O The Gathering é um conjunto de trip rock (definição dada pela própria banda), formado em 1989 na cidade de Oss, na Holanda. Sua proposta original era trazer o Death/Black Metal de bandas como Celtic Frost a um nível mais atmosférico e progressivo, formando o embrião do que viria a ser o hoje estabelecido "Atmospheric Metal", onde, além do The Gathering, bandas como Anathema, Katatonia, Moonspell e Tiamat fazem parte, digamos assim.
Rótulos a parte, a partir de 1995 a banda contou com a entrada de uma mocinha de na época 21 anos chamada Anneke Van Giersbergen e então lançou o álbum Mandylion, o que elevou o trabalho da banda a um nível exosférico de qualidade e beleza musical, numa alquimia de harmonias melancólicas com atmosferas levemente sombrias e letras um tanto obscuras com toques surrealistas. Como as bandas citadas, o The Gathering também foi modificando sua sonoridade ao longo do tempo, explorando nuances mais eletrônicas e psicodélicas e deixando um pouco a base metálica de antigamente, mas sem distorcer a sua identidade e mantendo a qualdiade de outrora, se aproximando do trabalho de bandas como Radiohead e Pink Floyd, mas com o diferencial do vocal da Anneke.
Souvernirs é então o quinto (e infelizmente, penúltimo) trabalho da banda. Nele, a banda encontra-se no seu auge no que tange os experimentalismos musicais, explorados magnificamente ao longo de seus 50 minutos através de seus ambientes melancólicos, introspectivos e até nostálgicos, nos transmitindo serenidade e calma de espírito ao mesmo tempo que nos faz indagar sobre nós mesmos e o universo que nos cerca. A partir do verão (europeu) de 2007, Anneke anunciou sua saída da banda para se dedicar a família e lançou o álbum de seu novo projeto, chamado Agua de Annique. Claro que desejo o melhor para ela, mas a sua saída do The Gathering foi sem dúvidas uma perda muito grande e que será muito sentida... me arriscaria a dizer que ela era a alma da banda e era o principal 'elemento' que tornava sua música tão especial.
Bom, não precisa de muito esforço para perceber o quanto admiro a banda e ainda mais esse trabalho, pois ele teve realmente uma profunda influência em mim e na redefinição do meu gosto musical há algum tempo. Mas ainda assim acho um álbum indispensável para qualquer um que admire uma boa música fora dos padrões estéreis que a indústria estabelece hoje em dia e não se restringe a rótulos. É isso. ;)
- Agora, aproveito essa postagem mais antiga para deixar aqui o link para seu trabalho mais recente, chamado The West Pole, que deverá sair em meados de abril ou maio. Neste primeiro álbum depois da saída da (Goddess) Anneke, devo dizer que o TG saiu-se muito bem, se mostrando bastante criativo e mantendo a essência musical e aural que acompanhou a banda durante toda sua trajetória. A nova vocalista lembra a Anneke, pelo timbre, em vários momentos, mas ainda assim mantem um senso de identidade evidente e bem coeso, fazendo um belíssimo trabalho em cima das linhas harmônicas das novas músicas.
Já sobre as músicas em si, elas refletem o mesmo TG que estamos já habituados, embora pareça um tanto mais guitar-driven e energético do que os últimos trabalhos. O álbum também parece mais simples em suas estruturas e densidade lírica, revelando um tom mais sereno e "descompromissado" em suas músicas, num clima bem agradável bem ao estilo de fim de tarde de outono. Pode não ser o melhor trabalho do TG até então, mas certamente merece uns MBs no disco rígido ou no mp3 de cada um. ;)
[official website] | [last.fm] | [myspace]
[2009] The West Pole
01 - When Trust Becomes Sound
02 - Treasure
03 - All You Are
04 - The West Pole
05 - No Bird Call
06 - Capital Of Nowhere
07 - You Promised Me A Symphony
08 - Pale Traces
09 - No One Spoke
10 - A Constant Run
[purchase]
[download]
[2003] Souvernirs
01 - These Good People
02 - The Spirits Are Afraid
03 - Broken Glass
04 - You Learn About It
05 - Souvernirs
06 - We Just Stopped Breathing
07 - Monsters
08 - Golden Grounds
09 - Jelena
10 - A Life All Mine
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Rótulos a parte, a partir de 1995 a banda contou com a entrada de uma mocinha de na época 21 anos chamada Anneke Van Giersbergen e então lançou o álbum Mandylion, o que elevou o trabalho da banda a um nível exosférico de qualidade e beleza musical, numa alquimia de harmonias melancólicas com atmosferas levemente sombrias e letras um tanto obscuras com toques surrealistas. Como as bandas citadas, o The Gathering também foi modificando sua sonoridade ao longo do tempo, explorando nuances mais eletrônicas e psicodélicas e deixando um pouco a base metálica de antigamente, mas sem distorcer a sua identidade e mantendo a qualdiade de outrora, se aproximando do trabalho de bandas como Radiohead e Pink Floyd, mas com o diferencial do vocal da Anneke.
