Code



Code é um projeto musical fundado em 2002, tendo suas atividades divididas entre a cidade de Oslo, Noruega e Sussex/Londres, Inglaterra, devido à origem de seus membros. Membros esses que são consideravelmente ilustres, tais como o Kvohst (vocal), também integrante das bandas de Industrial Black Metal Void e Dødheimsgard, o guitarrista Aort, Viper (baixo/backing vocals), ex-integrante do Ved Buens Ende e integrante do Manes e Dødheimsgard, além de ex-integrantes também ilustres como o baterista AiwarikiaR (Ulver) e vários outros. Praticamente um Dream Team do Black Metal "alternativo" (sic), pode-se dizer, e cujo trabalho faz jus a alcunha!

Falando mais sobre a música do Code (que não é o de Da Vinci - sim, não podia faltar o trocadilho infame), ela reflete bastante o background musical de cada integrante, soando como um amálgama muitíssimo bem-feito e de suprema inteligência de cada uma das bandas citadas acimas, mas ainda assim possuindo uma forte identidade. Seus domínios musicais passeam calmamente e livremente pelas esferas do Black Metal, Industrial, Dark Ambient e até mesmo pitadas estratégicas de Rock Progressivo e bandas a la Katatonia atual, Anathema e Tiamat podem ser notadas, especialmente no novo trabalho deles (o que vos posto). As letras abordam aqueles temas extremamente interessantes e divertidos como paranóia, apocalipse, morte e o lado mais obscuro da vida moderna e da alma humana de um modo geral, etc. e tudo isso sob uma abordagem abstrata e enigmática deveras instigante.

Suas músicas podem não ser o supra-sumo da criatividade universal e nem mesmo mundial, mas certamente é um trabalho muitíssimo interessante e delicioso de se ouvir, ainda mais se considerar que as músicas são um tanto curtas e bem mais diretas do que a média do gênero, e esse fato em nada tira o seu selo de qualidade e poderio sonoro que esse código possui. Imagino que qualquer um que aprecie os meandros mais vanguardistas e experimentalismos esquisitos do universo metálico vão apreciar e degustar esse álbum tranquilamente. So, enjoy it!


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[2009] Resplendent Grotesque

01 - Smother The Crones
02 - In The Privacy Of Your Own Bones
03 - The Rattle Of Black Teeth
04 - Possession Is The Medicine
05 - Jesus Fever
06 - I Hold Your Light
07 - A Sutra Of Wounds
08 - The Ascendent Grotesque


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Antimatter




O Antimatter foi formado por Mick Moss e o ex-baixista do Anathema, Duncan Patterson. A dupla lançaram 3 albuns juntos, Saviour, Lights Out e Planetary Confinement, sendo que pouco tempo depois do lançamento deste último, Duncan deixa a banda para dar ínicio em seu novo projeto, o Íon. Mick Moss continua com a banda e em 2007 lança o magnifico Leaving Eden em parceria com o igualmente magnifico, Danny Cavanagh do Anathema.

Os primeiros trabalhos do Antimatter (Savior e Lights Out) tinha um foco maior nas linhas melodicas dos vocais, em grande parte executada por alguma vocalista convidada, as estruturas sonoras variavam entre um "trip-rock" melancolico, em mescla com elementos do eletronico e até mesmo do gótico. Planetary Confinement foi lançado em 2005 e marcou o início de uma mudança para um som mais acústico orientado para um "depressive rock". Em 2007, com a saida de Duncan, Mick Moss lança o Leaving Eden e assume o posto de vocalista e compositor, e a estrutura do Planetary Confinement é mantida, mas agora é acrescetado uma guitarra eletrica executada por Danny Cavanagh. O resultado desse cd, é uma sonoridade mais pesada, mas igualmente melancolica e bela.

Em 2009 foi lançado o album ao vivo e acústico, Live @ An Club, com participação de Danny Cavanagh. Entre os sons da banda este album contêm covers de alguns classicos como:"The Power of Love", "Black Sun" e "Working Class Hero".


