dredg é uma banda californiana que iniciou suas atividades já no longíquo ano de 1993, no entanto seu primeiro full-length só veio a luz bastante tempo depois (2001, mais especificamente no famigerado 11 de setembro), sob o nome de Leitmotif. Apesar de ter sido lançado de forma totalmente independente, este álbum atraiu um número considerável de fãs desde essa época e a banda ganhou contornos cult desde então, fato que pode ser facilmente compreendido pela qualidade impressionante de seu trabalho e da abordagem feita por eles, buscando não somente a expressão artistica através das músicas, mas pelo conceito que existe por trás delas e todo o trabalho visual que as envolvem também. Este álbum Leitmotif ainda tinha um projeto de um videoclipe para todo o álbum, fato que não prosperou devido à morte do ator principal...
Isto rendeu a banda o rótulo de art rock, geralmente atribuído a bandas que trabalham em sua música para fins que vão além do som em si, como o aspecto visual e o conceito das letras, geralmente abrangendo influências musicas do Rock Progressivo e Alternativo sob um tempero experimental. Geralmente não gosto desse rótulo, mas ele cai como uma luva no caso do dredg e não vejo nenhum problema em usá-lo para a banda, então.
Tendo lançado posteriormente o El Cielo (2002), álbum baseado na vida e no trabalho do pintor espanhol Salvador Dalí, o Catch Without Arms (2005), álbum de maior sucesso comercial da banda até o momento e apresentando uma veia mais acessível e easy-listening do que os demais álbuns (mas sem perder em qualidade, deve-se ressaltar) e a trilha sonora do filme independente Waterbone em 2006, cujo álbum é basicamente composto por músicas ambiente, a banda volta a cena com seu novo trabalho, alcunhado de The Pariah, The Parrot, The Delusion.
Neste álbum, o dredg retoma aquela veia experimental que marcou os dois primeiros full-lengths, com direito a um conceito central para as letras e também para a arte visual, porém não esperem um novo El Cielo ou Leitmotif. Apesar de existirem vestígios evidentes dessa época em seu som, a banda explora várias outras facetas musicais e nos apresenta um álbum bastante variado, abrangendo desde o Alternative Rock ao Pop e flertando com o Post-Rock e Ambient em alguns momentos, criando uma atmosfera sônica muitíssimo interessante e deleitosa de se ouvir e degustar.
Apesar de ser um puta álbum, devo dizer que ainda não o digeri completamente e, pela impressão que tenho, não me parece tão marcante quanto os dois primeiros. Mas se tratando de trabalhos assim, nem sempre a primeira impressão é a que fica (quase nunca, aliás), e a digestão leva bem mais tempo do que levaria para uma banda mais "comum". De qualquer jeito, acho este um álbum imprenscindível para apreciadores do gênero e de miscelâneas experimentais em geral. And that's all, folks. ;)
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[2009] The Pariah, The Parrot, The Delusion
01 - Pariah
02 - Drunk Slide
03 - Ireland
04 - Stamp Of Origin - Pessimistic
05 - Lightswitch
06 - Gathering Pebbles
07 - Information
08 - Stamp Of Origin - Ocean Meets Bay
09 - Saviour
10 - R U O K
11 - I Don´t Know
12 - Mouring This Morning
13 - Stamp Of Origin - Take A Look Around
14 - Long Days And Vague Clues
15 - Cartoon Showroom
16 - Quotes
17 - Down To The Cellar
18 - Stamp Of Origin - Horizon
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