

01 - Troublemaker
02 - We Forgotten Who We Are
03 - Fantastic Justice
04 - Bastogne Blues
05 - Of A Lifetime
06 - Burning Bridges (Hidden Track)

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[2009] Tons of Bad Luck

01 - Burnt Reynolds
02 - Rise Up and Fight
03 - Time of Ye Life/Born for Nothing/Paranoid Arm of Narcoleptic Empire
04 - Wendigo
05 - Littlestep
06 - Crossing the Bar
07 - Whissendine
08 - A Real Bronx Cheer
09 - 444
10 - A Hymn for a Lost Soul
11 - A Lack of Common Sense
12 - I Am Free Today I Perished

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[2009] The Resurrectionists

01 - Burnt Reynolds
02 - Rise up and Fight
03 - Whissendine
04 - Crossing the Bar
05 - 200 Tons of Bad Luck
06 - Please do not Stay Here
07 - Song For the Loved
08 - A Hymn For a Lost Soul
09 - 444
10 - Little Step
11 - Human Nature Dictates the Downfall of Humans

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[2009] Night Raiders

01 - Time of ye Life/Born for Nothing/Paranoid Arm if Narcoleptic Empire
02 - Wendigo
03 - Bat Stack
04 - Along Where the Wind Blows
05 - Onward Ever Downwards
06 - A Lack of Ccommon Sense
07 - Trust no One
08 - I am Free, Today I Perished

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[2006] A Love Of Shared Disasters

01 - The Lament of the Nithered Mercenary
02 - Really, How'd It Get This Way?
03 - The Whistler
04 - Suppose I Told The Truth
05 - When You're Gone
06 - Long Cold Summer
07 - Goodnight, Europe
08 - You Take the Devil Out of Me
09 - The Northern Cobbler
10 - My Enemies I Fear Not But, Protect Me from My Friends
11 - I'm Almost Home
12 - Sharks & Storms / Blizzard of Horned Cats

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ps: I intend to re-upload the broken links soon.

Kayo Dot




Kayo Dot é uma banda multinacional, formada em 2003 por Toby Driver pelas cinzas de um grupo memorável chamado maudlin of the well. Disse multinacional pela diversidade étnica dos integrantes da banda, tendo americanos, europeus, asiáticos e afro-americanos em sua formação.

Mas essa diversidade não se reflete somente na origem étnica dos integrantes do conjunto, mas também em sua sonoridade. Ela abrange uma gama muito rica de subgêneros, atmosferas e estruturas em sua composição, que vão desde a música erudita do século XX à la Stravinsky e Penderecki a grupos de Post-Metal/Sludge como Neurosis e Godflesh, passando ainda por Sigur Rós, Pink Floyd, Radiohead e pinturas impressionistas (!), regada ainda a toques de psicodelia e jazz, que assim formam os ingredientes necessários para a sua alquimia sonora densa e hermética, ainda que envolvente, do Kayo Dot.

Choirs Of The Eye é o primeiro álbum da banda, e na minha opinião é o melhor lançado até agora, ainda que os outros só fiquem atrás dele no quesito qualidade por centésimos de segundo, ou talvez menos. Imagino que não seja um álbum tão acessível e assimilável para todos, mas eu asseguro que vale muito a pena ouvi-lo, mesmo que seja por mera curiosidade. Enjoy it. ;)


//Quase dois anos depois, deixo-lhes aqui o novo trabalho da banda, batizado simplesmente de Coyote. Dessa vez, parece que os rapazes ouviram um bocado de Univers Zero, Art Zoyd e toda aquela galerë Prog/Psychedelic/Kraut-Rock/whatever dos anos 70, pois é notável o distanciamento de sua verve Post-Rock dos trabalhos anteriores em prol de um aprofundamento nessa outra, que já se fazia presente desde os tempos do maudlin, deve-se dizer. Apesar de achar que este seria um álbum ainda melhor se fosse puramente instrumental (o vocal parece um pouco deslocado em alguns momentos - e o instrumental ficou simplesmente genial em várias passagens ao longo do álbum), é ainda um trabalho excelente, senão o melhor desde o debut Choirs of the eye.

Bom, chega de enrolar. Sirvam-se a vontade, and enjoy it well! ;)

//update: Novo trabalho do Kayo Dot chegando na área. Apesar da capa, digamos, desprovida de qualquer arte maior, sua música continua exuberante e extremamente rica, passeando por mundos psicodélicos e quiméricos com incrível destreza e desenvoltura. Aqui, temos músicas um pouco mais cruas, digamos, e que evocam as harmonias mais agressivas e rústicas, roçando os domínios do Metal extremo, que ajudaram a caracterizar o som da banda-mãe, o maudlin of the Well. Se isso é algo positivo ou não, bom, é a gosto de vocês. Eu achei curioso e inesperado da forma mais saudável possível.

Aproveitem-no!


