Altar of Plagues




White Tomb é o primeiro full-lenght do Altar of Plagues, banda de Cork na Irlanda, com previsão de lançamento para o final de abril. Meu primeiro contato com a banda foi ainda esse ano quando ouvi o EP Sol, lançado ano passado, e logo de cara vi que essa banda oferecia algo diferente do que estamos acostumados a ouvir no meio black-metal atual.
Depois do grande reconhecimento do Alcest e do Amesoeurs uma onda de bandas que misturam o black-metal com elementos do post-rock/post-punk estão surgindo, e muitas delas apresentam propostas bem interessantes. O caso do Altar of Plagues é parecido com isso, mas ao invês do post-rock os irlandeses adotam elementos mais voltados pro post-metal.

Magistral seria uma palavra adequada para definir esse albúm, alternando entre o black metal e o lado mais Post, a banda consegue criar uma paisagem sonora impressionante, aos meus ouvidos o som varia entre o black metal de uns Shining, o lado mais sludge do Isis e do Cult of Luna nos primeiros lançamentos e o post-rock do Red Sparowes ou até mesmo do Mogwai.

Com certeza um dos melhores lançamentos do ano, e provavelmente o mais interessante cd de black metal de 2009.
Não tenho muito o que acrescentar a respeito deste albúm, deixo a cargo de cada um fazer suas colocações a respeito, e lembrando que os comentarios são sempre bem vindos aqui no ETS.

//Exatamente um ano depois da primeira postagem, volto aqui para postar o novo EP do Altar of Plagues, Tides.
Mesmo sendo composto de apenas 2 músicas, o EP tem um total de 35 minutos sendo capaz de mostrar o porque da banda ser uma das minhas favoritas da atual cena black metal.
Infelizmente o EP não consegue superar o fenomenal White Tombs, mas mesmo assim continua sendo algo realmetne primoroso para todos os apreciadores de boa música.
Enyoy!

//Exatamente 1 ano depois do post do EP Tides, eis que sai o novo album da melhor banda de black metal da atualidade (na minha opinião, é claro). Segundo a Profund Lore o novo do Altar of Plagues é para 2011 o que o Marrow of the Spirit do Agalloch foi para 2010. Esse sem sombra de dúvidas irá figurar no top de 2011 em todas as listas dignas de respeito.

Breathtaking, absolutely breathtaking.


[myspace] | [last.fm]




[2011] Mammal

01 - Neptune is Dead
02 - Feather and Bone
03 - When the Sun Drowns in the Ocean
04 - All Life Converges to Some Center

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[2010] Tides EP


01 - Atlantic Lights
02 - Weight Of All

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[2009] White Tomb

01 - Earth: i) As A Womb
02 - Earth: ii) As A Furnace
03 - Through The Collapse: i) Watchers Restrained
04 - Through The Collapse: ii) Gentian Truth


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Bohren Und Der Club Of Gore



Se alguém, hoje em dia, tem dúvidas sobre o fato dos artistas, de qualquer "ramo", terem esgotado todas as suas fontes criativas e perdido contato com as musas, o Bohren vai fazer com que revejam seus paradigmas. Sua origem remonta do já longínquo ano de 1992, sob o nome de Bohren, em terras alemãs, via três amigos de escola, Thorsten, Morten, Reiner. Todos já tinham background de bandas HC daqueles idos, e compartilhavam interesse também em Metal extremo e as tonalidades obscuras e tortuosas que o Black Sabbath ajudou a criar e espalhar por aí. Mas pensa que pararam por aí? Pois bem, eis que eles resolveram fazer algo um tantinho diferente: Fundir o universo do Doom Metal sabbathístico com Jazz! Quem lê, logo fica com um "WTF" estampado na cara. Coomfas/ É, eu também fiquei com essa interrogação nadando na mente assim que li a descrição de seu trabalho. Como podem conseguir tal feito? Aparentemente, é como fazer óleo interagir com água e, disto, sair algo plenamente viável e natural...

