David Galas



David Galas
é um músico norte-americano que trabalhou com a banda de Gothic/Darkwave chamada Lycia entre 1994 e 1996, fazendo parte do seu line-up como baixista nessa época, porém se desligando pouco depois do lançamento do álbum Cold (1996) devido à diferenças musicais com outros integrantes da banda. Tendo então estudado música, engenharia de áudio e produção musical ao longo de sua vida, ele então lançou seu primeiro álbum full-length em 2006, chamado de The Cataclysm, fruto de mais de 5 anos de trabalho.

The Cataclysm é um álbum bastante difícil de se falar sobre, ao mesmo tempo que é bem simples. David não é um artista exatamente virtuoso, mas é extremamente competente e carrega as suas músicas com um feeling denso e profundo, algo difícil de se encontrar por aí pelo menos nessas proporções. Sobre a música em si, é notável os ecos de sua ex-banda Lycia em cada composição, especialmente nos arranjos de guitarras e na tonalidade obscura que os encobre, porém as estruturas musicais são consideravelmente mais simples e não tão dotadas do tom místico e esotérico que tanto caracteriza a obra do Lycia. A temática lírica carrega uma melancolia desoladora mas extremamente sincera em cada verso, o que aliada a um tempero Folk sutil, mas devidamente marcante, faz sentirmos como se estivéssemos no meio de paisagens desertas e recheadas de desolação, o que torna-se então um reflexo perfeito para o feeling que ressoa de cada canção que compõe este trabalho.

Imagino que esse álbum seria muito do agrado daqueles que possuem uma afeição especial ao Doom Metal e Gothic Rock em geral, mas ele também é altamente recomendado por mim para aqueles que simplesmente apreciam música de (ótima) qualidade que nos faz refletir e mergulharmos de cabeça nas marés melancólicas do outono. And this is it! ;)



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[2006] The Cataclysm

01 - Asleep In The Field
02 - The Harvest
03 - American Melancholy
04 - Alone We Will Always Be
05 - The End Is Always Closer
06 - Sect I
07 - Capsized
08 - September
09 - The Fragment
10 - Far Away From Nothing
11 - Sect II
12 - The Cataclysm Pt. 1
13 - The Cataclysm Pt. 2
14 - The Burial
15 - Shimla
16 - Reclamation
17 - Sect III
18 - The Great Ruins Of Man
19 - Something Fell From The Sky


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Soap&Skin




"Diante do piano de causa, Anja Plaschg, ou Soap & Skin [Sabão e Pele], mal ousa dirigir-se ao público. Este sustém a respiração para não pertubar a jovem de cabeleira negra. Com peças sombrias que aliam cravo, voz e eletrónica, é um fenómeno mediático. Tem 17 anos e um único álbum, mas a imprensa chama-lhe criança prodígio.

A virtuosa mantém o sangue frio. Em palco, a sua lilhueta miúda, vestida de negro, cativa o público mal abre a boca para murmurar ou gritar canções tenebrosas. Ao uivar como um cão, rugir ou mastigar as palavras, faz pouco dos ideais de beleza.

Anja cresceu na aldeia de Gnas, no sudoeste da Áustria. É filha de criadores de porcos. Aos 6 anos, começou a aprender dança e paino. Aos 13 anos quis desistir, mas o pai pediu-lhe que ficasse mais um ano. E então deu-se o Click. Passou a ensaiar 12 horas por dia, a estudar violino e a trabalhar com um software de música. Aos 14 anos, escreveu a sua primeira peça, para piano e dois violinos. A aldeia vê nela uma rebelde Punk e incompreendida.

Anja atirou-se à pintura e ao video e,aos 16 anos, foi aceite na academia de Belas Artes de Viena. A sua página no Myspace(myspace.com/soapandskin) soma mais de 160 mil visitas e nela acumulam-se declarações de amor dos fãs. Em Nova Iorque, conheceu um advogado de renome, que lhe propôs ser seu agente. As grandes ditribuidoras mandam representantes oas seus concertos.

A música de Soap & Skin tão depressa é terna, a lembrar os Sigur Ros -com voos pianísticos à Rachmaninov- como fulminante e desesperada. As letras das suas canções, melancólicas como só poder ser os escritos da juventude, são sublimes e maduras, por vezes chocantes. Apesar da gargalhada simpática, esta artista já deixou der ser apenas uma adolescente." Courrier Internacional


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[2009] Lovetune for Vacuum


01 - Sleep
02 - Cry Wolf
03 - Thanatos
04 - Extinguish me
05 - Turbine Womb
06 - Cynthia
07 - Fall Foliage
08 - Spiracle
09 - Mr. Gaunt PT 1000
10 - Marche funèbre
11 - The Sun
12 - DDMMYYYY
13 - Brother Of Sleep


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Emptyself



Apesar de seu nome não ser muito conhecido fora de recintos mais undergrounds da música, Eric Johanson é um cara que certamente merece um pouco de nossas atenções. Sendo um produtor/artista independente oriundo de New Orleans, EUA, ele vem trabalhando em suas composições musicais e técnicas de produção desde moleque, aos 12/13 anos de idade, e a partir daí foi criando sua verve artística que deu origem a dois de seus projetos musicais: Cire e Emptyself.

