Eluvium



Eluvium é o nome do projeto criado em 2003 pelo estadunidense Matthew Robert Cooper, originário da região de Portland, Oregon, já calejado na área de produção e gravação de música ambiente. No seu histórico, já constam 5 full-lengths, sendo o mais recente deles, chamado Smiles, o que deixarei-vos agora.

Apesar do background e do esqueleto Ambient do Eluvium, seria simplista demais defini-lo somente com esse nome, pois muitas influências e ingredientes diferenciados são visíveis e (ouvíveis) nele. Percebe-se com clareza uma aura Post-rock circundando o corpo sônido do Eluvium, aproximando-o muitas vezes de nomes como o já postado aqui Hammock, assim como Lights Out Asia e Stars Of The Lid, sendo esta aura ornamentada com padrões de eletrônica minimalista, música clássica contemporânea piano-driven e Shoegaze, em maior ou menos escala, dependendo do referencial que você posiciona seus ouvidos para escutá-la e admirá-la. Suas músicas geralmente transmitem uma sensação de uma frieza meio sideral que transborda uma melancolia nostálgica e meio pueril, de modo a transmitir mais serenidade e calma de espírito do que, exatamente, tristeza e desconforto.

O álbum novo, Similes, apresenta um elemento diferente em relação aos antecessores: algumas músicas possuem um vocal, sendo ele quase o tempo todo sussurrado e tímido, quase como um acompanhamento do instrumental, funcionando na melhor escola Shoegaze. Não o achei, até o momento, superior ao An Accident Memory In The Case Of Death, mas se trata de um álbum agradabilíssimo e adorável em todos os aspectos, dignos de figurar nessas páginas e de ter um lugar no hard disk e media players de vocês aí. Então, aproveitem-o! ;)


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[2010] Similes


01 - Leaves Eclipse The Night
02 - The Motion Makes Me Last
03 - In Culmination
04 - Weird Creatures
05 - Nightmare 5
06 - Making Up Minds
07 - Bending Dream
08 - Cease To Know


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ps: In the download link, I accidentaly wrote the album's name as Smiles. Correct it when you get it, please.

Dead Meadow



O background do Dead Meadow nos remonta há quase 12 anos atrás, mais precisamente no ano de 1998, quando três rapazes oriundos da cena indie/HC de Washington, capital dos USA se reuniram e decidiram formar uma banda em declamação a seu amor pelas bandas de Hard/Psychedelic Rock que permearam o final dos anos 60 e o início dos 70 além de literatura fantástica e obscura à la Tolkien e Lovecraft.

Tendo lançado quatro full-lengths desde sua fundação, sendo o primeiro deles de 2000 (e que, além de ser meu favorito pessoal, é o que deixarei logo abaixo desse texto) e o último de 2008 (que ainda não tive a chance de ouvir), o Dead Meadow realiza, em cada um de seus trabalhos, uma espécie de Hard/Stoner Rock que não se envergonha em beber diretamente nas fontes Black Sabbathísticas mais profundas e negras, alimentando-as com cogumelos sorridentes provindos direto do Woodstockm, embalando tudo isso com uma capa meio cósmica, recheada dos mistérios insondáveis estelares e, para temperar de modo ainda mais especial seu cosmo sonoro, a banda o rege com um punch meio Bluesy/Southern que se mistura perfeitamente (e deliciosamente) com os demais ingredientes, conseguindo evocar uma atmosfera setentista com primor e perfeição sem deixar de soar moderno, quando pode e quando lhe interessa.

Dos 3 álbuns lançados pela banda, penso que o primeiro é aquele em que essa proposta é levada de maneira mais rica e inspirada, embora os outros dois não fiquem nem um pouco atrás. Pode não ser uma banda que pretende revolucionar e nem romper paradigmas da música moderna popular, mas de salvadores do rock e da música como um todo já estou cheio, confesso, logo, soa muito refrescante ouvir algo sincero e prazeroso de se ouvir em cada nota que ecoa dos auto-falantes, como é este caso.

bom, taí o recado. Espero que gostem! :)


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[2000] Dead Meadow

01 - Sleepy Silver Door
02 - Indian bones
03 - Dragonfly
04 - Lady
05 - GreenSky GreenLake
06 - Beyond The Fields We Know
07 - At The Edge Of The Wood
08 - Rocky Mountain High
09 - Untitled


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Kerretta




Kerretta, banda essa de nome estranho e oriunda da distante Nova Zelândia, será o assunto da nova postagem que faço agora. Não consegui muita informação sobre a banda, a não ser o fato dela já ter dividido o palco com os conterrâneos do Jakob e o Explosions In The Sky e ter lançado um vinil no final de 2008, seguido dele full-length que deixarei aqui, chamado Vilayer.