Seu primeiro trabalho foi um EP, datado de 1993. Já nesta época, seu nome tinha a cara que conhecemos hoje, Bohren Und Der Club Of Gore. Não muito depois, vieram dois full-lengths, Gore Motel e Midnight Radio, lançados nos anos subsequentes. Porém, não foi até o seu trabalho seminal, Sunset Mission, que o Bohren veio a assumir sua forma definitiva. Nos primeiros CDs, ainda encontram-se resquícios de Metal em sua música, cortesia das guitarras ainda presentes em suas músicas, e a estrutura delas ainda era mais simples. Porém, no SM, as faixas ganharam proporções épicas, verdadeiras viagens caleidoscópicas por paisagens decadentes e hediondas, envolvendo a quem ouve numa atmosfera enfumaçada de ansiedade, frustração, cigarro de má qualidade, gatos vadios e lowlifes sem esperança perambulando pelas ruas ermas e sujas de algum subúrbio abandonado às 4:12 AM. Claro, isso o ouvinte estando sob uma bad trip das brabas, assolado por vórtices espirais náusea, vertigem, e vendo duendes zombando e trollando sua cara a toda hora, enquanto tenta achar a chave de casa que caiu no chão, provavelmente num ralo do esgoto a céu aberto. O resultado disso é algo não mais do que genial, ganhando a tag de Doom Jazz por parte daqueles que adoram rotular tudo onde põem os ouvidos. Tag essa que não podia ser mais adequada, devo dizer-vos.

Depois do Black Earth (2002), Geisterfaust (2005) e Dolores (2008), temos em mãos o Beileid, EP a sair no próximo dia 22. São só 3 músicas, que, se não é nada brilhante em relação ao que já fizeram, tem muito a enriquecer sua já assombrosa discografia. A primeira música, Zombies Never Die, surpreende um tanto com uma aura meio bluesy. E essa aura não podia envolver melhor seu universo sonoro, soando como uma pitada de pimenta exótico em meio ao prato do dia-a-dia que você se acostumou a degustar. A última faixa, auto-intitulada, segue a linha do álbum antecessor. Nada de novo no fronte, mas nada de mau também. É tipo um filme que você já assistiu zilhões de vezes, mas ainda assim sente prazer em assistir cada pedacinho, cada fala, cada momento infinitesimal dele. Já o destaque mesmo vai para a segunda, Catch My Heart, tendoa participação de nada menos que o Lord Mike Patton, emprestando sua versatilidade para a banda. Provavelmente um cover, só não sei de quem, e a preguiça me impede de saber mais. Pois então, colaboração mais adequada, impossível, não acham? Deve-se ainda salientar que tal faixa me soou mais como um Jazz "tradicional", fugindo um pouco (pouco mesmo), do esquema tradicional do Bohren, mas ainda assim, se encaixando naturalmente com a proposta sônica que cultivam.

Em suma, um grande trabalho, que, ainda curto, não deve nada a seus antecessores. Faz-nos ver que músicos de qualidade ainda existem, e sempre prolíferos e buscando novas soluções e novos veios a seguir, tentando sair da caixa e trazer novas tonalidades a um horizonte já gasto e sem tanto brilho, como vem sendo a música, como um todo, nesses últimos aeons.
Só digo mais isso, aproveitem!


//Deixo-vos a discografia da banda. Como os posts aqui tem se tornado cada vez mais esparsos, nada mais ideal para um presente de páscoa (cof cof) para vocês como este. Sirvam-se de Scotch, Kafka, David Lynch e... aproveitem!







[2011] Beileid

01 - Zombies Never Die (Blues)
02 - Catch My Heart
02 - Beileid






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(new link!)





[2009] Mitleid Lady

01 - Mitleid Lady


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[2008] Dolores

01. Staub
02. Karin
03. Schwarze Biene (Black Maja)
04. Unkerich
05. Still am Tresen
06. Welk
07. Von Schaebeln
08. Orgelblut
09. Faul
10. Welten


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[2005] Geisterfaust

01. Zeigefinger
02. Daumen
03. Ringfinger
04. Mittelfinger
05. Kleiner Finger


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[2002] Black Earth


01. Midnight Black Earth
02. Crimson Ways
03. Maximum Black
04. Vigilante Crusade
05. Destroying Angels
06. Grave Wisdom
07. Constant Fear
08. Skeletal Remains
09. The Art of Coffins


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[2000] Sunset Mission

01. Prowler
02. On Demon Wings
03. Midnight Walker
04. Street Tattoo
05. Painless Steel
06. Darkstalker
07. Nightwolf
08. Black City Skyline
09. Dead End Angels


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[1996]
Schwarzer sabbat fuer dean martin

a01 - Schwarzer sabbat fuer dean martin
b01 - Menschestaub
b02 - Dermfraeuser
b03 - Aeste
b04 - Madenmeer
b05 - Gemaltes Seegrab
b06 - Gefroren



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[1995] Midnight Radio

Disc 01:
01 - 1.
02 - 2.
03 - 3.
04 - 4.
05 - 5.


