David Sylvian




Na mundo da música sempre encontramos pesoas com aquele Q a mais, ao que costumamos chamar de gênio. E eis aqui mais um desses gênios da música, pelo menos na minha opinião.
Tendo começado sua carreira no cénario musical em 1974, com o Japan, David desde então se tornou um workacolic tendo trabalhado com músicos como: Holger Czukay, Robert Fripp, Christian Fennesz, Bill Frisell, Shinya Fujiwara, Jon Hassell, Haruji Kaito, Rusell Mills, Bill Nelson, Shinra Ohtake, Kenny Wheeler entre muitos outros, e sem mencionar as bandas que o mesmo fez parte como o Japan e o Nine Horses.

Em seu trabalho solo, Sylvian aborda universos diferentes do que costumava fazer com o Japan, sendo influenciado ao longo da carreira por uma variedade de estilos e gêneros musicais, incluindo jazz, Avant garde, ambient, eletrônico e até o rock progressivo.
O debut do músico saiu em 1984, o aclamado Brilliant Trees. No ano seguinte o o ambicioso álbum duplo, Gone to Earth é lançado, variando faixas com vocais e instrumentais.

O que rege Secrets of the Beehive é a voz suave e lamentosa de Sylvian, conduzida pelo uso de uma instrumentação mais acústica e orientado musicalmente por uma atmosfera mais sombria e melancólica, com baladas emotivas e arranjos brilhantementes executados por Ryuichi Sakamoto e Brian Gascoigne, nesse álbum é possivel notar a influência marcante de uma pegada mais jazzistica e experimental.

Em 1999 foi lançado Dead Bees on a Cake, seu primeiro álbum solo desde Secrets of the Beehive, doze anos antes. O disco reuniu as influências mais eclética de todas as suas gravações, que vaõ desde o soul ao fusion jazz passando pelo blues e outro ponto marcante na música de Dead Bees é o uso de influências de cânticos espirituais do leste e a maioria das letras reflete agora o senhor de 41 anos que alcançou uma paz interior, resultante de seu casamento, sua família e suas crenças. Entre os músicos convidados estão: o amigo de longa data de David, Ryuichi Sakamoto, o avnt garde guitarrista, Marc Ribot, o trompetista Kenny Wheeler e também o guittarita de jazz, Bill Frisell.

O modo de David compor suas letras é outro ponto que merece destaque. O músico parte de temas que vão desde o amor humano/divino, passando pelo sofrimento, a busca da felicidade entre outros, dando margem para múltiplas interpretações. Até mesmo conceitos panteístas são abordados por David, provavelmente devido ao seu lado espiritual que acentudado e uma estrutura familiar sólida.

Não tenho mais nada a acrescentar, deixo a cargo de cada um tirar suas prórias conclusões a respeito do magistral trabalho de David. Aos fãs de boa música que não se atém a rótuos e preconceito musical, isso será um prato cheio.
Vale ressaltar que o proximo trabalo de Sylvain, Manafon, está quase a sair, e assim que esse estiver por aí postarei no blog, assim como os outros trabalhos do músico.

"Nasci em 1958. Vivi toda a minha infância na zona sul de Londres. Ambiente durro, inesquecível. Era terrivelmente tímido. Comecei a tocar guitarra com 12 anos. Na ausência de qualquer tipo de formação ou habilidades técnicas e sendo uma pessoa não muito comunicativa, depressa senti o impulso de escrever a minha própria música..." David Sylvian

[official site] | [last.fm]



[1999] Dead Bees on a Cake

01 - I Surrender
02 - Dobro #1
03 - Midnight Sun
04 - Thalheim
05 - Godman
06 - Alphabet Angel
07 - Krishna Blue
08 - The Shining of Things
09 - Cafe Europa
10 - Pollen Path
11 - All of My Mother's Names
12 - Wanderlust
13 - Praise
14 - Darkest Dreaming


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[1987] Secrets of the Beehive [2003 re-issue]

01 - September
02 - The Boy With the Gun
03 - Maria
04 - Orpheus
05 - The Devil's Own
06 - When Poets Dreamed of Angels
07 - Mother and Child
08 - Let the Happiness In
09 - Waterfront
10 - Promise (The Cult of Eurydice)

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