Vanessa Van Basten




Vanessa Van Basten é um duo italiano formado por Morgan Bellini e Stefano Parodi e conta com vários convidados e colaboradores da cena alternativa e extrema italiana. Lançaram o primeiro EP em 2005, em 2006 lançaram seu primeiro full-lenght, La stanza di Swedenborg. Em 2009 será lançado o EP Psygnosis [este ja está disponivel aqui no blog], um split e o lançamento do segundo full-lenght.
A banda se define como "música lenta, pesada, música metafisica instrumental" e cita influências como o rock industrial, krautrock e até mesmo o black metal norueguês, além de bandas como Godflesh e Swans e bandas do catálogo da Neurot e Hydrahead.

O som da banda é basicamente a combinação de rock, post-rock,shoegaze e os experimentalismos do metal a lá Neurosis e Isis. O Duo faz uso de elementos eletronicos, de guitarras distorcidas, de passagens acústicas, algumas vezes se ouve narrações em Italiano e a presença de sintetizadores. O trabalho de guitarra soa melancólico e a bateria remete a de bandas de industrial.
Os albuns fluem naturalmente, com cada faixa tendo sua particularidade, onde as faixas são intercaladas as vezes por um ambient drone, outras por sons estranhos. Um destaque do som vai para o uso das percussões, que são bem trabalhadas e perfeitamente encaixadas no som do Vanessa Van Basten. Alguns instruemntos "diferentes" são usados pela banda, como por exemplo uma Gaita. Em certo momento o som do Vanessa faz você lembrar da melhor fase do Faith no More.

La Stanza Di Swedenborg é um album impressionante, que faz com que a banda fique a quilometros de distancia das demais bandas que fazem um post-metal farofa, sem nenhuma novidade ou criatividade, pois o Vanessa Van Basten combina verdadeiros momentos de beleza com uma bateria marcante e distorções monolíticas que fazem o som da banda ser único e sensacional.
Psygnosis está previsto para ser lançado em 2009, e conta com duas faixas instrumentais, que são capazes de mostrar como o duo consegue fazer músicas tão belas e tocantes que so fazem comprovar o poder de criação e a evolução que ela sofreu no decorrer dos anos, e faz com que os apreciadores fiquem anciosos para o lançamento do segundo Full-Lenght.

/Novo cd dos italianos do Vanessa Van Basten. A formulá básica ainda é a msm apresentada no La Stanza Di Swedenborg, ou seja, coisa fina você irá encontrar aqui.



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[2011] Closer To The Small/Dark/Door

01 - Porzellangasse
02 - Putana
03 - L'Uomo Che Comprava il Tempo
04 - Fuck the Best, Take the Rest
05 - Domio '95
06 - La Selva dell'Orba
07 - Scolopendra
08 - Untitled
09 - L'Affetto Non Serve

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[2009] Psygnosis

01 - Tutto Avanti All'indietro
02 - Psygnosis


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[2006] La Stanza Di Swedenborg

01 - La stanza di Swedenborg
02 - Love
03 - Dole
04 - Giornada de oro
05 - Il faro
06 - Floaters
07 - Vanja
08 - Good morning, Vanessa Van Basten!


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(((S)))




- When asked about his anonymous appearence (((S))) replies: ”Ever since childhood I have had this deep desire inside to be invisible and loved at the same time,- it’s like my mottto and ever since then I have worked very hard to obtain my goal. And this record is one of the results of these thoughts and desires”.


Bom, taí uma amostra do que se trata o responsável pelo álbum que posto aqui neste momento. Criatura estranha, de fato, e não entendam estranho como algo negativo e pejorativo, pois todos que passam por aqui devem saber que excentricidades e idiossincracias são sempre uma fonte de inspiração musical do mais alto nível.

Mas enfim, sobre o trabalho do tal (((S))), trata-se de um projeto musical provindo de Copenhagen, Dinamarca, onde o único membro atende pelo mesmo nome. Apesar do esteriótipo, NÃO SE TRATA (sim, devo frisar isso com todas as letras, em negrito e em caps lock) de algo na linha Black Metal, Noise, Dark Ambient e afins, mas sim de algo que fica na linha entre o Gothic Rock e Post-Punk! Inusitado, não?