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[2011] Gamma Knife

01 - Lethe
02 - Rite of Goetic Evocation
03 - Mirror Water, Lightning Night
04 - Ocellated God
05 - Gamma Knife


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[2010] Coyote

01 - Calonyction Girl
02 - Whisper Ineffable
03 - Abyss Hinge 1: Sleeping Birds Sighing In Roscolux
04 - Abyss Hinge 2: The Shrinking Armature
05 - Cartogram Out Of Phase


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[2003] Choirs Of The Eye

01 - Marathon
02 - A Pitch Of Summer
03 - The Manifold Curiosity
04 - Wayfarer
05 - The Antique

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Zola Jesus




Confusão de sentimentos. Pelo jeito, essa foi e sempre será a tônica da carreira ainda iniciante, mas agitada, de Nika Roza Danilova. Na verdade, essa americana de nome tão curioso prefere ser chamada de Zola Jesus. Ela explica: “quando estava no colégio, gostava muito de Émile Zola”, escritor francês do século dezenove, “e Jesus, bem, por que não Jesus?”. É verdade. Por que não colocar lado a lado o maior líder religioso da história e um dos expoentes do naturalismo literário? Por que não ter em seu nome um pouco da confusão de sentimentos que a sua música vai trazer? Para Nika, do alto dos seus vinte anos de idade, não há um por quê que não tenha resposta.

Ainda que tenha saído de um cantinho esquecido por Deus do interior do estado de Wisconsin, a cantora é aluna aplicada do pós-punk britânico. Nada mais indicado para quem começou aos 10 anos cantando ópera, certo? Para desafiar a lógica mais uma vez, o Zola Jesus lança o enegrecido Stridulum, EP de seis lindas canções com seus arranjos tombados completamente para o gótico, enquanto letras algo mais esperançosas mostram como Danilova não veio para dar respostas, e sim para acentuar as perguntas.

“Night” abre os trabalhos com teclados pesados. A voz de Nika se destaca ao lado da percussão ritmada, tornando a faixa uma passagem precisa e necessária para se entender um pouco do universo do Zola Jesus. A bonita “I Can’t Stand” é Nika jurando para um amigo que tudo vai melhorar, ainda que não seja mesmo fácil lidar com um coração partido. Ao fechar com um grito de socorro, na vibrante “Manifest Destiny”, o Zola Jesus dá mais uma vez o benefício da dúvida, tranca a certeza em um lugar longe daqui e faz com que a gente aprenda que os sentimentos nunca estão corretos o bastante para que você durma tranquilo esta noite. [by: style-a-holic]

Recomendado para apreciadores do trabalho da Bat for Lashes, Fever Ray, Soap & Skin entre outras divas da música bizarra e bela.

//Aproximadamente um ano depois do seminal debut, a moça de nome complicado volta a nos assombrar com um novo trabalho. Sob o nome de Conactus, sua verve ganha uma roupagem ainda mais tensa e soturna, distanciando-se um pouco das melodias de tempero levemente pop e grudentos do primeiro CD em detrimento de tons mais etéreos e flutuantes, como se cada nota e o som da sua voz ressoassem como uma névoa fantasmagórica em meio a florestas esquecidas do cosmos, traçando um paralelo mais íntimo com gente a la Fever Ray. Poucas pessoas no mundo seriam capaz de nos entregar algo assim e evocar tão naturalmente gente oldschool tipo Siouxsie, Nico sem perder identidade. E isso tudo porque ela tem "somente" 21 invernos...

Enjoy!


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[2011] Conactus (Sacred Bones)

01 - Swords
02 - Avalanche
03 - Vessel
04 - Hikkikimori
05 - Ixode
06 - Seekir
07 - In Your Nature
08 - Lick The Palm Of The Burning Handshake
09 - Shivers
10 - Skin
11 - Collapse


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[2010] Stridulum II

01 - Night
02 - Trust Me
03 - I Can´t Stand
04 - Stridulum
05 - Run Me Out
06 - Manifesty Destiny
07 - Tower
08 - Sea Talk
09 - Lightsick

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The Angelic Process




The Angelic Process foi formado em 1999 por K. Angylus e MDragynfly, nos EUA, tendo lançado um álbum neste mesmo, depois entrando num hiato de 1999 a 2003, lançando vários álbuns a partir de então. O som da banda é algo muito característico, seguindo o que chamam hoje de "Drone Metal", caracterizado pela construção de paredes sonoras reverberantes e densas, em padrões repetitivos.

Mas ela se destaca em relação aos artistas do gênero por fazer algo bem diferente deles. Ainda que sigam essas características descritas acimas, o som deles possui uma musicalidade bem acima da média (do gênero) e uma acessibilidade maior também, refletinfdo influências diretas de grupos Shoegaze como My Bloody Valentine, em especial, e ecos de Industrial provindos de Coil e Godflesh. As músicas também são consideravelmente curtas para o gênero, em torno 5-7 minutos de duração, o que dá um tempero mais especial a eles. É digno de destaque o modo como conseguem embrulhar uma sonoridade densa, amorfa e obscura do Drone numa capa envolvente e de fácil degustação. Se tivesse como descrever os sons em imagens, diria que me lembra um cenário pós-apocalíptico com inspiração surrealista obscura, algo digno de um Beksinski.