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[2009] Live @ An Club

01 - Over Your Shoulder
02 - Black Sun
03 - In Stone
04 - Working Class Hero
05 - Leaving Eden
06 - Hope
07 - Saviour
08 - Legions
09 - The Power Of Love


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maudlin of the Well




maudlin of the Well foi criado nos EUA em 1996, numa proposta ousada de unir o Doom/Death Metal com música erudita de vanguarda, psicodelia setentista e até new age. Parece algo difícil de se imaginar a primeira vista (ou ouvida), mas eles conseguem explorar estilos aparentemente incomunicáveis com uma destreza e naturalidade incríveis, nos levando a dimensões oníricas e paisagísticas que nossa mente jamais ousou criar ou mesmo habitar, por alguns instantes (ou talvez tenha, dependendo da fertilidade de sua imaginação... )

A banda se separadou em 2003, e um dos seus principais integrantes, Toby Driver, formou o Kayo Dot banda que segue a mesma linha de exploração musical do maudlin. Talvez a maior diferença seja a maior influência de Metal nos trabalhos do maudlin, mas a mesma essência criativa, psicodélica e inovadora permanece lá, cada vez mais desenvolvida e aprofundada em seu próprio estilo.

O álbum que posto agora, Bath, é o penúltimo lançado pela banda, no ano de 2001. Pelo que ouvi dos seus três lançamentos (este, o My Fruit Psychobells... A Seed Combustible e o Leaving Uour Body Map), este é o que melhor traduz o cosmo musical em que o maudlin viaja, abrangendo inúmeras galáxias e constelações variadas de combinações sonoras, sentimentos e imagens que transpassam no universo de cada ser e muitas vezes nem percebemos, ou não compreendemos em sua total plenitude. Pois bem, o maudlin consegue traduzi-las em forma sonora, e assim se fez um álbum realmente especial.

"Describing the sounds of 'Bath' is nearly impossible, due to its constantly evolving and progressive nature. The instrumental opener blends into a standard death metal song that is flavored with horn interludes, and that song gives way too a very acoustic/folky ballad that includes a very ''80ish' guitar solo and so on. The band is kind of like Mr. Bungle in that they are constantly running through various genres, but while Mr. Bungle's technique is rough and almost humorous, maudlin of the Well's is very natural and very serious. That is another thing that should be noted when describing motW's music; it is very very serious and at times very very bleak. While the band certainly isn't like My Dying Bride in their seriousness, they do have that typical 'metal' attitude of 'our art is art, and there will be no flamboyance surrounding it'.
"

Posto agora o trabalho recém-lançado do maudlin, chamado Part The Second. É um álbum totalmente financiado por fãs da banda e que desejavam ouvir as músicas que ficaram por terminar, mesmo que seja o último suspiro, e assim foi feito este álbum especialmente para esses fãs e todos os outros que acompanharam e apreciam seus trabalhos desde sua criação até os dias atuais. Sobre o CD em si, notei que a veia metal está menos forte, em detrimento das influências psicodélicas e vanguardistas. Reflexo dos últimos trabalhos do Toby no Kayo Dot, muito provavelmente. Mas ainda assim qualquer um é capaz de identificar que este é um legítimo álbum do motW, em sua mais expressiva identidade e criatividade ilimitada. Well, enjoy it! ;)


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[2009] Part The Second

01 - An Excerpt From 6,000,000,000,000 Miles Before the First, or, The Revisitation of the Blue Ghost
02 - Another Excerpt: Keep Light Near You, Even when Dying
03 - Rose Quartz Turning To Glass
04 - Clover Garland Island
05 - Laboratories of the Invisible World (Rollerskating the Cosmic Palmistric Postborder)