Pois é, eu também fiquei meio surpreso quando tive o primeiro contato com a band, ops, projeto e soube sobre suas origens e sua formação. O único trabalho lançado pelo (((S))) até agora se chama Ghost, tendo sido lançado há alguns meses e ganhado bastante atenção na cena européia. Nele, encontra-se aquilo que disse no parágrafo anterior, um Gothic Rock que não raras vezes assume a frieza atonal do Post-punk, porém, não se trata aqui de mais uma pseudo-cover band do Sisters of Mercy ou do Joy Division. Percebem-se alguns ecos dessas bandas, claro, só que mais pronunciada ainda é aquela melancolia envolvente e etérea do The Cure e do Shoegaze de Jesus and Mary Chain em seus primeiros trabalhos, principalmente) e influências de bandas mais recentes (embora nem tanto) e um tanto distante desses gêneros (embora nem tanto, também), como Tiamat e Anathema, acrescidos ainda de tons sutis e devidamente pincelados de psicodelia setentista em alguma passagem aqui e acolá.

Aproveitando a onda das bandas que fundem Black Metal, Shoegaze, Post-Rock e Post-Punk, é possível que o (((S))) venha a atrair esse público, juntamente com aqueles já pertencentes aos meandros góticos do universo a fora, pois todos os elementos que eles procuram numa banda, aqui encontram. E muito bem feito, diga-se de passagem, ainda mais para um projeto solitário e ainda iniciante.

//Renascendo o tópico aqui para vos deixar o novo CD, intitulado Phantom. Para quem já ouviu o Ghost, não há muito o que acrescentar, pois seu som continua basicamente o mesmo. Talvez as músicas estejam menos etéreas, sem aquelas camadas de neve sônica que encobria as músicas mais antigas. Sinal que o fantasma está se preparando para se revelar? Aguardemos. Por ora, aproveitem!

//Ressucitando o post de novo para deixar um EP bem interessante dessa "banda": Deutsch. Nele, temos 5 músicas em língua alemã, sendo uma delas cover do Beatles "I want to hold your hand" e uma versão da Mermerized, do álbum Ghost, na mesma língua. A outra metade do EP tem as mesmas músicas mas em inglês. Nada excepcional, mas como curiosidade, ficou ótimo. Enjoy it!







[2010] Deutsch

01 - Komm Gib Mir Deine Hand
02 - Ganz Allein
03 - Sie Lebt Dich
04 - Hypnotisiert
05 - Helden
06 - I Want To Hold Your Hand
07 - In My Room
08 - She Loves You
09 - Mesmerized
10 - Heroes


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[2010] Phantom

01 - A Crying Shame
02 - Lonely Is The Lighthouse
03 - Invisible Man
04 - We're In The Wind
05 - Autumnhead
06 - Walk
07 - Addicted To My Dreams
08 - A Handful Of Dust
09 - Tired Hangs The Head
10 - Hole In My Heart


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[2009] Ghost

01 - In The Shadow Of A Shadow
02 - Mesmerized
03 - Mamachild
04 - Deathtrip
05 - Fausty
06 - Fall With Me
07 - Hungover
08 - Ghost In The Snow
09 - Who Lover The Lover?
10 - When The Well Runs Dry
11 - Dying





We Made God




O We Made God é uma banda da Islândia que toca um Post-Metal de altíssima qualidade e com altas doses de experimentalismos. Chego a dizer (e parafrasear outros) que eles possuem a atmosfera do Sigur Ros com pitadas do Deftones. Além de riffs fortes e marcantes a banda conta com um vocal com presença extremamente cativante e de se impressionar. Não tem muito o que se falar, é baixar e curtir :)

\Novo cd dos inslandeses do We Made God, It´s Getting Colder. [edit: pedro]

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[2011] It´s Getting Colder

01 - The Start Is A Finish Line
02 - Glossolalia
03 - Brennt Barn Fordast Eldinn
04 - Oh Dae-Su
05 - Interlude
06 - These Hours, Minutes And Seconds
07 - We Have Lost The Battle, We Have Lost The War
08 - As We Sleep
09 - II
10 - III


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[2008] As We Sleep

01 - Gizmo
02 - Bathwater
03 - Sub Rosa
04 - Deir Yassin
05 - Theory Of Progress
06 - The Color


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Ektoise




Logo assim que abro a página do last.fm da banda que posto hoje, me deparo com o seguinte parágrafo:

"Ektoise aim to make music that paints pictures in your mind, music that moves and inspires you. They fuse live performance with meticulously programmed electronics, obscure Eastern instruments and the latest digital toys to make music unlike any you’ve heard before. Drawing from a fascination with all forms of music, Ektoise combine their favourite parts of Rock, Electronica, Ambient, Shoegaze, Trip-Hop, Metal, Drone, Noise and Avant-garde to build a sound that is entirely their own."