Este é o último álbum lançado pelo duo, em 2007. A banda entrou em hiato indefinido em outubro do mesmo ano, devido a um problema nas mãos do K. Angylus que o impediria de tocar. E, a poucos meses, também veio a notícia de sua morte, em 26/4/2008. Não se sabe ainda a causa, especula-se que foi suicídio. Seja qual for, sem dúvidas é uma grande perda, pois ele fez um trabalho incrível... espero que esteja agora em seu processo angélico. R.I.P [review by: carlos.]

E após 4 anos da morte de Kris, surge na internet uma demo perdida datada de 2003. No link abaixo vocês poderão confirmar a genialidade de um músico que deixou esse mundo muito cedo. Simplesmente maravilhosa as músicas.

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[2003] Solipsistic

01 - Mouvement - Prepare To Evacuate Soul
02 - Solipsistic
03 - Deep Calls To Deep
04 - Tragedy De' Ovair
05 - Mouvement - Sympathy Interrupts My Blood
06 - My Blood Still Whispers
07 - Dismembered Antonella
08 - Mouvement - Crippled Healing
09 - Missing The Space Around You
10 - Nothing But Self Exists
11 - Mouvement - Solipsistic Darkness
12 - Consciousness (Showered In Afterwhile)
13 - Self Portrait In Water



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Caïna



Caina é o projeto de um dos mais promissores músicos do "underground" britânico, Andrew Curtis-Brignell. Tudo começou quando Andrew comprou sua primeira guitarra no inverno de 2004, como uma espécie de "saída", um intrumento de cartase. Os primeiros trabalhos estavam focados no Raw Black Metal, mas posteriormente Andrew incluiu diversos gêneros ao som do Caina, fazendo a banda soar como é hoje. Black metal, post rock, shoegaze, neo-folk, drone, post punk serão alguma das influências que serão encontradas no som do Caina.

\Novo EP do
Caina lançado em abril,. A proposta nesse é bem parecida com a do full-lenght que postei aqui no log ano passado, Black Metal/Post/Shoegaze e blablabla, mas dessa vez o lado mais cru do black metal está mais acentuado. A primeira e a ultima faixa são faixas praticamente shoegaze, enquanto as outras duas tem suas raizes focadas no raw black metal com as pitadas de post-rock/shoegaze já habitual da banda.

Eu particulamente achei muito bom esse novo trabalho do Caina, tanto as musicas mais leves quanto as mais cruas, e uma curiosidade sobre a faixa To Pluck the Night Up By Its Skin, é o fato de conter uma sitação de Jim Jones que ficou mundialmente conhecido por causa de sua seita e o suicídio coletivo de mais de 900 pessoas

Pra quem interessar, "Suicide Tape Transcript"


\"
Hands That Pluck is uncompromising. The final album under the Caïna name for (one man) band leader Andy Curtis-Brignell is intense. Vocally, musically, and lyrically. This is an album dealing with the subject of finality - even more so because it will be the last Caïna release - with ideas of religion and will making numerous appearances.

This album is a little over seventy minutes long, it’s complex and has so much to offer that you’ll be pressing repeat immediately after your first listen. This is not an album to be consumed in one sitting. It’s an album to take your time with. Each listen will bring something new; even after multiple plays, I still don’t think I’ve really taken it all in.
Hands That Pluck will stay with you long after the closing seconds. In your dreams, and in your reality." [by: scenepointblank]


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[2011] Hands That Pluck

CD 1
01 - Profane Inheritors
02 - Murrain
03 - Hands That Pluck
04 - The Sea Of Grief Has No Shores
05 - Callus And Cicatrix
06 - Somnium Ignis
07 - Haruspication
08 - I Know Thee Of Old
09 - Ninety-Three

CD 2
01 - Some People Die
02 - Validity
03 - The Last Song
04 - To Funk The Night Up By Its Shit
05 - Roses In The Snow (Nico Cover)
06 - Some People Fall (2011 Remaster)
07 - The Validity Of Hate Within An Emotional Vacuum (2011 Remaster)
08 - Permaneo Carmen (2011 Remaster)
09 - To Pluck The Night Up By Its Skin (2011 Remaster)

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[2009] Caïna [ep]

01 - The Approaching Chastisement
02 - Drilling the Spire
03 - To Pluck the Night Up By Its Skin
04 - You Worship the Wrong Carpenter


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[2008] Temporary Antennae

1 - Intro – Manuscript Found In Unmarked Grave, 1914
2 - Ten Went Up River
3 - Willows And Whippoorwills
4 - Tobacco Beetle
5 - Larval Door
6 - …And Ivy Wound Round Him
7 - Them Golds And Brass
8 - Petals And Bloodbowls
9 - Temporary Antennae
10 - None Shall Die

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Cave In




Em breve farei uma review decente para o cd que marca a volta do Cave In. Mas ja posso adiantar que a volta não poderia ser melhor, simplesmente maravilhoso.