Apesar da aparente obscuridade que gira em torno do background da banda e informações sobre seus integrantes (pelo menos por essas bandas ocidentais aqui), este trabalho aqui se trata de um post-rock de excelente qualidade! As músicas são muito bem arquitetadas e desenhadas com nuances que ora caem para um lado ambiente e celeste e outras para uma massa sonora de concreto pós-metálico que não faria mal em frente a um Isis contemporâneo ou Pelican antigo. Se fosse para fazer alguma comparação, diria que em seus momentos mais atmosféricas a banda remete, um pouco, ao If These Trees Could Talk, e em seus momentos mais pesados faz lembrar o Long Distance Calling.

Parece notório, ainda, que a banda ainda carece uma maior maturidade e tempo de estrada, e que o álbum, ainda que sólido, apresenta algumas inconstâncias. Mas é impossível não saltar aos ouvidos que talento e potencial para vôos ainda mais altos e mais transcendentes, a banda possui. Acredito que, com a maturidade e experiência, como disse no começo do parágrafo, aliados a uma maior divulgação pelas outras bandas do mundo, ajudarão a lapidá-los ainda mais rápido e torná-los um expoente do gênero.

E enquanto esse dia não chega, bem, que aproveitemos bem o Vilayer! ;)


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[2009] Vilayer

01 - Sleeper
02 - Maven Fade
03 - The Secret Is Momentum
04 - Dinsah
05 - The Square Outside
06 - Nest Of Spies
07 - White Lies
08 - Bone Amber Reign


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Orphaned Land




Orphaned Land surgiu em 1991, na cidade de Petah Tikva, Israel, e desde então vem conseguindo uma grande notoriedade pelos seus trabalhos, na qual realizam uma união (na época) inconcebível de Doom/Death Metal com elementos de música progressiva e música folclórica judaica, que a própria banda chama de "Oriental Metal".

Seu primeiro álbum foi lançado em 1994, chamado Sahara, e desde aquela época o Orphaned Land vem impressionando ao público e mídia pela desenvoltura que suas músicas apresentam em seu estilo, ligando horizontes musicais aparentemente dispersos e imiscíveis de forma natural e perfeitamente acessível. Como eles conseguem isso? Eu não consigo pensar em muitas palavras a não ser "talento", realmente.

Também conhecida por lançar pouco material, somente três álbuns completos foram lançados desde a sua fundação. Sahara (1994), El Norra Alila (1996) e este que vos posto, Mabool (2004). Enquanto o Sahara era mais focado no lado Doom/Death Metal da banda e o El Norra Alila na sua veia mais Death Metal, o Mabool parece caminhar exatamente entre essas duas estradas, mas apresentando com ainda mais destreza os elementos folclóricos que se tornaram sua marca registrada e se aprofundando ainda mais em sua temática, cuja mensagem relata sobre temas bíblicos e religiosos em geral (mas sem pregação, felizmente), ficando apenas como narradores da história em si. Neste álbum, eles contam a história do sétimo filho de Deus dividia em três partes (como se fossem três relatos de religiões diferentes sobre o mesmo), e que tenta avisar a espécie humana de um dilúvio (dilúvio = mabool em hebraico) que será enviado como uma punição por seus pecados.

Hoje, existe um número razoável de bandas seguindo o padrão Metal + música folclórica local, todas muito boas no que se propõe a fazer. E pode-se dizer que o Orphaned Land foi um dos pioneiros nesse estilo, não só em sua terra natal como no mundo inteiro. Para aqueles que gostam de Opeth, Green Carnation, Dark Suns e afins, acho impossível não gostarem desta banda aqui. ;)


//15 meses após a postagem original e mais de 5 anos depois, eis que o novo trabalho do OL vem a luz. Batizado de The Never End Way Of ORwarriOR, onde OrWarrior, numa combinação de inglês com hebraico, significa algo como "Guerreiro da Luz". Mais uma vez, trata-se de um álbum conceitual que conta a história de um guerreiro na batalha da luz x escuridão que assola o mundo. Clichê? brega? Pode até ser, mas tudo é feito com um capricho tão primoroso que fica difícil não gostar e apreciar cada faixa do CD (são 15, no total) e acompanhar todo o curso da história nele contada.