Ambicioso, não? Sei que a maioria dos passantes e acompanhantes do blog devem estar cansados de ver pelo menos umas 10 bandas per year que valem-se do mesmo discurso - eu incluído - mas, tá, mesmo estes aqui não sendo tão revolucionários como o texto acima pode dar a parecer, eles tem certamente um brilho único e são sim, dignos de uma atenção maior do que a média. A carreira do Ektoise iniciou-se em Brisbane, Austrália, em 2007, dedicando-se inicialmente a música eletrônica/industrial. Hoje em dia, parece que os aussies incorporaram muitas outras influências a sua esfera musical, fazendo algo que pode ser definido simplesmente como: "God Is An Astronaut encontra 65daysofstatics num dia de chuva, e, juntos, decidem construir paredes sônicas na melhor escola do My Bloody Valentine com tijolos de Coil e Nine Inch Nails, ornamentos mezzo Jazz, mezzo Trip-hop, e, claro, pintadas com tons leves de música ambiente e erudita contemporânea, algo tipo Penderecki e Ligeti, pra conferir um toque mais soturno a abstrato ao quadro todo".
Não me admiraria, ainda, de reparar algumas influências de música oriental ocultas aqui e acolá em algumas faixas, e muito menos se algum filme kvlt de sci-fi dos anos 60-70 se valesse de alguma de suas músicas para montar sua OST, caso a banda existisse naquela época (ok, dificilmente eles conseguiriam fazer suas músicas com a mesma destreza de hoje em dia, visto o avanço vertiginoso da eletrônica e computação de lá pra cá, mas fica o exercício de imaginação aí).

Pode parecer aos neófitos que a banda carece de identidade. Ok, eles ainda precisam melhorar um pouquinho nesse sentido, no entanto não é nada merecedor de um diagnóstico de esquizofrenia e nada que fira os ouvidos de cada um (além das panaquices sonoras que eles fazem com a própria música, claro).


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[2010] Ektoise

01 - Rivers of Enkephalin
02 - Miasma
03 - Active Denial System
04 - Euclidean Curve
05 - Vovchachyn
06 - Tsaparang
08 - On The Transformation Of Romance Into Guilt
09 - Synaptic Modulation
10 - The Great Perpendicular Path
11 - The Thought Police


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Sula Bassana



Sula Bassana é o nome artístico de um alemão chamado Dave Schmidt que, segundo algumas pesquisas que fiz por aí, já tá na estrada pelo menos a uns 23-24 anos se enveredando por uma míriade de projetos e bandas diferentes desde então, basicamente orbitando entre a música eletrônica/psytrance e afins e o Space Rock/Psychecelic/Krautrock/Stoner/blablabla. Dentre estes projetos, talvez o mais famoso seja o Weltraumstaunen, que seguia essa segunda linha.

Já sobre o Sula Bassana em si, é o nome científico de uma ave marinha que vive no hemisfério norte do planeta, maiores informações no link logo acima. Por ser um projeto solo, o carinha faz o bem quer dele, ora se dedicando aos meandros roqueiros da música, ora aos universos eletrônico. Neste caso, obviamente, posto um álbum do lado guitarreiro da força. O que presenciei ao ouvir este trabalho sem maiores pretensões, chamado simplesmente de The Night, é simplesmente um dos melhores discos de Stoner/Psychedelic que ouvi desde o Yawning Man e My Sleeping Karma! É impossível distinguir onde começam os veios Stoner, os matizes puramente Space Rock e as alegorias Krautrock, pois todas são perfeitamente fundidas numa só dimensão sônica, perfeitamente vívida, palpável e bebível em sua geodésica estelar, que leva o ouvinte a domínios insondáveis do Cosmos e da própria consciência. Sem contar que o feeling oriental que envolve sutilmente as músicas confere um tempero ainda mais exótico e delicioso a viagem toda, quase como uma conversa com Shiva numa montanha distante, num cair da tarde banhado por um sol rubro e incandescente onde discute-se os segredos do universo e da existência enquanto jogam Mario e Top Gear no SNES! Tudo isso regado a Narguilé, claro.