"It’s been six years since their last full-length and though this, Cave In’s fifth studio album, is more ‘Perfect Pitch Black’ than the rest of their discography, it’s also completely different to anything the band have ever released. When time is on a band’s side marvellous things can happen, and ‘White Silence’ is proof of that. Two years in the making, this is by far the most experimental and diverse record Cave In have made to date. The riffs and volume are still present but then there’s the layering (‘Iron Decibels’), the acoustic closer ‘Reanimation’ and the static noise ‘White Silence’. This is a grower not a shower but persevere because ‘White Silence’ has been worth the wait." - Rocksound

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[2011] White Silence

01 - White Silence
02 - Serpents
03 - Sing My Loves
04 - Vicious Circles
05 - Centered
06 - Summit Fever
07 - Heartbreaks, Earthquakes
08 - Iron Decibels
09 - Reanimation

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Altar of Plagues




White Tomb é o primeiro full-lenght do Altar of Plagues, banda de Cork na Irlanda, com previsão de lançamento para o final de abril. Meu primeiro contato com a banda foi ainda esse ano quando ouvi o EP Sol, lançado ano passado, e logo de cara vi que essa banda oferecia algo diferente do que estamos acostumados a ouvir no meio black-metal atual.
Depois do grande reconhecimento do Alcest e do Amesoeurs uma onda de bandas que misturam o black-metal com elementos do post-rock/post-punk estão surgindo, e muitas delas apresentam propostas bem interessantes. O caso do Altar of Plagues é parecido com isso, mas ao invês do post-rock os irlandeses adotam elementos mais voltados pro post-metal.

Magistral seria uma palavra adequada para definir esse albúm, alternando entre o black metal e o lado mais Post, a banda consegue criar uma paisagem sonora impressionante, aos meus ouvidos o som varia entre o black metal de uns Shining, o lado mais sludge do Isis e do Cult of Luna nos primeiros lançamentos e o post-rock do Red Sparowes ou até mesmo do Mogwai.

Com certeza um dos melhores lançamentos do ano, e provavelmente o mais interessante cd de black metal de 2009.
Não tenho muito o que acrescentar a respeito deste albúm, deixo a cargo de cada um fazer suas colocações a respeito, e lembrando que os comentarios são sempre bem vindos aqui no ETS.

//Exatamente um ano depois da primeira postagem, volto aqui para postar o novo EP do Altar of Plagues, Tides.
Mesmo sendo composto de apenas 2 músicas, o EP tem um total de 35 minutos sendo capaz de mostrar o porque da banda ser uma das minhas favoritas da atual cena black metal.
Infelizmente o EP não consegue superar o fenomenal White Tombs, mas mesmo assim continua sendo algo realmetne primoroso para todos os apreciadores de boa música.
Enyoy!

//Exatamente 1 ano depois do post do EP Tides, eis que sai o novo album da melhor banda de black metal da atualidade (na minha opinião, é claro). Segundo a Profund Lore o novo do Altar of Plagues é para 2011 o que o Marrow of the Spirit do Agalloch foi para 2010. Esse sem sombra de dúvidas irá figurar no top de 2011 em todas as listas dignas de respeito.

Breathtaking, absolutely breathtaking.


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[2011] Mammal

01 - Neptune is Dead
02 - Feather and Bone
03 - When the Sun Drowns in the Ocean
04 - All Life Converges to Some Center

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[2010] Tides EP


01 - Atlantic Lights
02 - Weight Of All

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[2009] White Tomb

01 - Earth: i) As A Womb
02 - Earth: ii) As A Furnace
03 - Through The Collapse: i) Watchers Restrained
04 - Through The Collapse: ii) Gentian Truth


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Ulver




Há bandas versáteis, que experimentam diversas sonoridades nos diversos álbuns que vão compondo, muitas acabam vulgarmente por ser apelidadas de “vendidas” e outros epítetos que tais. E da Noruega, vieram os Ulver. Os Ulver são, provavelmente, uma das bandas cuja metamorfose é a mais agradável e rica quando sujeita a exploração. Ao longo dos seus quase quinze anos de carreira, os Ulver propuseram-se a experimentar um pouco de tudo o que havia para experimentar. Se não, vejamos: numa fase inicial, entre 1994 e 1997 os Ulver eram conhecidos como uma banda de black metal, tendo editado três álbuns neste período. O ponto de viragem dá-se com o álbum conceptual Theme’s From William Blake’s The Marriage Of Heaven And Hell (1998), onde a banda se apresentou numa abordagem muito mais experimental, avant-garde. Os trabalhos que se seguiram foram limando cada vez mais esta predisposição para a experiência e os Ulver enveredaram por caminhos tão distintos do inicial black metal como o trip-hop e a electrónica ambiental. [hiddentrack.net]

Se há algo a que os Ulver nos habituaram desde sempre foi a esperar o inesperado. O percurso desta entidade é tão peculiar e singular que se torna redundante tentar compará-los a outros projectos ou tentar enquadrá-los dentro de algum género. Têm sido exímios exploradores de diversas paletes sonoras e artífices de ambientes envolventes e intrigantes... [amplificasom]

"Deve-se dizer neste ponto que não é fácil fazer uma review deste concerto de Ulver: não há (ainda) ponto de comparação; não havia qualquer tipo de expectativas em relação à escolha dos temas, a não ser que, qualquer que ela fosse, ficaria àquem das mesmas expectativas; sobrando para quem escreve a mera função de dizer ao mundo: “Ulver tocou ao vivo. Finalmente aconteceu. Afinal é possível passar aqueles temas para o vivo!” O que é muito mais do que algum dia pensei vir a fazer." [erodetheperson]


"This music is for the stations before and after sleep. Headphones and darkness recommended"

\Não tem o que falar. Melhor cd do ano, melhor banda do mundo.

p.s: Novo link em 320 kbps.