Em relação ao Mabool, percebo uma veia mais pesada e um salto na qualidade de produção, cortesia de nosso amigo Steven Wilson, que de quebra ainda colaborou com algumas linhas de teclado no álbum.

É meio difícil formar uma opinião sobre ele tão cedo, pois só o escutei uma vez. Mas já afirmo, sem dúvidas, que os fãs do trabalho anterior e já admiradores do seu trabalho terão muito gosto em ouvi-lo e degustá-lo, fazendo valer a meia década de espera e suspense. ;)



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[2010] The Never End Way Of ORWarriOR

[Part I: Godfrey's Cordial - An ORphan's Life]
01. Sapari
02. From Broken Vessels
03. Bereft In The Abyss
04. The Path Part 1 - Treading Through Darkness
05. The Path Part 2 - The Pilgrimage To Or Shalem
06. Olat Ha'tamid

[Part II: Lips Acquire Stains - The WarriOR Awakens]
07. The Warrior
08. His Leaf Shall Not Wither
09. Disciples Of The Sacred Oath II
10. New Jerusalem
11. Vayehi Or
12. M I ?

[Part III: Barakah - Enlightening The Cimmerian]
13. Barakah
14. Codeword: Uprising
15. In Thy Never Ending Way (Epilogue)


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[2004] Mabool

01 - Birth Of The Tree (The Unification)
02 - Ocean Land (The Revelation)
03 - The Kiss Of Babylon (The Sins)
04 - A'Salk
05 - Halo dies (The Wrath Of God)
06 - A Call To Awake (The Quest)
07 - Building The Ark
08 - Norra El Norra (Entering The Ark)
09 - The Calm Before The Storm
10 - Mabool (The Flood)
11 - The Storm Still Rages Inside
12 - Rainbow (The Ressurrection)


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Yawning Sons




Yawnings Sons, pode-se dizer, é um filho não planejado de duas bandas que desfrutam de certo sucesso no underground stoner/psicodélico terráqueo. Tudo teve início quando os integrantes duma banda de Space rock britânica, chamada Sons Of Alpha Centauri, resolveu chamar os veterenos estadunidenses stoners do Yawning Man para produzir um álbum deles. Asim que chegaram ao seu destinarário e quando os SOAC e YM começaram, juntos, a fazer jams no estúdio, perceberam que estavam fazendo alguma coisa realmente especial e, ao longo de uma semana, essa cosia muito especial se transformou, tão simplesmente e espontaneamente quanto eu digo aqui, no álbum que vos posto agora!

Sob a alcunha de Yawning Sons, veio a luz do álbum "Ceremony To The Sunset". Dizer que a sua sonoridade é uma combinação perfeitamente linear e bem dissolvida das duas bandas não é totalmente verdade, segundo seus próprios membros, pois há ingredientes adicionais em cada parte de seu DNA. É difícil categorizá-lo em uma, ou um grupo de categorias e hierarquias musicais, mas se for para fazer uma tentativa, diria que eles beberam e muito bem nas melhores fontes psicodélicas dos anos 70 e a fase do Pink Floyd ainda sob a batuta do Syd Barrett, temperadas refinadamente com o melhor do Stoner/Desert Rock 90'sta e, por que não, um bocado do Post-rock 00's. A maioria das suas músicas são instrumentais, e todas elas evocam uma sensação um pouco lúgubre, mas serena e instigante, como uma paisagem desértica abandonada ao sabor da lua e de ventos uivantes na noite profunda no qual um admirador solitário contempla um céu ornamentado de míriades de constelações e pergunta a si mesmo e para cada astro que mistérios insondáveis e inomináveis podem lá, residir!

Admito que já tomei existência da banda há um tempinho mas nunca conferi antes pensando que não haveria nada de muito interessante ali. Ledo engano meu, pois trata-se de um dos álbuns mais deliciosos que tive a chance de ouvir em um bom grupo de meses! Se não é algo que vai mudar o mundo, pelo menos garante vários minutos de diversão saudável e surrealista. E é isso, façam bom proveito!


