Dax Riggs




Dax Riggs, estadunidense nascido no estado de Louisiana no ano de 1973, é um nome (infelizmente) pouco familiar aos ouvidos do povo, mesmo àqueles mais ligados no cosmos underground da música. Apesar de ter um background memorável, por algum motivo, suas bandas e seus projetos nunca eclodiram ou obtiveram o reconhecimento merecido. No entanto, isso não apaga de modo algum seus méritos como compositor e o legado que vem deixando desde os inícios dos 90's, já digo o por quê.

Seu primeiro e possivelmente mais marcante trabalho foi com o Acid Bath, banda que goza até hoje de um relativo status cult desde a época de sua existência (1991 até 1997, mais ou menos), lançando dois álbuns que são verdadeiras descargas sonoras, cuja base Sludge/Stoner mesclam-se a matizes Grunge, Death/Doom Metal, Folk, Post-Punk e muitos outros, sem definir-se exatamente por um destes gêneros. Alguns mais desavisados logo pensariam: "Nossa, isso parece Alice In Chains! Mas tá esquisito", ao ouvir alguma de suas músicas. Com o encerramento de suas atividades, Mr. Riggs fundou o Agents of Oblivion, banda que já estrelou nas páginas deste blog, vide link. Segue uma linha bem próxima ao AB, embora possuído de uma veia obscura e mórbida mais grossa do que o antecessor, e que infelizmente lançou apenas um álbum antes de sua dissolução, o self-titled de 2000. Depois disso, ouviu-se do Dax num outro projeto, Deadboys and Elephantman, que conheço muito pouco, admito. Lembro de ter ouvido algo lá nos idos de 2006/2007, época em que ainda era recente, e lembro que seguia uma linha mais light, algo que poderia ser chamado de Alternative Rock (mas que nada tem a ver com os Strokes e Kings Of Leon's da vida, felizmente).

Nesta mesma época, veio o seu primeiro álbum solo. We Sing Of Only Blood And Love. Apesar do nome parecer ter sido retirado de algum poeminha gótico de uma adolescente de 15 anos fã do Evanescence, nele, o lado mais metálico de sua música parece ter dissipado de vez, restando apenas o feeling psicodélico, bluesy, obscuro, banhado com tons de Southern Gothic de outrora. Se não é nada transcendental, é certamente algo muito bem feito e instigante de se ouvir, qualidades também atribuídas ao seu novíssimo solo, intitulado We Say Goodnight To The World. Aqui, sua verve negra e alucinógena parece ter ganhado outros contornos e núcleo, estando mais pulsantes e profundas do que nunca, tendo momentos que o aproximam muito de nomes lendários como Jeff Buckley e Nick Cave.

Para quem conheço o trabalho do cidadão, é um prato cheio. Para os outros, uma boa chance de conhecê-lo e degustá-lo como se deve. Uma ótima pedida para madrugadas de sexta-feiras solitárias, for sure! Enjoy it.


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[2010] We Say Goodnight The World

01 - Say Goodnight To The World
02 - I Hear Satan
03 - You Were Born To Be My Gallows
04 - Gravedirt On My Blue Suede Shoes
05 - Like moonlight
06 - No One Will Be A Stranger
07 - Heartbreak Hotel
08 - Sleeping With The Witch
09 - Let Me Be Your Cigarette
10 - See You All In Hell Or New Orleans


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