Godspeed You! Black Emperor










Oi, eu sou o pirs e este é o meu primeiro post aqui. Comecemos.
Conheci o GY!BE por influência de um amigo meu de Brasília, pouco tempo depois de ter descoberto o maravilhoso mundo do post-rock. Acho que foi a primeira recomendação de banda que me fizeram até hoje onde me falaram "baixe toda discografia, você vai gostar." Deixei baixando e fui ler a respeito da banda. Após ler reviews falando muito bem, o termo "trilha sonora para o fim do mundo" sempre surgia. Isso, mais o fato de o download ter demorado muito tempo (meu computador deu vários problemas na época) me deixou muito, mas muito mesmo, ansioso para escutar. Eu esperava demais do que estava prestes a ouvir. E para meu eterno deleite, todas as expectativas foram preenchidas.

O estilo de post-rock que o Godspeed You! Black Emperor faz não é convencional. Cada CD tem no máximo cinco músicas e elas costumam ter no mínimo dez minutos. Outra coisa interessante é que, por exemplo, uma de 17, costuma ter várias partes dentro dela; daria pra separar em canções menores, mas não. Cada faixa é um movimento. Eu diria também que, acima de tudo, GY!BE faz música ambiente. Não é algo que se vai escutar logo que baixa, procurando analisar os detalhes dos instrumentos a cada segundo. É pra se ouvir enquanto se está fazendo alguma coisa, ou então, pra quando não se tem absolutamente nada pra fazer. Por exemplo, sempre que falta luz aqui em casa, eu escuto GY!BE no mp3 player, deitado na cama olhando pro teto; e sempre são momentos lindos.

Infelizmente eles possuem poucos discos, e muita gente especula que a banda já acabou, devido principalmente ao sucesso de outros projetos dos nove membros. São muitos projetos, mas o maior é o A Silver Mt. Zion (provavelmente eu poste algo deles aqui depois). Ao todo o GY!BE possui 3 CDs (sendo um duplo) e um EP, e eu garanto: todos são tão bons quanto este. Vamos, então, ao f#a#. O disco começa com um monólogo, com uma voz masculina bem grave e logo em seguida entram as cordas. E assim começa o crescendo. Lento, novos instrumentos vão surgindo, você fica mais ansioso, tudo fica mais alto, mais rápido, o ápice enfim, e após a queda, a desconstrução da melodia. Poucos segundos depois, começa outro, e assim vai indo. A segunda música começa com alguém anunciando algo em alguma língua estranha. Também parece se ouvir carros andando pelas ruas. Como eu disse, bem ambiente. East Hastings provavelmente é a mais famosa deles, pois é trilha sonora do excelente filme de zumbis Extermínio. Ela toca em uma das melhores cenas do filme; quando o protagonista anda por uma Londres, durante pleno dia, completamente deserta. Guitarra e cordas novamente. Algo para ser sentido, e não escutado. A última música, apesar de ser a maior que a banda já fez (29 minutos), é uma das minhas favoritas. Ela tem tantas partes diferentes que se esquece que é a mesma. É a mais abstrata do disco inteiro, às vezes os sons são barulhos que não consegue se identificar. Mas tudo combinando com a temática do CD, algo meio sombrio, como quando se anda de noite pela cidade, observando o cenário, então se chega a uma esquina, olha-se para o lado e só se vê uma rua deserta.


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[1998] f#a#oo

01 - The Dead Flag Blues
02 - East Hastings
03 - Providence


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2 comentários:

Vinterskygge disse...

The dead flag blues é uma das melhores músicas que já ouvi.

Felipe disse...

cara, gostei do teu post.

esse blog ficará por um bom tempo no meus preferidos!

esta semana eu fiz uma resenha deste mesmo album mas acabei optando por desmembrar as faixas...

ótimo blog.