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[2008] Ceremony To The Sunset

01 - Ghostship - Deadwater
02 - Tomahawk Watercress
03 - Wetlands
04 - Whales In Tar
05 - Meadows
06 - Garden Sessions III
07 - Japanese Gardens


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Sigh




Sigh foi fundado em meados de 1990 por três estudantes universitários, em Tokyo, Japão, que compartilhavam a mesma admiração por bandas como Venom, Celtic Frost, Mercyful Fate e outros que construíram os alicerces do que viria a ser a cena do metal extremo ao longo dos anos 90 e dos dias atuais. Desde então, começaram a compor e gravar suas demos e EPs de forma independente ou através de pequenos selos, e divulgá-los para alguns nomes da crescente cena Black Metal norueguesa da época (como um tal de Euronymous, por exemplo), e assim ganharam certo reconhecimento na cena mais underground.

Nos seus primeiros trabalhos, o Sigh apresentava um Black/Thrash Metal mais cru e direto, bem ao estilo das bandas supracitadas, mas com direito a alguns experimentalismos ainda que tímidos, e a temática das letras exploravam um certo ocultismo, literatura de terror e artes obscuras de um modo geral, criando uma atmosfera meio teatral em suas músicas.

Com o tempo, eles passaram a explorar cada vez mais esses experimentalismos, com o uso mais constante de sintetizadores e teclados, vinhetas que poderiam (ou foram tiradas) de filmes de terror e elementos assim. Até culminar no álbum que vos posto aqui, Imaginary Sonicscape, em que apresentava até então seu traalho musical mais maduro e ambicioso: Incorporar influências de Rock Progressivo/Psicodélico, Jazz e música erudita do começo do século XX a base sonora do Black Metal que a banda praticava há anos. E conseguem isso com muita proeza, diga-se de passagem.

Mesmo com toda essa ecleticidade musical, algo notável é a naturalidade e o aparente despojo como eles conduzem suas músicas. A produção é até simples e seca, mas permite ouvir cada instrumento perfeitamente, e as músicas em si, apesar de todas essas influências tão distantes entre si, tem um apelo "rock n' roll" muito aprazível e "bangueável", tornando a audição fácil e mais assimilável do que seria potencialmente.

Penso que muitos fãs puristas de Black Metal (ou Metal em geral) podem torcer o nariz para este álbum, ou alguns acharem tudo estranho demais. Mas, ainda assim, digo que ele merece pelo menos uma ouvida atenta, por sua criatividade e qualidade incomuns, fazendo realmente jus ao rótulo vanguardista que recebem. ;)

//Vos posto, agora, o novo álbum do Sigh, intitulado belamente de "Scenes from Hell". Nele, a banda parece ter retomado a postura dos álbuns antigos, apresentando uma sonoridade e produção mais cruas e com aquela aura rock n' roll mas, ainda assim, regadas a experimentalismos e passagens clássicas, criando toda aquela atmosfera teatral e nefasta que fazem com tanta graça (sic) e qualidade há 20 anos, praticamente.
Espero que gostem!


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[2010] Scenes From Hell

01 - Prelude To TheOracle
02 - L'art De Mourir
03 - The Soul Grave
04 - The Red Funeral
05 - The Summer Funeral
06 - Musica In Tempora Belii
07 - Venitas
08 - Scenes From Hell


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[2001] Imaginary Sonicscape

01 - Corspecry - Angelfall
02 - Scarlet Dream
03 - Nietzschean Conspirancy
04 - A Sunset Song
05 - Impromptu (Allegro Maestoso)
06 - Dreamsphere (Return To Chaos)
07 - Ecstatic Transformation
08 - Slaughtergarden Suite
09 - Bring Back To Dead
10 - Requiem - Nostalgia


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The American Dollar




O nome da banda que posto agora pode não ser um dos melhores da história da música, longe disso, o que pode desestimular algumas pessoas a conhecer melhor o trabalho da banda (como foi o meu caso). Por isso, resolvi falar logo no início da resenha que é um grande erro no caso dessa banda e que não se sintam desencorajados a conhecê-la só por isto.

Enfim, chegando ao que interessa, o dólar americano vem de Queens, NY, tendo sido fundado no ano de 2005 com o intuito de fazer um amálgama de post-rock com música eletrônica e ambiente e, desde então, vem cumprindo (e muito bem) o seu papel. Suas músicas remetem a algum lugar futurista, frio e de alguma maneira desolado mas que, ainda assim, nos parece reconfortante, sereno e permeado de uma nostalgia melancólica mas de modo algum nociva, funcionando muito bem como uma espécie de trilha sonora de algum filme enigmático e abstrato construído com imagens e sentimentos de nossa própria mente, corpo e espírito.