Souvernirs é então o quinto (e infelizmente, penúltimo) trabalho da banda. Nele, a banda encontra-se no seu auge no que tange os experimentalismos musicais, explorados magnificamente ao longo de seus 50 minutos através de seus ambientes melancólicos, introspectivos e até nostálgicos, nos transmitindo serenidade e calma de espírito ao mesmo tempo que nos faz indagar sobre nós mesmos e o universo que nos cerca. A partir do verão (europeu) de 2007, Anneke anunciou sua saída da banda para se dedicar a família e lançou o álbum de seu novo projeto, chamado Agua de Annique. Claro que desejo o melhor para ela, mas a sua saída do The Gathering foi sem dúvidas uma perda muito grande e que será muito sentida... me arriscaria a dizer que ela era a alma da banda e era o principal 'elemento' que tornava sua música tão especial.
Bom, não precisa de muito esforço para perceber o quanto admiro a banda e ainda mais esse trabalho, pois ele teve realmente uma profunda influência em mim e na redefinição do meu gosto musical há algum tempo. Mas ainda assim acho um álbum indispensável para qualquer um que admire uma boa música fora dos padrões estéreis que a indústria estabelece hoje em dia e não se restringe a rótulos. É isso. ;)
- Agora, aproveito essa postagem mais antiga para deixar aqui o link para seu trabalho mais recente, chamado The West Pole, que deverá sair em meados de abril ou maio. Neste primeiro álbum depois da saída da (Goddess) Anneke, devo dizer que o TG saiu-se muito bem, se mostrando bastante criativo e mantendo a essência musical e aural que acompanhou a banda durante toda sua trajetória. A nova vocalista lembra a Anneke, pelo timbre, em vários momentos, mas ainda assim mantem um senso de identidade evidente e bem coeso, fazendo um belíssimo trabalho em cima das linhas harmônicas das novas músicas.
Já sobre as músicas em si, elas refletem o mesmo TG que estamos já habituados, embora pareça um tanto mais guitar-driven e energético do que os últimos trabalhos. O álbum também parece mais simples em suas estruturas e densidade lírica, revelando um tom mais sereno e "descompromissado" em suas músicas, num clima bem agradável bem ao estilo de fim de tarde de outono. Pode não ser o melhor trabalho do TG até então, mas certamente merece uns MBs no disco rígido ou no mp3 de cada um. ;)
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[2009] The West Pole
01 - When Trust Becomes Sound
02 - Treasure
03 - All You Are
04 - The West Pole
05 - No Bird Call
06 - Capital Of Nowhere
07 - You Promised Me A Symphony
08 - Pale Traces
09 - No One Spoke
10 - A Constant Run
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[2003] Souvernirs
01 - These Good People
02 - The Spirits Are Afraid
03 - Broken Glass
04 - You Learn About It
05 - Souvernirs
06 - We Just Stopped Breathing
07 - Monsters
08 - Golden Grounds
09 - Jelena
10 - A Life All Mine
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4 comentários:
So de ter as duas vozes mais perfeitas do mundo na mesma musica, esse cd ja vale a pena.
boa!
muito foda. e concordo com o pedro.
the gathering é lindo ;_;
e esse cd é maravilhoso!
mas ainda gosto mais do "how to measure a planet" :D
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