Enquanto o primeiro já possui um certo nome na "praça" do rock progressivo contemporâneo e se destaca pelas letras filosóficas (parece que o Eric é estudante de filosofia, inclusive) e a sonoridade à la Tool/A Perfec Circle, o Emptyself seria o alter-ego mais intimista e pessoal do Eric com direito a uma sonoridade suave e bem delineada recheada de passagens acústicas e que possui um leque de influências mais variado do que o Cire, abrangendo os domínios do Alternative e Trip-Hop. Influências de NIN, Massive Attack e Portishead são bem notáveis neste projeto, embora deva salientar que ele possui uma identidade bem marcante.

Enfim, acho este álbum ideal para se ouvir na calada da noite enquanto se está em sua própria companhia e pretende mergulhar no oceano dos pensamentos e lembranças, embora ele também seja sob medida para ouvir na companhia da pessoa amada. É, sem dúvidas, um trabalho agradabilíssimo, que mesmo que não vá mudar a história da música ou de sua vida rende ótimos minutos de reflexão ou de pura degustação sonora. I hope you enjoy it! ;)


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[2005] Emptyself

01 - None Except You
02 - The Open Landscape
03 - Phantoms In The Sky
04 - Doll Faced Vulture
05 - Forget Me Please
06 - Liberated
07 - The Postulate
08 - It Could Be So Beautiful
09 - 24 Waves
10 - The Way To Crash
11 - And Through We Fade Away...



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The Gathering




O The Gathering é um conjunto de trip rock (definição dada pela própria banda), formado em 1989 na cidade de Oss, na Holanda. Sua proposta original era trazer o Death/Black Metal de bandas como Celtic Frost a um nível mais atmosférico e progressivo, formando o embrião do que viria a ser o hoje estabelecido "Atmospheric Metal", onde, além do The Gathering, bandas como Anathema, Katatonia, Moonspell e Tiamat fazem parte, digamos assim.

Rótulos a parte, a partir de 1995 a banda contou com a entrada de uma mocinha de na época 21 anos chamada Anneke Van Giersbergen e então lançou o álbum Mandylion, o que elevou o trabalho da banda a um nível exosférico de qualidade e beleza musical, numa alquimia de harmonias melancólicas com atmosferas levemente sombrias e letras um tanto obscuras com toques surrealistas. Como as bandas citadas, o The Gathering também foi modificando sua sonoridade ao longo do tempo, explorando nuances mais eletrônicas e psicodélicas e deixando um pouco a base metálica de antigamente, mas sem distorcer a sua identidade e mantendo a qualdiade de outrora, se aproximando do trabalho de bandas como Radiohead e Pink Floyd, mas com o diferencial do vocal da Anneke.

Souvernirs é então o quinto (e infelizmente, penúltimo) trabalho da banda. Nele, a banda encontra-se no seu auge no que tange os experimentalismos musicais, explorados magnificamente ao longo de seus 50 minutos através de seus ambientes melancólicos, introspectivos e até nostálgicos, nos transmitindo serenidade e calma de espírito ao mesmo tempo que nos faz indagar sobre nós mesmos e o universo que nos cerca. A partir do verão (europeu) de 2007, Anneke anunciou sua saída da banda para se dedicar a família e lançou o álbum de seu novo projeto, chamado Agua de Annique. Claro que desejo o melhor para ela, mas a sua saída do The Gathering foi sem dúvidas uma perda muito grande e que será muito sentida... me arriscaria a dizer que ela era a alma da banda e era o principal 'elemento' que tornava sua música tão especial.

Bom, não precisa de muito esforço para perceber o quanto admiro a banda e ainda mais esse trabalho, pois ele teve realmente uma profunda influência em mim e na redefinição do meu gosto musical há algum tempo. Mas ainda assim acho um álbum indispensável para qualquer um que admire uma boa música fora dos padrões estéreis que a indústria estabelece hoje em dia e não se restringe a rótulos. É isso. ;)

- Agora, aproveito essa postagem mais antiga para deixar aqui o link para seu trabalho mais recente, chamado The West Pole, que deverá sair em meados de abril ou maio. Neste primeiro álbum depois da saída da (Goddess) Anneke, devo dizer que o TG saiu-se muito bem, se mostrando bastante criativo e mantendo a essência musical e aural que acompanhou a banda durante toda sua trajetória. A nova vocalista lembra a Anneke, pelo timbre, em vários momentos, mas ainda assim mantem um senso de identidade evidente e bem coeso, fazendo um belíssimo trabalho em cima das linhas harmônicas das novas músicas.

Já sobre as músicas em si, elas refletem o mesmo TG que estamos já habituados, embora pareça um tanto mais guitar-driven e energético do que os últimos trabalhos. O álbum também parece mais simples em suas estruturas e densidade lírica, revelando um tom mais sereno e "descompromissado" em suas músicas, num clima bem agradável bem ao estilo de fim de tarde de outono. Pode não ser o melhor trabalho do TG até então, mas certamente merece uns MBs no disco rígido ou no mp3 de cada um. ;)


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[2009] The West Pole


01 - When Trust Becomes Sound
02 - Treasure
03 - All You Are
04 - The West Pole
05 - No Bird Call
06 - Capital Of Nowhere
07 - You Promised Me A Symphony
08 - Pale Traces
09 - No One Spoke
10 - A Constant Run


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[2003] Souvernirs

01 - These Good People
02 - The Spirits Are Afraid
03 - Broken Glass
04 - You Learn About It
05 - Souvernirs
06 - We Just Stopped Breathing
07 - Monsters
08 - Golden Grounds
09 - Jelena
10 - A Life All Mine


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