[last.fm] [myspace] [official website]



[2011] Wars of the Roses

01 - February MMX
02 - Norwegian Gothic
03 - Providence
04 - September IV
05 - England
06 - Island
07 - Stone Angels

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[2010] Klub Studio Live (Audience Bootleg)

1 - Eos
2 - Let The Children Go
3 - Little Blue Bird
4 - Rock Massif
5 - For the Love of God
6 - In The Red
7 - Operator
8 - Funebre
9 - Silence Teaches You How To Sing
10 - Plates 16-17
11 - Hallways Of Always
12 - Porn Piece Or The Scars Of Cold Kisses
13 - Like Music
14 - Not Saved


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[2009] The Wall Re-Built

03 - Ulver - Another Brick in the Wall


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[2009] Maihaugsalen Live (Audience Bootleg)

01 - [ladies and gentlemen]
02 - Little Blue Bird
03 - Rock Massif
04 - Funebre
05 - Let The Children Go
06 - Everybody's Been Burned (The Byrds cover)
07 - Silence Teaches You How To Sing
08 - Porn Piece Or The Scars Of Cold Kisses
09 - Plates 16-17
10 - In The Red
11 - Like Music
12 - Not Saved
13 - [thank you all]


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[2000] Perdition City


1 - Lost In Moments
2 - Porn Piece Or The Scars Of Cold Kisses
3 - Hallways Of Always
4 - Tomorrow Never Knows
5 - The Future Sound Of Music
6 - We Are The Dead
7 - Dead City Centres
8 - Catalept
9 - Nowhere/Catastrophe

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The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble



O The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble começou como um projeto audiovisual em 2000, influenciado por velhos diretores do cinema mudo como Murnau e Lang. Jason Köhnen and Gideon Kiers, começaram criando trilhas sonoras para antigos filmes mudos (Nosferatu, Metropolis), e progressivamente foram compondo novos materias inspirados nessas imagens que acabaram por formar dar vida ao TKDE.O album de estreia foi gravado com o line-up acima e foi lançado no Reino Unido em 2006.

"É difícil começar a falar de um álbum cujos pontos de interesse são mais que muitos. A abertura com The Nothing Changes é sutil e sombria, já a faixa seguinte, Pearls for Swine tem uma toada muito mais idm. É feito este balanço electrónica/ jazz ao longo de todo o álbum (intra ou entre faixas) com um apurado gosto por melodias simples e baixos absolutamente deliciosos. Ainda que acessível, é preenchido por um ecletismo saudável."

Imagine o Bohren und der club of Gore sem o doom angustiante , e no lugar deste acrescente as experimentações do IDM.

*Aproveito a postagem antiga do Pedro para deixar-lhes aqui o novo álbum da banda, intitulado Here Be Dragons. Segue basicamente a mesma linha do anterior, talvez um pouco menos Ambient e etéreo em sua concepção, ou pelo menos esta é a primeira impressão. Primeira impressão que diz tratar-se de um ótimo disco, por sinal. Perfeito para fãs dos caminhos mais alternativos do Jazz, música Ambiente ou qualquer um que queira ouvir algo que desafia os lugares comuns onde os universos musicais acabam sempre caindo e oscilando. E é isso!

/O Kilimanjaro Darkjazz Ensemble sem sombra de dúvidas é uma das minhas bandas preferidas atualmente, e quando soube que 2011 iria sair o novo álbum minha alegria foi lá em cima. Por isso, deixo aqui para vocês o novo cd de uma das bandas mais geniais da atualidade. Aproveitem!

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[2011] From The Stairwell

01 - All is One
02 - Giallo
03 - White Wyes
04 - Cocaine
05 - Celladoor
06 - Cotard Delusion
07 - Les Etoiles Mutantes
08 - Past Midnight

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[2009] Here Be Dragons

01 - Lead Squid
02 - Caravan!
03 - Embers
04 - Sirocco
05 - Mists O Krakakoa
06 - Sharbat Gula
07 - Shamhain Labs
08 - Seneca
09 - The MacGuffin


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[2006] The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble

01 - The Nothing Changes
02 - Pears for Swine
03 - Adaptation of the Koto Song
04 - Lobby
05 - Parallel Corners
06 - Rivers of Congo
07 - Solomon's Curse
08 - Amygdhala
09 - Guernican Perspectives
10 - Vegas
11 - March of The Swine

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Vanessa Van Basten




Vanessa Van Basten é um duo italiano formado por Morgan Bellini e Stefano Parodi e conta com vários convidados e colaboradores da cena alternativa e extrema italiana. Lançaram o primeiro EP em 2005, em 2006 lançaram seu primeiro full-lenght, La stanza di Swedenborg. Em 2009 será lançado o EP Psygnosis [este ja está disponivel aqui no blog], um split e o lançamento do segundo full-lenght.
A banda se define como "música lenta, pesada, música metafisica instrumental" e cita influências como o rock industrial, krautrock e até mesmo o black metal norueguês, além de bandas como Godflesh e Swans e bandas do catálogo da Neurot e Hydrahead.

