Radare



Primeiramente queria pedir desculpas a todos os leitores pela escassez de post nos últimos tempos, mas quero que saibam que não esquecemos de vocês e sempre que temos algo realmente digno de atenção não exaltamos ao compartilhar com todos os nossos leitores, afinal o ETS preza mais pela qualidade do que pela quantidade :) Agora, vamos ao que interessa.

Pouco se sabe sobre esses jovens alemães de Wiesbaden, a única fonte de informação disponível na rede é o próprio myspace da banda,que infelizmente só apresenta as infos em alemão, ou seja, não ajuda muita coisa.

Composto de 4 canções em quase 44 minutos, Infinite Regress lançado pela SharkMenRecords, apresenta uma sonoridade basicamente focada no post-rock/metal. Mas diferentemente da infinidade de bandas no estilo que tem por aí, esses garotos conseguiram acrescentar outras influências ao seu som, e fizeram algo realmente digno de atenção.
Imaginem um Neurosis misturado com as paisagens funerais e dark do jazz do Bohren & der Club of Gore, a partir daí vocês poderão ter uma ideia do que irá encontrar neste primeiro registro do Radare.

Levando em consideração que esse é o primeiro registro da banda, a idade dos integrantes e a gravação caseira, posso afirmar que esses rapazes tem muito futuro pela frente se continuarem nesse ritmo. Uma das melhores novidades musicais que ouvi esse ano.

Recomendado.


[myspace] | [last.fm]



[2010] Infinite Regress

01 - Morast
02 - Licht Aus / The Lesser Graves
03 - By The Flood
04 - Asthenic Doubts Revolve

[purchase]

[german review]


[download]

Isis




O ISIS é uma banda de Post-Metal / Sludge que eu arrisco dizer que figura entre minhas bandas favoritas atualmente. Este álbum, In The Absence Of Truth, é o meu favorito da banda, até então.
O som é intenso, guitarras distorcidas e pesadas e a interpretação vocal de Aaron Turner é simplesmente fantástica. A banda foi formada no ano de 1997, em Boston e tem como membros Aaron Turner, nos vocais; Mike Gallagher, guitarra; Jeff Caxide, no baixo (ex-Red Sparowes); Aaron Harris, na bateria e Bryant Clifford Meyer, sons eletrônicos e guitarras ao vivo (Red Sparowes).
Recomendado para quem curte Red Sparowes, Cult Of Luna, Pelican, Old Man Gloom e afins.
Espero que gostem tanto quanto eu :)

//Ressucitando o tópico aqui para deixar-vos o que possivelmente é o registro derradeiro do do Isis. Como muitos devem saber, a banda resolveu traçar um ponto final na sua história, preferindo terminá-la em seu ápice do que continuar a compor álbuns sem inspiração e visando unicamente o dinheiro ganho em cima do nome que construíram. Se isto é uma escolha acertada ou não, só o tempo dirá. O fato é que tiveram uma carreira impressionante fechada com chave de ouro com o split com o não menos essencial Melvins, álbum esse postado logo abaixo. Sem mais delongas, RIP and enjoy it! [edited by: c.]


[official website] | [myspace] | [last.fm]





[2010] Split

01 - Melvins - Pig House (alt. version)
02 - Melvins - I'll Finish You Off (alt. version)
03 - Isis - Waves Through The Branches
04 - Isis - The Pilable Foe


[download]





[2009] Wavering Radiant

01 - Hall Of The Dead
02 - Ghost Key
03 - Hand Of The Host
04 - Wavering Radiant
05 - Stone To Wake A Serpent
06 - 20 Minutes / 40 Years
07 - Threshold of Transformation
08 - Way Through Woven Branches [Japanese Bonus Track]


[purchase]


[download]













[2008] In The Absence Of Truth

01 - Wrists Of Kings
02 - Not in Rivers, but in Drops
03 - Dulcinea
04 - Over Root And Thorn
05 - 1000 Shards
06 - All Out Of Time, All Into Space
07 - Holy Tears
08 - Firdous E Bareen
09 - Garden Of Light

[review in english]


[purchase]


[download]
(new link!)

Sixx



Sixx, a banda que posto-lhes hoje, tem uma história um tanto curiosa. Na verdade, trata-se "apenas" de um projeto encabeçado pelos membros de uma banda de BM chamada Von, que, pelo que andei pesquisando, existiu durante a transição dos 80 para os 90 na região da Bay Area, California. Apesar do pouco tempo de vida, o Von ganhou status cult com o passar dos anos, tendo atraído um número considerável de admiradores de sua veia sonora extremamente crua, sendo praticamente um símbolo daquela primeira geração do metal negro. Status esse que fez com que um de seus membros originais remontasse o Von e resolvesse botar o pé na estrada novamente, compondo até novo material.