Posto aqui o trabalho novíssimo deles, chamado de Atlas, que se trata de um trabalho agradabilíssimo e muito interessante de se ouvir, sentir, respirar e admirar de todas as formas sensitivas e sinestésicas possíveis.

Muito recomendado, de fato. Aproveitem!


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[2010] Atlas

01 - A Few Words
02 - Age Of Wonder
03 - Fade In Out
04 - Shadows
05 - Oil And Water
06 - Circuits
07 - Red Letter
08 - Clones
09 - Equinox
10 - Second Sight
11 - Frontier Melt
12 - Flood
13 - Escapist

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Planning For Burial




A poucos dias fiz minha lista com os melhores lançamentos de 2009. Ao correr os olhos por ela, vi que um importante debut ainda não tinha sido postado no blog, meu erro. Sendo assim farei isso agora, senhoras e senhores, apresento-vos o digníssimo, Planning for Burial.

Sempre que uma banda nova me chama atenção, a primeira coisa que faço é procurar informações a respeito da mesma, no caso do Planning for Burial não foi diferente. Porém a única fonte de informação que achei pela net foi o myspace onde o máximo que se pode encontrar são fotos de um orgão e de um kit de bateria. Nenhuma foto dos membros, nenhum nome de integrante... Uma coisa curiosa é a informação disponível no campo que seria para o nome dos membros, que consta o seguinte: "Guitar, Machines, Organ, Cymbals, Snare, Kick, Glockenspiel, Microphone, Cassette Recorder."

Falar do som da banda é uma tarefa muito complicada, visto que as influências e experimentações são variadas. É claro que podemos fazer comparações em relação ao estilo focado pelos caras, que varia do shoegaze do My Blood Valentine ao Drone de um Nadja passando até mesmo por levadas de black metal a lá Caina.

Provavelmente a primeira banda que se pode traçar um paralelo ao Plannig for Burial, é o grande Have a Nice Life. No decorrer do debut muitos elementos lembram o som dos americanos, fazendo disso mais um ponto positivo. Além do HaNL, o drone do The Angelic Process tem uma influência muito latente.

Ouvir esse cd sabendo que se trata do primeiro registro da banda é de assutar, pois a qualidade aqui encontrada é muito superior até mesmo a bandas que já estão na estrada a anos. Pro pessoal ter uma idéia, o próprio Dan Barret do Have a Nice Life elogiou tremendamente o som da banda, fazendo até mesmo um convite para eles se juntarem na Enemies List.

Recomendado.


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[2009] Leaving

01 - Wearing Sadness and Regret Upon Our Faces
02 - Memories You’ll Never Feel Again
03 - Oh Pennsylvania Your Black Clouds Hang Low
04 - Humming Quietly
05 - We Left Our Bodies with the Earth
06 - Being a Teenager and the Awkwardness of Backseat Sex
07 - Seasons Change So Slowly
08 - Verse_Chorus_Verse
09 - Leaving


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Them Crooked Vultures




Falar sobre o Them Crooked Vultures é falar, simultaneamente, de vários fragmentos que constituíram (e ainda constituem) a história do Rock. Afinal, temos nesse chamado 'supergrupo' pessoas que atendem pelo nome de Josh Homme tomando conta das cordas vocais e das de guitarra, que nada mais foi do que a mente por trás do Kyuss (uma das bandas, senão a mais importante do Stoner Rock nos anos 90) e fundador do Queens Of The Stone Age, uma das melhores bandas de Rock estadounidense dos 00's (Rock de verdade, não esas modinhas hyper-hype que poluíram essa época), Dave Grohl (o homem por trás das baquetas do Nirvana e líder do Foo Fighters) e John Paul Jones (que, bem, fez parte de um tal Led Zeppelin nos 70's).

Acho que não resta muito mais a comentar sobre a banda, tendo gente desse quilate envolvida. E nem muito a comentar sobre o som que se propõem a fazer, que, de maneira pueril e aparentemente ingênua, pode ser definido somente e tão simplesmente, como Rock. Isso mesmo, Rock básico e puríssimo em sua essência, contendo influências das mais saudáveis retiradas do Hard Rock dos 70's e alguma coisinha do Hard/Stoner Rock dos 90's e 00's. Algo mais do que batido e requentado por zilhões de bandas que já passaram pelo universo durante esses anos, sim senhor, mas realizado e orquestrado com tal competência, energia e, principalmente, naturalidade, que fica difícil não curtir e vibrar junto de acada acorde que entoa pelas fontes sonoras.