Se todo o parágrafo acima não é estimulante o suficiente para baixar este álbum AGORA, nada mais nesse plano sideral o será. Só tenho isso a dizer. Apertem os cintos!


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[2009] The Night

01 - In Space
02 - Lost In Space
03 - The Night
04 - Meteorritt
05 - Kosmokrator


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Antonius Rex



Mais um post da série: "wtf, de onde saiu isso?!" eis que falo do Antonius Rex. Suas origens remetem ao longíquo e psicodélico ano de 1974, cortesia do italiano Antonio Bartoccetti. Após sua empreitada com a banda Jacula (sem trocadilhos infames, pfv, tem crianças lendo esse blog), que nasceu em 68 e veio a falecer 5 anos depois devido à insucesso comercial, Antonio aproveita as cinzas da banda e monta o Antonius Rex em companhia de Doris Norton e Albert Goodman, sendo o CD que vos posto, Neque Semper Arcum Tendit Rex, o primeiro fruto dessa união.

Assim como seu projeto antecessor, o AR tem o esoterismo e ocultismo como combustível primordial para suas ideias sônicas, líricas e gráficas. Obviamente, isso lhes rendeu um status cult pelos fanáticos undergrounders da época, mas, como o usual, o retorno financeiro sempre foi complicado, o que lhes renderam problemas para a continuação do seu trabalho durante os anos seguintes da década, fazendo com que eles terminassem atividades em 1980. No entanto, retomaram as atividades lá pelos idos de 2004 (!), dessa vez de forma bem inspirada e produtiva haja visto uns 5 álbuns lançados desde então, no qual, provavelmente, figurarão por estas páginas se achá-los dignos disso.

Com todo esse background, já podem imaginar o que vem por aí, não é? Uma versão evil do Van Der Graaf Generator se enveredando pelos caminhos do Avant-garde/RIO dignos de um Univers Zero e Art Zoyd, onde as letras, em latim, são sussurradas em meio a turbilhões massivos de guitarras altamente distorcidas e órgãos a sangrar notas negras e místicas isotropicamente. E o mais impressionante de tudo é ver como a produção deste álbum é excelente! Límpida e cristalina mesmo para os (elevados) padrões do Prog, de modo que mesmo as bandas mais famosas este gênero da época, com conhecimento e $$$ suficientes para obter o melhor da tecnologia setentista, teriam dificuldades de alcançar. Existem CDs de 15-20 anos atrás com piores produções, posso garantir.

Não sei se este trabalho faria o gosto de todo passante aqui deste blog, mas recomendo-o nem que seja para efeito de curiosidade, ou para assustar seus vizinhos e parentes chatos com algo pretensamente endemoniado. Enjoy it!


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[1974] Neque Semper Arcum Tendit Rex

01 - Nequer Semper Acum
02 - Pactius
03 - In Hoc Signo Vicies
04 - Non Fiat Voluntas Tua
05 - Devil Letter
06 - Aquila Non Capit Muscas


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Especial Fim de Ano

//Em português:
Olá, galerë do barulho. Muitos aqui devem se lembrar das coletâneas que o cast do ETS fez no final de 2008 e 2009, imagino eu. A intenção era deixar algo como um presente para vocês, agradecendo pelo apoio, sugestões, críticas, etc. feitas ao longo do ano e, também, como uma maneira de relembrar o que foi feito de bom neste período. Não sei se alguns de vocês já estavam se perguntando quando postaríamos tal coletânea, e a resposta vem agora, carregada de uma surpresa: Diferente dos dois anos anteriores, agora VOCÊS é que vão escolher as músicas da coletânea! Nada mais justo, já que, sem o suporte de suas partes, não teríamos motivação de ter tocado o blog adiante por estes dois anos e meio.

Deixando a pieguice de lado, então, façam o seguinte: Enviem sugestões de músicas isoladas (músicas, não álbuns, que fique claro) de bandas que lançaram algo novo neste ano de 2010. Podem sugerir 1, 2, 5, 987 músicas, a vontade. Podem deixar as sugestões aqui nos comentários do post, no twitter, no orkut e no facebook, que algum de nós quatro irá contabilizar todas as músicas indicadas. As 15, 16 com maior número de votos farão parte da dita coletânea.