Tá bem, historinha interessante, mas o que tem o Sixx a ver com isso? Parece que, em alguma época do fim da era inicial do Von, os integrantes resolveram explorar uma nova face de seu universo musical, fazendo algo que pode ser chamado de um híbrido de Deathrock, Gothic Rock e o Post-Punk original mas recheado com um feeling satânico que lhe confere um charme nefasto todo especial. Se não é nada original, consegue invocar o legado de nomes como Joy Division, Sisters Of Mercy e Fields of The Nephilim, isso para não dizer os contemporâneos Hateful Abandon e Amesoeurs sem muito esforço, tornando-se uma verdadeira viagem caleidoscópica por domínios negros e ocultos na segunda metade do álbum.

Deixo aqui uma referência de download para o seu único trabalho lançado, sob o nome de Sister Devil. Não sei a data original do álbum, por isso ponho o ano de 2009, pois parece essa a data que ele foi lançado ao menos de forma oficial. Enjoy it!


[last.fm]


[2009] Sister Devil

01 - Unnatural
02 - Devil
03 - Between The ying
04 - Black Ride
05 - In The Circle
06 - On The Dead
07 - Is My Name
08 - You


[review in english]


[purchase]


[download]

Akhphaezya




Akhpaezya é um projeto musical idealizado por Stephan H. e que, em 2002, tomou vida na forma de um quarteto, sendo formado então por Nehl Aëlin, Loic Moussaoui e Stephane Beguier. É um projeto consideravelmente ambicioso (num bom sentido), envolvendo não só a questão da expressão musical através de várias influências que a banda carrega em sua bagagem, mas também um cuidado maior com a expressão visual e literária.

Tendo, desde a sua formação, gravado e regravado uma demo e feito alguns shows pela França e Bélgica, conseguiram então gravar seu primeiro full-length no começo de 2008, levando o nome de Anthology II. O conceito por trás deste álbum é contar a história de uma terra lendária medieval que leva o nome da banda, com suas particularidades, elementos, história e evolução, bem aos moldes da literatura de fantasia. Maiores detalhes sobre ela se encontram no website da banda.

Além do conceito literário e do aspecto visual minuciosamente cuidado e projetado pela banda, o aspecto musical também é digno de nota e surpresas. Seu som pode ser chamado de Avantgarde Metal, mas a definição soa ainda um pouco vaga e restritiva no caso deles. Suas influências passeam não só pelo domínio do Metal, mas como o do Rock Progressivo, Música Clássica do início do século, e também de Jazz, este último especialmente por parte de algumas linhas de piano/teclado em algumas músicas e da vocalista Nehl, que, aliás, é um dos maiores destaques da banda. É de impressionar a forma como ela consegue usar em subestilos musicais tão diferentes e ainda soar igualmente bom em todos eles. No mais, ainda dá pra notar algumas influências esparsas de música árabe/árabe, conferindo um "charme esotérico" ao já especial trabalho da banda.

Uma banda semelhante que surgiu há pouco tempo e que leva um som parecido com o Akphaezya são seus conterrâneos do Pin-up went down, mas particularmente acho essa que posto aqui melhor, assim como acho que o universo de diferentes gêneros e subgêneros musicais que as duas bandas desenharam ganhou um "contorno" e textura mais bonita e natural no caso deles. Enfim, essa foi só uma referência que quis fazer, para dar uma idéia melhor para quem quiser ouvir. Por mim, esse é um dos melhores e mais surpreendentes álbuns de 2008, e espero que gostem, sinceramente. ;]

//Update: Re-upload do álbum Anthology II


[last.fm] | [myspace] | [official website]





[2008] Anthology II

01 - Preface
02 - Chrysalis
03 - Beyond The Sky
04 - Khamsin
05 - Reflections
06 - Awake
07 - The Golden Vortex of Kaltaz
08 - The secret Of Time
09 - Stolen Tears
10 - Trance HL.14
11 - The Bottle Of Lie


[english review]


[purchase]


[download]

Yakuza



//Antes de tudo, peço desculpas pela seca de posts ultimamente. Meu tempo livre tem sido usado basicamente para dormir, logo, vocês imaginam como ando ocupado nesses últimos tempos. Espero compreensão de todos que passam aqui.
by Carlos.

//First of all, I apologize for the absence of posts lately, in this blog. My free time has been used solely for sleeping, so, you get an idea how busy I've been in the last weeks. I hope you undertand the situation.
by Carlos


Yakuza, além da tão famosa organização mafiosa japonesa, também batiza o nome de uma banda mui interessante que, por razões transcendentais (ou pura falta de atenção daquele que vos fala, mesmo), nunca havia ouvido falar até algumas semanas atrás. Aí que me deparei com a notícia do lançamento de seu mais novo álbum, Of Seismic Consequence, e levando em conta a capa lindíssima e as tags de "avant-garde metal, jazz, progressive", não pude deixar de conferir, obviamente!

Pelo que pesquisei, o Yakuza já tem mais de 10 anos de estrada e são oriundos da cidade de Chicago, US, lançando seu debut em 2001 e mais três álbuns, Way Of The Dead, Samsara e Transmutations até este mais recente, que será postado mais embaixo, e já dividiu palco com gente grande tipo Opeth, Dillinger Escape Plan e Mastodon. Sua proposta sonora permanece essencialmente a mesma ao longo desses anos: Metal com algumas pinceladas Hardcore-based (que são muito pouco ouvidas neste álbum, pelo menos), flertando frequentemente com o Jazz, Prog, World Music, Psychedelic e outros, criando uma espécie de Avant-Garde Metal com aura meio esotérica e gosto surrealista. Referências com nomes como os do maudlin of the Well, Kayo Dot, Mothlite, Ephel Duath, The Ocean e Minsk são bastante válidas, pelo menos a nível de orientar aqueles que só se depararam agora com a banda e desejam saber mais da mesma.