O som da banda é basicamente a combinação de rock, post-rock,shoegaze e os experimentalismos do metal a lá Neurosis e Isis. O Duo faz uso de elementos eletronicos, de guitarras distorcidas, de passagens acústicas, algumas vezes se ouve narrações em Italiano e a presença de sintetizadores. O trabalho de guitarra soa melancólico e a bateria remete a de bandas de industrial.
Os albuns fluem naturalmente, com cada faixa tendo sua particularidade, onde as faixas são intercaladas as vezes por um ambient drone, outras por sons estranhos. Um destaque do som vai para o uso das percussões, que são bem trabalhadas e perfeitamente encaixadas no som do Vanessa Van Basten. Alguns instruemntos "diferentes" são usados pela banda, como por exemplo uma Gaita. Em certo momento o som do Vanessa faz você lembrar da melhor fase do Faith no More.

La Stanza Di Swedenborg é um album impressionante, que faz com que a banda fique a quilometros de distancia das demais bandas que fazem um post-metal farofa, sem nenhuma novidade ou criatividade, pois o Vanessa Van Basten combina verdadeiros momentos de beleza com uma bateria marcante e distorções monolíticas que fazem o som da banda ser único e sensacional.
Psygnosis está previsto para ser lançado em 2009, e conta com duas faixas instrumentais, que são capazes de mostrar como o duo consegue fazer músicas tão belas e tocantes que so fazem comprovar o poder de criação e a evolução que ela sofreu no decorrer dos anos, e faz com que os apreciadores fiquem anciosos para o lançamento do segundo Full-Lenght.

/Novo cd dos italianos do Vanessa Van Basten. A formulá básica ainda é a msm apresentada no La Stanza Di Swedenborg, ou seja, coisa fina você irá encontrar aqui.



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[2011] Closer To The Small/Dark/Door

01 - Porzellangasse
02 - Putana
03 - L'Uomo Che Comprava il Tempo
04 - Fuck the Best, Take the Rest
05 - Domio '95
06 - La Selva dell'Orba
07 - Scolopendra
08 - Untitled
09 - L'Affetto Non Serve

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[2009] Psygnosis

01 - Tutto Avanti All'indietro
02 - Psygnosis


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[2006] La Stanza Di Swedenborg

01 - La stanza di Swedenborg
02 - Love
03 - Dole
04 - Giornada de oro
05 - Il faro
06 - Floaters
07 - Vanja
08 - Good morning, Vanessa Van Basten!


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Ektoise




Logo assim que abro a página do last.fm da banda que posto hoje, me deparo com o seguinte parágrafo:

"Ektoise aim to make music that paints pictures in your mind, music that moves and inspires you. They fuse live performance with meticulously programmed electronics, obscure Eastern instruments and the latest digital toys to make music unlike any you’ve heard before. Drawing from a fascination with all forms of music, Ektoise combine their favourite parts of Rock, Electronica, Ambient, Shoegaze, Trip-Hop, Metal, Drone, Noise and Avant-garde to build a sound that is entirely their own."

Ambicioso, não? Sei que a maioria dos passantes e acompanhantes do blog devem estar cansados de ver pelo menos umas 10 bandas per year que valem-se do mesmo discurso - eu incluído - mas, tá, mesmo estes aqui não sendo tão revolucionários como o texto acima pode dar a parecer, eles tem certamente um brilho único e são sim, dignos de uma atenção maior do que a média. A carreira do Ektoise iniciou-se em Brisbane, Austrália, em 2007, dedicando-se inicialmente a música eletrônica/industrial. Hoje em dia, parece que os aussies incorporaram muitas outras influências a sua esfera musical, fazendo algo que pode ser definido simplesmente como: "God Is An Astronaut encontra 65daysofstatics num dia de chuva, e, juntos, decidem construir paredes sônicas na melhor escola do My Bloody Valentine com tijolos de Coil e Nine Inch Nails, ornamentos mezzo Jazz, mezzo Trip-hop, e, claro, pintadas com tons leves de música ambiente e erudita contemporânea, algo tipo Penderecki e Ligeti, pra conferir um toque mais soturno a abstrato ao quadro todo".
Não me admiraria, ainda, de reparar algumas influências de música oriental ocultas aqui e acolá em algumas faixas, e muito menos se algum filme kvlt de sci-fi dos anos 60-70 se valesse de alguma de suas músicas para montar sua OST, caso a banda existisse naquela época (ok, dificilmente eles conseguiriam fazer suas músicas com a mesma destreza de hoje em dia, visto o avanço vertiginoso da eletrônica e computação de lá pra cá, mas fica o exercício de imaginação aí).