Pois então, sintam-se livre agora, o espaço é todo de vocês. Em nome meu, Carlos, da Cibele, Paulo Castro e Pedro Henrique, feliz 2k11 4 ya! ;)

ps: Prazo para os votos: dia 15 de janeiro.

//English version:
Hello, guys. I guess many of you must remember the compilation that we, the ETS cast, did at the end of the year 2008 and 2009. Our intention was giving you a new year's gift for all the support, comments and critics you made along these years, and also as a way to remember of the best musics and albums made in the respective year. I don't know if you've been wondering about this year's compilation, but here comes the answer, charged with a surprise: This time, YOU will do the compilation, choosing the songs that will be part of it. It couldn't be more fair since, without you, we wouldn't have enough motivation to keep on with this blog for two and a half years.

Well, let finish the cheesy moment. So, let's do it this way: Send us suggestions of the songs you'd like to be part of the compilation, the ones you think that were the best released in 2010. Not albuns, but songs, just to let it clear. You can let us many suggestions, 1, 2, 5, 987, never mind, just suggest whater you wish to. You can drop these suggestions in the comments session right below, or in our twitter, facebook, orkut, anywhere you like. All of us will count the songs chosen by you, and the 15, 16 that had the highest number of suggestions and mentions will figure in the compilation.

Ok, now feel free to say and suggest anything you want, the space is all yours. In name of myself, Carlos, Cibele, Paulo Castro and Pedro Henrique, wish you a happy 2k11! ;)

ps: Deadline to the votes: January 15th.

Asylum Party




Só pelo nome e foto da banda, acho que vocês conseguem se situar no tempo-espaço e no cosmo dos gêneros musicais, não é? Pois então, o tempo são os borderlines (trocadilho infame com o nome de seu álbum, eu sei) dos anos 80, local França, mais precisamente na cidade de Courbevoie. Foi fundado o Asylum Party por Thierry Sobézyk, Philippe Planchon e Pascale Macé, e sua existência iniciou-se em 1985 e perdurou até 1990, se dedicando ao Post-punk e ao Gothic Rock que emergia na época. Porém, não se trata de um simples copycat dos medalhões do gênero, muito pelo contrário, e logo abaixo escrevo o por que.

A banda faz parte daquela geração chamada coldwave, que nada mais é do que a vertente francesa do Post-punk criado e evoluído em terras inglesas. Bandas como Little Nemo, Clair Obscur, Ópera de Nuit e outros mais também surgiram dessa mesma "vibe", que aproveitou o supra-sumo do Joy Division, dos 4 primeiros álbuns do Cure, da Siouxsie, do e outros mais para recriar atmosferas negras, recheadas de uma neblina amarga de introspecção, melancolia e, em alguns casos, insânia em seu estágio mais latente. AP faz algo um pouquinho diferente destes nomes, dando uma ênfase maior no ofício dessas atmosferas, conferindo assim uma sonoridade mais onírica, profunda e refinada do que seus congêneres. Sua música se aproxima muito do The SoundSad Lovers and Giants, embora sem o tom bucólico do mesmo. Sua música só tem duas cores: cinza e preto, se alternando e dançando numa harmonia fúnebre de sua própria danação espiritual.

Posto aqui os dois primeiros trabalhos da banda, uma edição especial na qual o vem junto do debut EP Picture OneBorderline. Posso ser ousado, mas diria que eles são tão bons ou melhores do que muitos nomes famosos dos Post-punk/Gothic rock e subgêneros afins, como por ex. o Sisters of Mercy, Fields of the Nephilim, The Mission e sendo muito superiores a nomes como Echo and the Bunnyman, embora a banda so desfrute de uma pequena fração do reconhecimento desta galerë. Se isto não é uma boa referência, não sei mais o que pode ser. Então... aproveitem-no! Só um adendo: sob o sol escaldante de verão, o CD torna-se ainda melhor *risadas malévolas ecoando no ar*


[last.fm]





[1989] Borderline + Picture One (EP)

01 - Play Alone
02 - The Sabbath
03 - La Tourmente
04 - First Days of Winter
05 - La Nuit
06 - Better Days Ahead
07 - Winter
08 - Pictures
09 - Old Dreams Are Not Innocent
10 - Julia
11 - Sweetness... of Pain
12 - Before the Smile
13 - White Light
14 - Together in the Fall


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