Não diria que eles revolucionarão o curso da música, nem nada parecido. Mas fazem música de grande qualidade regada a espasmos criativos do mais alto nível e não tem medo de arriscar e inovar novos amálgamas sonoros, algo que, levando-se em conta o que tem sido feito por aí nos últimos anos, vale no mínimo uma menção honrosa. Enfim, aproveitem!


[last.fm] | [myspace] | [official website]





[2010] Of Seismic Consequence

01 - The Ant People
02 - Thinning The Herd
03 - Stones And Bones
04 - Be That As It May
05 - Farewell To The Flesh
06 - Testing The Waters
07 - Good Riddance (Knuckle Walkers)
08 - The Great War
09 - Deluge


[review in english]



[purchase]


[download]

Pin-up Went Down




Sobre a Pin-up Went Down, PUWD, pode-se chamar de um projeto encabeçado pelos franceses Alexi Damien, ex-Carnival In Coal, e Aspodel, atual vocalista do Penumbra. Tendo em conta o background dos dois, pode-se imaginar que algo não muito usual e de elevadíssimo quilate pode ser encontrado aqui, certo?

Pois estão errados! Brincadeira. Só pra trollar um pouco, mesmo. Tendo seu nascimento na virada de 2006 para 2007, inicialmente sob o nome de Esthete Piggie, o nome é mudado para Pin-Up Went Down no fim de 2007 e, não muito tempo depois, sai seu debut, chamado 2 Unlimited. O que se encontram aqui são 13 peças musicais que aproveitam a veia insanóide do mesmo Carnival In Coal, inspirações sutis de nomes como Faith No More, Ram-Zet e Diablo Swing Orchestra e, não sendo suficiente tudo isso, temos a srta. Aspodel roubando a cena completamente neste álbum. Sério, demorou-me para cair a ficha que a gama imensurável de timbres que ouço neste trabalho e no recém-lançado 342 (postado logo abaixo) pertencem à mesma pessoa! Por vários momentos achei que haviam chamado uma criancinha panaquinha para cantar no álbum a troco de alguns pirulitos, mas nada, é só a Aspodel enganando a galerë!

O álbum soará estranho, certamente, mesmo para ouvidos treinados e acostumados as bizarrices sonoras que se tem por aí. Mas, além de ser um álbum feito com maior esmero e criatividade possíveis de se alcançar, é um trabalho recheado de bom humor, insanidade construtiva e, ainda assim, inteligente em cada um de seus segmentos. Se isso não é algo convidativo, certamente, não saberia dizer o que mais poderia ser. Enjoy it!


[last.fm] | [myspace] | [official website]














[2010] 342

01 - Diapositive
02 - Escargot
03 - Porcelain Hours
04 - Essence of I
05 - Khabod of My Aba
06 - Home
07 - Vaginaal Nathrak
08 - Pictures to Speak To
09 - Murphy in the Sky with Daemons
10 - Paralogical Sarabanda
11 - Aquarium


[review in english]


[purchase]



[download]

Sahara Surfers



Sahara Surfers, ou os surfistas do Sahara (belo nome aliás, não acham?), que se dedica a fazer, segundo palavras da própria banda, desert rock for wet moments. Essa proposta, vinda dos três rapazes (e a moça, vocalista) oriundos de uma cidadezinha austríaca chamada Schlitter é, no mínimo, inusitada. Pois quem esperaria que seria possível existir um Desert/Stoner Rock com tal qualidade e tão fiel aos mestres do estilo do lado oriental do Atântico, bem longe dos desertos californianos?

Pois então, como já adiantei, os surfistas se aventuram pelas terras áridas e lisérgicas do Stoner Rock com pitadas progressivas e psicodélicas, que não por coincidência flertam com o que foi feito de melhor durante os saudosos anos 70, juntando-se a nomes como Witchcraft (embora numa veia menos metálica do que este), Nebula, Colour Haze, Dead Meadows, QOTSA, dentre muitos outros que não desejam mudar o modo como a Terra gira em torno do Sol ou ao redor seu próprio eixo, mas tão somente se divertir e ganhar uns trocados oferecendo minutos de Rock em sua mais pura quintessência, E isso, apesar deles ainda não estarem em seu estado mais pleno de evolução, conseguem sem o menor esforço e com louvor, for sure.

Deixo-vos aqui o debut album, Spacetrip on a paper plane. Enjoy the trip ;)


[last.fm] | [myspace]




[2010] Spacetrip On A Paper Plane

01 - Colour Jam
02 - Propeller
03 - Age
04 - 812
05 - Sister In Shade
06 - Gas


[download]


ps: You can purchase a physical copy of their album mailing to steingressm@aon.at