Pode parecer aos neófitos que a banda carece de identidade. Ok, eles ainda precisam melhorar um pouquinho nesse sentido, no entanto não é nada merecedor de um diagnóstico de esquizofrenia e nada que fira os ouvidos de cada um (além das panaquices sonoras que eles fazem com a própria música, claro).


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[2010] Ektoise

01 - Rivers of Enkephalin
02 - Miasma
03 - Active Denial System
04 - Euclidean Curve
05 - Vovchachyn
06 - Tsaparang
08 - On The Transformation Of Romance Into Guilt
09 - Synaptic Modulation
10 - The Great Perpendicular Path
11 - The Thought Police


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Robert Wyatt



Bristol, UK, 1945. Nascia Robert Ellidge, mais conhecido como Robert Wyatt. Para aqueles que viveram os anos 70 em carne e osso, ou aqueles que admiram (e conhecem) mais profundamente a cena musical daqueles éons psicodélicos, Robert foi um dos fundadores do Soft Machine, uma das bandas seminais da cena de Canterbury, daonde saíram gente muito interessante como, e.g., Caravan, Gong e outros que me fogem a mente, conhecidos por trazerem matizes folk e um tanto esotéricos ao seus roques progressivos, mais do que a música pede por si só.

Tendo aprendido a tocar bateria com um amigo jazzista e não satisfeito com isso, Robert era também responsável pelas cordas vocais do Soft Machine, algo um tanto incusitado para a época - e mesmo para os padrões atuais -. Tendo abandonado o SM em 1971, devido as tão famosas diferenças pessoais e mimimis afins, fundou o Matching Mole (referência a sua antiga banda, pois Matching Mole soa como Machine Molle, tradução de Soft Machine para o francês) mas, em 1973, devido a um infeliz acidente, Robert cai de uma janela do 3º andar e perdeu os movimentos da cintura para baixo. O álbum que posto-lhes agora, Rock Bottom, é o fruto de 8 meses que ele passou internado, formado por músicas totalmente reconstruídas devido a sua condição do momento, no qual ele também decidiu se reinventar como vocalista e trocou a bateria, por razões óbvias, pelo teclado.

Sobre este Rock Bottom, é um álbum que soa estranho para aqueles habituados aos seus trabalhos anteriores, mas que, ainda em meio a todo o experimentalismo introspectivo, é de audição relativamente fácil e fluente. Não se parece com nada oriundo daquelas épocas, mas certamente aqueles acostumados com as sandices de Thom Yorke do Kid A em diante vão encontrar algo semelhante aqui. Talvez seja uma de suas fontes de inspiração, quem sabe. Todas as músicas transmitem sensação de estar imerso num oceano profundo e insondável (Rock Bottom pode ser uma boa metáfora, né?), permeado de corais quiméricos e criaturas desconhecida mas bizarramente familiares, de alguma maneira. Não seria essa uma boa representação do inner self de cada um?

No mais, trata-se de um belíssimo e esquecido álbum. Talvez por ser aparentemente impenetrável e abstrato demais para ouvidos pouco treinados, ou talvez por não lembrar em quase nada o finado Soft Machine, que rendeu reconhecimento ao Mr. Wyatt, mas nada disso tira seu brilho e criatividade exuberantes. Fica aqui como primeiro presente de natal a vocês. ;)


[last.fm]





[1974] Rock Bottom

01 - Sea Song
02 - A Last Straw
03 - Little Red Riding Hood Hit The Road
04 - Alfib
05 - Alife
06 - Little Red Robin Hood Hit The Road


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Labirinto




Labirinto é uma banda oriunda de São Paulo city, BR, talvez sendo a primeira banda nacional a ser postada aqui, neste espaço virtual. Sua proposta é calcada no que chamamos de Post-Rock, mas não seria correto dizer que o Labirinto é tão somente isso, já que seu universo musical não é do tipo que apresenta fronteiras e algoritmos exatos em sua arquitetura. E nem restrito a música, já que suas composições não se restringem somente a música, mas toda a arte que a envolve, como a arte gráfica, por exemplo, absorvendo influências que abrangem ainda os campos da fotografia, literatura e tudo relativo a composição artística como um todo.

Tendo já sete anos de estrada desde então, pode-se perceber que eles atingiram um grau de maturidade suficiente a ponto de nos entregarem composições muito bem tecidas, inteligentes e envolventes, claro. Grandiosas, suas durações giram entre 8-12 minutos quase sempre, absorvendo influências diversas como música ambiente, clássica moderna, minimalismo, sem contar música tradicional brasileira em alguns momentos. Uma analogia com gente como Mono e Godspeed You! Black Emperor, dentro das devidas proporções, não seria totalmente descabida, o que por si só já é algo memorável para um lugar com tão pouca cultura em meios post-roqueiros.

Deixo aqui seus dois últimos trabalhos, o EP Etéreo, lançado no ano passado, e o full-length Anatema que saiu a pouco. Este último foi gravado no estúdio Steve Albini, em Chicago, que já recebeu bandas como Nirvana e Pixies. Sinal que eles investiram pesado neste álbum, realmente, e o álbum fez muito jus a tal investimento. É bom ver que algumas bandas de Post-Rock vem surgindo por aí, a maioria delas com qualidade equiparável, senão melhor, a média das bandas que tem pelo globo a fora, exemplo de Fossil, Herod Layne, Amnese, dentre outros. Se considerarmos o pouco, talvez inexistente incentivo ao gênero pelas terras brasilis, é algo memorável e digno de atenção, de fato.