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[2001] Bath

01 - The Blue Ghost/Shedding Qlipoth
02 - They Aren't All Beautiful
03 - Heaven and Weak
04 - Interlude 1
05 - The Ferryman
06 - Marid's Gift Of Art
07 - Girl With A Watering Can
08 - Birth Pains Of Astral Projection
09 - Interlide 2
10 - Geography


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Minsk





O Minsk foi formado em meados de 2002. Logo no inicio da carreira eles gravaram uma demo intitulada "Burning" e sairam em Turnê pelos EUA chegando a fazer parte do cast do Templars of Doom Festival de 2004.
O primeiro full-Lenght da banda, Out of a Center Which Is Neither Dead nor Alive, foi gravado em 2004 e lançado em 2005. Durante as gravações do cd,Drew McDowell deixa a banda, com isso Sanford Parker (Buried at Sea) além de produzir o album a partir desse momento também assume o posto de baixista.
Depois da Turne a banda prepara o segundo album, The Ritual Fires of Abandonment, que foi lançado em 2007 através da Relapse Records, que assinou com a banda imediatamente devido ao seu crescimento em popularidade e da recepção positiva de seu disco de estreia.

The Ritual Fires of Abandonment é um disco provocador, grandioso e épico, pleno de atmosfera e delírio psicodélico. Os momentos tribais remete aos Neurosis, o enigmatismo do tool também é visivel assim como em alguns momentos a suavidade de um disco de doom metal. O vocal é outro ponto alto do cd, Christopher Bennett consegue criar um ambiente repleto de obscuridade, mas ao mesmo tempo belo e cativante. As musicas têm uma aura quase ritualistica e completamente alienante mas ao mesmo tempo viciante.
Este album é uma verdadeira obra prima do sludge/post-metal que nos fazem trasnpor os caminhos que vão da melancolia e por vezes nos levam a uma viagem espiritual e verdadeiramente assustadora. Um cd que absolutamente vale a pena ser ouvido,visto, revisto e principalmente sentido.

- Aproveitando a deixa do post do Pedro há alguns meses, deixo aqui o mais novo álbum do Minsk, intitulado "With Echoes In The Movement Of Stone". Quem apreciou o trabalho anterior certamente vai se deleitar e muito com esse CD aqui, pois todos os elementos e aquele climão ritualístico/esotérico que tempera suas músicas se fazem presentes, agora num nível ainda mais profundo e abrangente. Como destaque, menciono o cover do Joy Division, que ficou primoroso!


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[2009] With Echoes In The Movement Of Stone


01 - Three Moons
02 - The Shore Of Transcendence
03 - Almitras Premonition
04 - Means To An End
05 - Crescent Mirror
06 - Pisgah
07 - Consumed To Horizons
08 - Requiem From Substance To Silence

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[2007] The Ritual Fires of Abandonment

01 - Embers
02 - White Wings
03 - Mescaline Sunrise
04 - The Orphans of Piety
05 - Circle of Ashes
06 - Ceremony Ek Stasis


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Memories Of A Dead Man




O Memories of a Dead Man foi formado em 2006 com a proposta de tocar algo em torno do post-rock/metal mesclando influências e estilos variados, alternando momentos mais melódicos e calmos com momentos de peso e brutalidade, algo como uma mistura de Cult of Luna com alguma banda de progressivo na linha de APC ou até mesmo os Deftones, nas partes com vocais limpos.

A essência do som, baseia-se na já popular onda de bandas de post-metal a lá Neurosis e Isis, sendo assim a proposta aki não é nada inovadora ou diferente, mas dentro do contexto que eles se propuseram a fazer, a tarefa foi muito bem feita.
Nesse primeiro full-lenght da banda, Beyond The Legend, a banda entrega aos ouvintes riffs cativantes e alternâncias entre o peso e a melodia na medida certa.