Disc 02:
01 - 6.
02 - 7.
03 - 8.
04 - 9.
05 - 10.
06 - 11.



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[1994] Gore Motel

01 - Die Nahtanznummer, Teil 2
02 - Sabbat Schwarzer Highway
03 - Gore Motel
04 -Dandys lungern durch die Nacht
05 -Dangerflirt mit der Schlägerbitch
06 - Conway Twitty zieh mit mir
07 - Die Fulci Nummer
08 - Der Maggot Tango
09 - Texas Keller
10- Trash Altenessen
11 - Cairo Keller
12 - Gore Musik



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p.s.
: Peço desculpas, em nome de todo o staff do ETS, pela escassez sem precedentes de postagens. Duas semanas em meia sem postar nada foi algo inaceitável, porém, infelizmente o tempo me faz muito mais curto agora, como mestrando em outra instituição. Prometo tentar ser menos desleixado com esse espaço aqui, vocês merecem mais atenção.
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This Will Destoy You




O post de hoje é sobre uma banda batizada singelamente This Will Destroy You, tendo ela nascido em terras texanas, USA, isso no ano de 2005. Ainda neste mesmo ano, os rapazes lançaram seu EP chamado Young Mountain, que era supostamente a sua demo, mas que, devido ao alto grau de qualidade nela encontrada, seria até presunção rebaixá-la a essa hierarquia. Além disso, os rapazes ainda lançaram um full-length no início de 2008, self-titled, além de um split com o Lymbyc Systym em algum lugar do espaço-tempo que agora me fugiu a mente...

De qualquer modo, os cidadãos parecem ter dado sinal de fumaça novamente, através do novíssimo EP (na verdade, ele só será oficialmente lançado em agosto/10) intitulado moving On The Edge Of Things, sendo ele um aperitivo refinadíssimo de um novo álbum que está por vir em breve, palavras que li pelos corredores internéticos. Quem conheceu a banda através do YM, certamente vai ter um choque ao inserir seus ouvidos nas duas músicas do EP postado logo abaixo. Não, a banda não se vendeu (sic) e resolveu fazer covers do Jonas Brothers, somente pegou outras trilhas e valeu-se de outras ferramentas para construir seu ofício sonoro. Enquanto o primeiro EP apresenta uma belíssima peça de Post-Rock "tradicional", onde emoção, leve melancolia e perfumes outonais fundem-se em crescendos harmônicos de deleite nostálgico, este EP apresenta uma essência menos ortodoxa, puxando mais pro lado Ambient/Shoegaze da força, conferido ainda com algumas demãos do Post-Rock de outrora e talgumas outras, essas bem sutis de IDM.

Ou seja, parece cada vez mais óbvio que o TWDY vem mudando seu curso criativo e desbravando novos horizontes. Se isso é algo ruim, bem, talvez os mais puristas não fiquem lá muito felizes por isso, mas como o mundo não é feito só deles e existem muitos daqueles que preferem apostar na vanguarda, este EP não é menos do que um prato cheio, mesmo contendo menos de 20 minutos de linhas sônicas. Enfim, dado o recado. Au revoir!

"The album’s two sprawling compositions, “Rituals” and “Woven Tears” both possess a hazy darkness, burying ominous minor key melodies under layers of noise like a distant radio transmission being ripped apart by the static between stations. Drums pound forlornly in the background, distant and loping, acting less as a central rhythmic device than as another slightly muffled counterpoint to the indistinct smears of sound at the songs’ forefront. While not remotely as twisted or sinister as the record label’s promotional materials make the album out to be – it seems neither like a “portal to hell” nor “your turntable eating itself” – the songs linger in a netherworld between the malevolent darkness suggested by such descriptions and a gentler ambient drift."

//Update: Tunnl Blanket, novo trabalho do TWDY, logo abaixo. Seu outrora Post-Rock celeste agora aparece encoberto por camadas supermassivas de Drone/Dark Ambient, de pérfume psicodélico. Enjoy!


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[2011] Tunnel Blanket

01 - Little Smoke
02 - Glass Realms
03 - Communal Blood
04 - Reprise
05 - Killed The Lord, Left For The New World
06 - Osario
07 - Black Dunes
08 - Hand Powdered


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[2010] Movin On The Edge Of Things

01 - Ritual
02 - Woven Tears


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