Por fim, só resta dizer: Aproveitem!


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[2010] Anatema

01 - Reverso
02 - Incendiários
03 - Chromo
04 - Huo Yao
05 - Flagelo
06 - Anatema


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[2009] Etéreo

01 - Arcabuz
02 - Temporis
03 - Silêncio Póstumo


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Sailors With Wax Wings




Idealizado em 2009, Sailors With Wax Wings é o novo filho de R. Lohren (Pyramids) . Depois de uma viagem pelo mundo, o cara deve ter ficado repleto de ispirações e experiências ao criar um disco tão foda e com tanta gente de gabarito.
Não vou falar mais sobre o cd, mas logo abaixo vou postar a lista de participações nesse debut do Sailors With Wax Wings.

R. Loren - vocals / textures
J. Leah - vocals
Ted Parsons (Swans, Jesu, Godflesh) - drums
Simon Scott (Slowdive) - electronics
Aidan Baker (Nadja) - guitar
Colin Marston (Krallice) - guitar
Vern Rumsey (Unwound) - bass
Prurient (Dominick Fernow of Hospital Productions, Cold Cave, etc) - noise / electronics
James Blackshaw (Young God Records solo artist, Current 93) - piano
Hildur Gudnadottir (Touch Records) - cello
Aaron Stainthorpe (My Dying Bride) - vocals
Jonas Renkse (Katatonia) - vocals
Marissa Nadler (Kemado Records solo artist, appears on Xasthur’s latest record) - vocals
David Tibet (Current 93) - cover art
Faith Coloccia (Mamiffer) - design, layout, painting, collage
James Plotkin (Khanate) - mastering

Precisa dizer mais?

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[2010] Sailors With Wax Wings - Sailors With Wax Wings

01 - Soft Gardens Near The Sun, Keep Your Distant Beauty
02 - There Came a Drooping Maid With Violets
03 - If I Should Cast Off This Tattered Coat
04 - And Clash and Clash of Hoof and Heel
05 - Yes, I Have a Thousand Tongues, And Nine and Ninety-Nine Lie
06 - God Fashioned the Ship of the World Carefully
07 - There Was One Who Sought a New Road
08 - Strange That I Should Have Grown So Suddenly Blind

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Neurosis





Não saberia o que escrever sobre esse cd, e principalmente sobre essa banda, esse quinteto de Oakland sabe como pouquíssimos a fazer da musica uma verdadeira obra de arte. Então dessa vez deixo a resenha a cargo de alguém que entende do assunto.

"Times Of Grace é a obra que melhor consegue captar a essência do que é o colectivo de músicos e artistas em torno dos Neurosis. Sofrendo apenas ligeiras alterações de formação, o esqueleto da banda manteve-se durante anos o que permitiu um crescimento visível de álbum para álbum. Times Of Grace é o estado da maturidade adulta por excelência. É nesta qualidade que os seguidores da carreira da banda poderão encontrar os prós e os contras de Times Of Grace. No seu interior está a rebelde vontade de liberação violenta que acompanhou os primeiros discos e um iluminado desejo de flutuar e deixar render o espírito, de sossego envelhecido. São o reflexo de um equilíbrio que demoverá os adeptos da agressividade ruidosa, tão patente no metal, e que não terá a capacidade de atrair mentes adversas a essa mesma agressividade, a esse mesmo género. Permanecerão aqueles que se renderam à banda, que se cobrem com os seus ramos e bebem da sua seiva. Para estes (nós), Times Of Grace será um álbum cujas raízes penetrarão no futuro, relembrando-lhes com uma pulsante vida de onde vieram e a onde poderão regressar.

Paralelamente à edição de Times Of Grace foi lançado pelo alter-ego dos Neurosis, o projecto de experimentação sónica e ambiental Tribes Of Neurot, um disco intitulado Grace. O objectivo proposto está em ouvir-se em simultâneo as duas obras. O resultado, depois da conjugação em estéreo (ao quadrado) dos dois discos, é uma intensificação sónica que foge à descrição literária e que provoca uma longa efusão lírica. Mais que uma ideia original, é um desafio sensorial de profundidade abismal." by: Gonçalo Sítima

/Registro ao vivo de uma das melhores bandas de sempre no melhor festival do mundo.
Altamente recomendado.

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[2010] Live at Roadburn 2007

01 - Given To The Rising
02 - Burn
03 - A Season In The Sky
04 - At The End Of The Road
05 - Crawl Back In
06 - Distill
07 - Water Is Not Enough
08 - Left To Wander
09 - The Doorway


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[1999] Times of Grace + Grace (Combined)

01 - Suspended in Light
02 - The Doorway
03 - Under the Surface
04 - The Last You'll Know
05 - Belief
06 - Exist
07 - End of the Harvest
08 - Descent
09 - Away
10 - Times of Grace
11 - The Road to Sovereignty

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