Não tenho muito a acrescentar sobre o cd, acho melhor cada um tirar sua própria conclusão, e mais uma vez irei ressaltar que a equipe do ETS agradece e fica muito feliz com os comentários, portanto façam isso caso gostem de algo que tem no blog ;p


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[2009] Beyond the Legend

01 - Single Tthought and Emptiness Wishes
02 - The Warmth
03 - The Angel Pprint
04 - U Turn
05 - Voice
06 - Draw My Faith
07 - Acted Out
08 - Hope is Where You Are
09 - Watchword
10 - Strapped In
11 - The Legend
12 - Elusive Temptation


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dredg



dredg é uma banda californiana que iniciou suas atividades já no longíquo ano de 1993, no entanto seu primeiro full-length só veio a luz bastante tempo depois (2001, mais especificamente no famigerado 11 de setembro), sob o nome de Leitmotif. Apesar de ter sido lançado de forma totalmente independente, este álbum atraiu um número considerável de fãs desde essa época e a banda ganhou contornos cult desde então, fato que pode ser facilmente compreendido pela qualidade impressionante de seu trabalho e da abordagem feita por eles, buscando não somente a expressão artistica através das músicas, mas pelo conceito que existe por trás delas e todo o trabalho visual que as envolvem também. Este álbum Leitmotif ainda tinha um projeto de um videoclipe para todo o álbum, fato que não prosperou devido à morte do ator principal...

Isto rendeu a banda o rótulo de art rock, geralmente atribuído a bandas que trabalham em sua música para fins que vão além do som em si, como o aspecto visual e o conceito das letras, geralmente abrangendo influências musicas do Rock Progressivo e Alternativo sob um tempero experimental. Geralmente não gosto desse rótulo, mas ele cai como uma luva no caso do dredg e não vejo nenhum problema em usá-lo para a banda, então.

Tendo lançado posteriormente o El Cielo (2002), álbum baseado na vida e no trabalho do pintor espanhol Salvador Dalí, o Catch Without Arms (2005), álbum de maior sucesso comercial da banda até o momento e apresentando uma veia mais acessível e easy-listening do que os demais álbuns (mas sem perder em qualidade, deve-se ressaltar) e a trilha sonora do filme independente Waterbone em 2006, cujo álbum é basicamente composto por músicas ambiente, a banda volta a cena com seu novo trabalho, alcunhado de The Pariah, The Parrot, The Delusion.

Neste álbum, o dredg retoma aquela veia experimental que marcou os dois primeiros full-lengths, com direito a um conceito central para as letras e também para a arte visual, porém não esperem um novo El Cielo ou Leitmotif. Apesar de existirem vestígios evidentes dessa época em seu som, a banda explora várias outras facetas musicais e nos apresenta um álbum bastante variado, abrangendo desde o Alternative Rock ao Pop e flertando com o Post-Rock e Ambient em alguns momentos, criando uma atmosfera sônica muitíssimo interessante e deleitosa de se ouvir e degustar.

Apesar de ser um puta álbum, devo dizer que ainda não o digeri completamente e, pela impressão que tenho, não me parece tão marcante quanto os dois primeiros. Mas se tratando de trabalhos assim, nem sempre a primeira impressão é a que fica (quase nunca, aliás), e a digestão leva bem mais tempo do que levaria para uma banda mais "comum". De qualquer jeito, acho este um álbum imprenscindível para apreciadores do gênero e de miscelâneas experimentais em geral. And that's all, folks. ;)


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[2009] The Pariah, The Parrot, The Delusion

01 - Pariah
02 - Drunk Slide
03 - Ireland
04 - Stamp Of Origin - Pessimistic
05 - Lightswitch
06 - Gathering Pebbles
07 - Information
08 - Stamp Of Origin - Ocean Meets Bay
09 - Saviour
10 - R U O K
11 - I Don´t Know
12 - Mouring This Morning
13 - Stamp Of Origin - Take A Look Around
14 - Long Days And Vague Clues
15 - Cartoon Showroom
16 - Quotes
17 - Down To The Cellar
18 - Stamp Of Origin - Horizon


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