Eu sei que o blog aqui se propõe mais a divulgar artistas obscuros e de difícil acesso ao grande público que se dedicam a algo diferente do usual, aqueles que quebram o status-quo dos gêneros em que se imergem. Mas este álbum aqui, que posto agora, é um ótimo exemplo que pode-se ser brilhante e simples sem precisar ser vanguardista e inovador, por isso merece um lugar no nosso arquivo.

That's it, folks. Feel the good hit of the summer!


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[2009] st

01 - No One Loves Me
02 - Mind Eraser No Chaser
03 - New Fang
04 - Dead End Friends
06 - Scumbag Blues
07 - Bandoliers
08 - Reptiles
09 - Interludes With Ludes
10 - Warsaw Or The first Breath You Take
11 - Caligulove
12 - Gunman
13 - Spinning In Daffodils


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Ihsahn




Penso eu que o nome Ihsahn já dispensa maiores apresentações, mas ainda assim deixarei uma aqui para que os menos informados e conhecedores da cena metálica se situem melhor: Ihsahn, nascido sob o nome de Vegard Sverre Tveitan na Noruega em 1975, fundou uma das bandas mais seminais da cena norueguesa de Black Metal, Emperor, no ano de 1991, como vocalista/guitarrista da banda. Seu trabalho ficou conhecido por todos os cantos do mundo por ter se desfeito das amarras do próprio gênero e as levado para uma outra dimensão, construindo um som que mantinha a sua essência gélida, brutal e obscura só que mais refinado e mais arquitetado do que a média, levando ainda influências sinfônicas e progressivas que fizeram-no se destacar em relação ao minimalismo caótico (e por vezes pouco inteligível) que as bandas "colegas" faziam.
Além do Emperor, antes, Ihsahn fazia parte de uma banda chamada Thout Shalt Suffer, que se dedicava a um Death/Black Metal em que mostrava os primeiros indícios do que viria a fazer no Emperor e que depois foi "ressucitada" pelo mesmo, mas dessa vez fazendo um som calcado no lado Dark Ambient da força. Também ele fez parte do Zyklon-B, projeto de membros do emperor com Satyricon e que só lançou um EP com 3 músicas em 1995, se tornando algo kvlt por muitos admiradores do gênero e o projeto Peccatum, fundado junto com sua esposa Ihriel, que se dedica a um Metal experimental com fortes influências de música erudita e até eletrônica, sendo comparado por muitos a bandas como Arcturus, Ulver e In The Woods.

Mas, agora, falarei sobre o trabalho solo do Ihsahn, que leva o seu mesmo pseudônimo. Seu primeiro álbum veio em 2006, logo após o fim do Peccatum, e mostra um som que transita e orbita bem delineadamente pelas esferas do Black/Death Metal com fortes influências progressivas, mas sem deixar de lado uma certa influência de Heavy Metal e de música erudita. Seu segundo álbum solo veio em 2008, seguindo mais ou menos a mesma veia (só que ainda mais refinada), culminando agora com o seu novíssimo trabalho que vem a vida batizado de After, a ser lançado no final de Janeiro. Nele, todos os elementos citados encontram-se na sua mais perfeita união e coesão e cedendo lugares, com mais frequência, a interlúdios acústicos e a última música ainda termina com um belo improviso de sax (?), no melhor estilo Solefald de ser.

Ainda é muito cedo para fazer qualquer previsão, mas não ficaria surpreso se este for escolhido como um dos melhores lançamentos já de 2010. É um álbum perfeito em sua construção, elaboração e realização e, convenhamos, nada mais esperado de um músico do quilate do Mr. Ihsahn. Deixo aqui um link do multiupload do novo álbum (o sharebee está apresentando problemas ultimamente para fazer upload, logo, até isso ser resolvido, todos os álbuns postados serão neste servidor - que é muito bom, devo dizer) e divirtam-se! ;)


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[2010] After

01 - The Barren Lands
02 - A Grave Inversed
03 - After
04 - Frozen Lakes On Mars
05 - Undercurrent
06 - Austere
07 - Heaven's Black Sea
08 - On The Shores


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Especial fim de ano - ETS 2009


OK, sei que a postagem está 3 dias atrasada e que toda esas falas prontas dignas de fim de ano já devem estar dando no saco de todo mundo que vem a passar os olhos por aqui, mas mesmo assim, não poderia deixar de grafar estas mesmas palavras aqui, na postagem comemorativa de fim de ano que deixo-lhes aqui, neste momento.

