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Asteroid #4



Asteroid #4 não se trata apenas do asteroide mais brilhante do nosso sistema solar (Vesta), mas também de uma bela banda estadunidense que vem rodando meus players e meus headphones nos últimos três meses. Poucas informações históricas existem por aí sobre eles (me custou uns 15 minutos para saber que são da Philadelphia), e sua primeira aparição para o mundo ocorreu num tributo ao Spacemen 3, no qual o sexteto coverizou Losing Touch With My Mind com louvor, lá nos idos de 1997. Um ano depois, sai o seu debut album, Introducing The Asteroid No. 4, onde percebe-se que a participação no tributo não foi aleatória; influências do citado Spacemen 3 se fazem latentes, bem como ecos de Jangle Pop, Psychedelic '69, etc.

Sinceramente não ouvi os álbuns que se sucederam do Introducing... até o álbum que vos posto, These Flowers Of Ours: A Treasure Of Witchcraft and Deviltry e poucas informações obtive sobre eles. Mas vi alguns elogios rasgados a evolução da banda justo neste álbum. Sobre o álbum em si, tais elogios não são nada menos do que merecidíssimos, pois os rapazes (e a moça tecladista) alcançaram aqui uma alquimia alucinógena entre os citados Shoegaze, Psychedelic Rock e Jangle Pop com Garage Rock, Folk, Gothic Americana e, por que não, Britpop que encheria o querido Syd Barrett (RIP) de orgulho pelo seu legado. Todas as músicas evocam um sentimento etéreo de paz entermeado por paisagens surreais temperadas com o doce sabor de verde pastoril e tapeçarias de estrelas queimando no céu noturno sem se preocupar em disputar atenção com as luzes de hidrogênio e neônio dos centros urbanos.

Bem, tá dado o recado. Aparentemente, eles estão escrevendo novas músicas, logo, este mesmo post pode emergir muito em breve, quem sabe? Enjoy!


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[2008] These Flowers Of Ours: A Treasure Of Witchcraft and Deviltry

01 - My Love
02 - Let It Go
03 - Hold On
04 - I Look Around
05 - She's All I Need
06 - War
07 - Flowers Of Ours
08 - Hei Nah Lah
09 - She Touched The Sky
10 - All Fall Down
11 - Empty Like A Little Child


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Sula Bassana



Sula Bassana é o nome artístico de um alemão chamado Dave Schmidt que, segundo algumas pesquisas que fiz por aí, já tá na estrada pelo menos a uns 23-24 anos se enveredando por uma míriade de projetos e bandas diferentes desde então, basicamente orbitando entre a música eletrônica/psytrance e afins e o Space Rock/Psychecelic/Krautrock/Stoner/blablabla. Dentre estes projetos, talvez o mais famoso seja o Weltraumstaunen, que seguia essa segunda linha.

Já sobre o Sula Bassana em si, é o nome científico de uma ave marinha que vive no hemisfério norte do planeta, maiores informações no link logo acima. Por ser um projeto solo, o carinha faz o bem quer dele, ora se dedicando aos meandros roqueiros da música, ora aos universos eletrônico. Neste caso, obviamente, posto um álbum do lado guitarreiro da força. O que presenciei ao ouvir este trabalho sem maiores pretensões, chamado simplesmente de The Night, é simplesmente um dos melhores discos de Stoner/Psychedelic que ouvi desde o Yawning Man e My Sleeping Karma! É impossível distinguir onde começam os veios Stoner, os matizes puramente Space Rock e as alegorias Krautrock, pois todas são perfeitamente fundidas numa só dimensão sônica, perfeitamente vívida, palpável e bebível em sua geodésica estelar, que leva o ouvinte a domínios insondáveis do Cosmos e da própria consciência. Sem contar que o feeling oriental que envolve sutilmente as músicas confere um tempero ainda mais exótico e delicioso a viagem toda, quase como uma conversa com Shiva numa montanha distante, num cair da tarde banhado por um sol rubro e incandescente onde discute-se os segredos do universo e da existência enquanto jogam Mario e Top Gear no SNES! Tudo isso regado a Narguilé, claro.

Se todo o parágrafo acima não é estimulante o suficiente para baixar este álbum AGORA, nada mais nesse plano sideral o será. Só tenho isso a dizer. Apertem os cintos!


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[2009] The Night

01 - In Space
02 - Lost In Space
03 - The Night
04 - Meteorritt
05 - Kosmokrator


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Failure




Pré-post: Peço desculpas a todos que passam o mouse por essas bandas pela escassez de posts durante o mês de novembro. Meu tempo comprimiu-se com o final do período (e o final da graduação), logo, sobrou pouco tempo e energia para caçar bandas e coisas interessantes por aí. Espero que todos compreendam, amém (?)

Voltemos ao post em si. Failure é uma banda estadunidense que esteve andarilhando por aí de 1990 a 1997. Então, acho que é desnecessário dizer que eles flertavam com o Grunge, que se encontrava em plena ascenção na época, não é? Exacto! Mesmo sendo originária de L.A., California, compartilham a mesma vibe daquela galera de Seattle. Seu primeiro álbum saiu no final de 1992, em meio a ebulição grunge, saindo em turnê com o Tool, outra banda que começava a dar o ar de sua graça na época. Depois do debut, vieram o Magnified em 1994 e o Fantastic Planet, este que vos deixarei, já em 1996. Pouco tempo depois, a banda dissolveu-se alegando aquelas famosas diferenças pessoais, criativas, ideológicas, e mimimi afins.

Apesar de não ter alcançado o mainstream absoluto e não ser um nome familiar aos ouvidos dos fãs mais casuais do gênero, parecem ter adquirido um status cult atualmente, provavelmente devido as facilidades da internet (pra variar, né). Seu grande diferencial em relação aos colegas flanelados é um maior cuidado em sua estruturação musical e um flerte muito interessante com temática espacial e sideral, injetando influências de Pink Floyd e Space Rock como um todo em suas peças, conferindo um sabor ainda mais alucinógeno a suas letras já regadas a heroína e congêneres.

Enfim, o saldo final é nada menos do que excelente. Penso que esses rapazes mereciam muito mais reconhecimento do que aquela galera aproveitadora do chamado post-grunge, tipo os Bushs, Nixons e outros muito inferiores ao Failure que só fizeram pegar carona na maré do Nirvana, Pearl Jam e resolveram ganhar uma bela grana em cima disso. Para efeito de curiosidade, Greg Edwards, guitarrista do Failure, é hoje vocal/guitarrista do Autolux, banda postada aqui a algum tempinho. E a 13ª faixa do CD, The Nursed Who Love Me, foi coverizada pelo A Perfect Circle no seu Thirteenth Step (2002), afinal, vale lembrar que eles eram buddies do pessoal do Tool, com quem saíram em turnê lá em 92. Pessoalmente, a versão original é bem melhor do que a do APC, cuja reestruturação ao meu ver não ficou legal como talvez pudesse ser.

Pois bem... já foi dado o recado (e a dose de indignação de sempre). Enjoy it!


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[1996] Fantastic Planet

01 - Saturday Saviour
02 - Sergeant Politeness
03 - Segue 1
04 - Smoking Umbrellas
05 - Pillowhead
06 - Blank
07 - Segue 2
08 - Dirty Blue Balloons
09 - Solaris
10 - Pitiful
11 - Leo
12 - Segue 3
13 - The Nurse Who Loved Me
14 - Another Space Song
15 - Stuck On You
16 - Heliotropic
17 - Daylight



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