Apesar de, pessoalmente, não ter sido um ano tão bom ou cheio de boas expectativas quanto 2008, musicalmente foi um ano bem rico. Várias bandas ligaram o motor criativo e lançaram algo novo, fora várias outras que mostraram seu rosto pela primeira vez para o universo musical e outras que se consolidaram e expandiram ainda mais o raio de seu reconhecimento e admiração pelos vários cantos do planeta a fora (só pra citar exemplos: Amesoeurs, Katatonia, Devin Townsend Project, Porcupine Tree, Nadja, Baroness, Isis, A Place To Bury Strangers, só pra citar alguns, se encaixam em algum desses grupos citados). Fato esse que colaborou, também, para facilitar nossa divulgação aqui no blog.

Já sobre o blog em si, percebemos um crescimento bem atenuado no número de visitantes e número de vistas de nossas páginas durante o ano de 2009. O fato de termos mais material de qualidade a disposição certamente colaborou com isso, como disse no parágrafo anterior, mas é inegável que o nosso esforço constante para conseguir boas parcerias blogueiras e levar o sítio do exhalethesound a mais telinhas LCD pelo mundo a fora é que fizeram a grande diferença, no final das contas. E, penso eu, estamos fazendo um bom serviço nisso, levando ao conhecimento de mais gente muitas pérolas que ficariam simplesmente esquecidas por estar fora de alcance de muitos.

Muita gente pode criticar a internet como meio de divulgação de mídia, dizendo que ela só destrói a carreira do artista pois permite acesso à sua obra sem que ele receba nada por isso. Isso não deixa de ter certa razão, porém, é notável que ela é muito útil quando se trata de artistas obscuros e que são ajudados por gravadoras pequenas ou por ninguém além deles mesmos, que nunca chegariam a nossos ouvidos se não fosse a worldwide web. Nosso intuito é apenas usufruir das facilidades que ela nos providencia e, enquanto acharmos que fazemos isso com gosto e não com o puro intuito de fazer mal a música e a sua divulgação, continuaremos aqui. Mesmo estando um pouco ausentes e apresentando poucas novidades, mas estaremos.

No fim, só me resta agradecer a todos que passaram por aqui durante todo o ano de 2009 (ou talvez desde a nossa fundação), nos deram dicas, comentários, agradecimentos, críticas, etc. pois é graças as vocês que temos motivação para manter este blog aqui, funcionando. Desejo-lhes um feliz 2010, que seus desejos se realizem e toda aquela clichezada que vocês tanto sabem (mas é legal repetir) e, como presente atrasado de natal e fim de ano, deixo aqui uma coletânea contendo quatro músicas (lançadas em 2009) escolhidas por cada membro do blog, como se fosse um apanhado geral do que foi feito nele. Espero que gostem dela e que continuem com o apoio, consideração e idéias para tornar este lugar aqui cada vez melhor.


And that's all, folks! 'Til next time. ;)

-by ETS team: Carlos, Castro, Void e Pedro.














VA - Best of 2009 by ETS

[by Carlos]
01 - Amesoeurs - Les Ruches Malades
02 - Katatonia - The Nephilim
03 - The Devin Townsend Project - Ki
04 - Long Distance Calling - The Nearing Grave
[by Castro]
05 - Black Pyramid - Wintermute
06 - Baroness - A Horse Called Golgotha
07 - Crippled Black Phoenix - Burnt Reynolds
08 - Amorphis - Sampo
[by Void]
09 - Parov Stelar - Ragtime
10 - Metric - Golden Guns Girls
11 - Wax Tailor - Dry Your Eyes
12 - A Backward Glance On A Travel Road - Regular Barbary
[by Pedro]
13 - Ulver - Another Brick In The Wall (Part. 1)
14 - Les Discrets - Song For Mountain
15 - Converge - Wretched World
16 - Burial & Four Tet - Moth


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ps: ASAP, I'll translate this post in english, in order to anyone else in the world be able to read and understand it better.