Gazpacho









Gazpacho é uma banda norueguesa de rock progressivo, descrita por um crítico como "classical post ambient nocturnal atmospheric neo-progressive folk world rock". Sabemos que essas definições esdrúxulas nem sempre são úteis e dão uma impressão às vezes errada do que se trata, mas nesse caso eu hei de concordar com ela, pois é isso que a sonoridade do Gazpacho representa para mim, ao menos.

Este álbum, chamado Night, o último lançado da banda, é considerado pela crítica e público como o melhor da banda lançado até hoje. Ele impressiona por vários motivos, especialmente pela maneira como eles "passeiam" por várias referências e nuances dentro de um mesmo subgênero musical, mas ainda soando de forma muito coesa e natural, como se este mesmo fosse o curso natural de seu leito sonoro. Mesmo músicas muito longas como Dreams of Stone e Massive Illusion parecem ter metade da duração que realmente têm, não soando cansativas ou forçadas em nenhum momento. Percebo também um feeling meio trip-hoppish em alguns momentos nas músicas, o que dá um sabor ainda mais especial e característico a elas.

Com isso, fica realmente difícil acreditar que eles não possuem nenhuma gravadora, e os álbuns foram então inteiramente produzidos pela própria banda, e o seu sucesso conseguido graças à divulgação da internet e shows. Sabemos que algumas bandas realmente não recebem a atenção que merecem, é uma espécie de "mal" da indústria fonográfica hoje em dia e já há um bom tempo, mas realmente espero que esse quadro se reverta para eles, pois poucas bandas conseguem tal nível de qualidade artística (incluindo música, produção, qualidade de apresentação e divulgação do trabalho, etc.) com recursos limitados como esta. Enfim, desabafei. Enjoy it! ;)


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[2009] Tick Tock

01 - Desert Flight
02 - The Walk (Pt. 1)
03 - The Walk (Pt. 2)
04 - Tick Tock (Pt. 1)
05 - Tick Tock (Pt. 2)
06 - Tick tock (Pt. 3)
07 - Winter Is Never


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[2007] Night

01 - Dreams Of Stone
02 - Chequered Light Buildings
03 - Upside Down
04 - Valerie's Friends
05 - Massive Illusion


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If These Trees Could Talk




If These Trees Could Talk é uma banda originária de Akron, Ohio, da terra do Tio Sam, sendo fruto da vontade e da criatividade de Zack Kelly. Enveredando-se pelas paisagens cada vez mais tortuosas e densas do Post-Rock, IFTCT (abreviar é necessário, né?) lançou seu primeiro EP, auto-intitulado, no ano de 2006 e conseguiu uma boa repercussão e consideração por parte dos fãs numa época que parece ter havido um grande "boom" do Post-Rock, garantindo que seu nome ficasse na boca e nos discos rígidos de vários admiradores do gênero. Esse ano de 2009 marca então o lançamento de primeiro full-length, chamado "Above The Earth, Below The Sky", e é sobre ele que falarei com mais detalhes agora.

Apesar da banda poder tranquilamente receber a alcunha de Post-rock para seus trabalhos, parece que a própria banda recusa esse rótulo e prefere referir-se como apenas uma banda de Rock, a qual possui influências principalmente de Indie e Rock Progressivo e adota alguns elementos característicos da sonoridade do Post-rock, sendo esse o motivo da identificação com ele. Seja lá o que isso quer dizer, afinal, o fato é que a banda consegue explorar muito bem o universo celeste, onírico e contemplativo que constitui a alma do gênero, porém o IFTCT adota uma postura menos "post" e mais "rock", de fato, o que lhe confere uma certa identidade em relação à maioria das bandas que orbitam nesse universo além de tornar suas paisagens sonoras mais orgânicas do que essa média, também. Suas músicas sempre fazem referência à natureza, tanto nos títulos quanto na música em si, e essa característica torna-a talvez um pouco mais humana e palpável aos nossos seis sentidos ainda que em nada perca o tom sonhador e surrealista tão marcante do universo Post-rock, aliás, parece que até acrescenta algo a ele, no fim das contas.

Enfim, resumidamente trata-se de um álbum agradabilíssimo e de grande qualidade técnica, impressionando não exatamente pela profundeza de sua verve ou de uma visão vanguardista, mas sim por transformar algo que seria "mais do mesmo" em alguma coisa tocante e fascinante de uma maneira completamente natural, sincera e inteligente, deixando a essência de seu encanto na sua simplicidade e aparente "falta" do mesmo. Mais um álbum que recomendo não somente para adoradores do "Rock feito com propósitos que não o Rock" mas para qualquer um que se diga admirador de boa música.


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[2009] Above The Earth, Below The Sky

01 - From Roots To Needles
02 - What's In The Ground Belongs to You
03 - Terra Incognita
04 - Above The Earth
05 - Below The Sky
06 - The Sun Is In The North
07 - Thirty-Six Silos
08 - The Flames Of Herostauros
09 - Rebuilding The Temple Of Artemis
10 - Deux Ex Machina


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Amesoeurs




Formado por Neige e a vocalista Audrey Sylvain em 2004, o Amesoeurs é uma gélida, violenta, melancólica, sufocante e desolada visão, cheia de desespero. Através de sua música, o Amesoeurs retrata um mundo de decadência urbana, uma terra sem vida e devastada e um domínio negro que se tornou tão real numa época de decadência social.

Mesclando elementos do harsh melancholic black metal, post-punk e new wave dos anos oitenta, influenciado por nomes como Joy Division, trabalhos antigos do The Cure, e Depeche Mode, "Amesoeurs" é um álbum que mostra os talentos sempre em expansão de Neige, e mistura elementos de cada um dos gêneros citados em uma anestesiante e cruel viagem sônica onde as músicas são diferentes expressões que se entrelaçam para formar um álbum que será um dos mais memoráveis lançamentos de 2009. by:Profund Lore

Novo e inefelizmente último trabalho lançado pelo Amesoeurs, após o lançamento deste, não haverá mais nada novo. Talvez isso faça do album um dos mais aguardados do ano, pois desde o lançamento do EP, Ruines Humaines em 2006 a banda conquistou varios fãs, sem falar da popularidade alcançada com o Alcest que deu mais visão ao Amesoeurs.

Os pontos altos desse cd são muitos, o vocal da Audrey está cada vez mais perfeito, e isso encaixou como uma luva nesse novo cd, as linhas istrumentais são algo de arrepiar, o que so ressalta a genialdiade do homem por trás disso tudo, o Neige. E não se pode deixar de citar outro ponto forte desse album que é a maravilhosa capa, feita por um dos integrantes da banda, Fursy Teyssier. Uma curiosidade é que os algarismos romanos que formam o titulo da faixa 6 se forem trocados pelas respectivas letras do alfabeto forma a frase "Amesoeurs is Dead".

Provavelmente este cd será um dos melhores lançamento de 2009, senão o melhor. Recomendado pra qualquer um que conheça o trabalho do Neige, ou fã de black metal, de experimental, de shoegaze... ou seja, qualquer um que tenha bom gosto pra musica.


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[2009] Amesoeurs

01 - Gas In Veins
02 - Les Ruches Malades
03 - Heurt
04 - Recueuillement
05 - Faux Semblants
06 - I XII V XIX XV V XXI XVIII XIX – IX XIX – IV V I IV
07 - Trouble (Eveils Infames)
08 - Video Girl
09 - La Reine Trayeuse
10 - Amesoeurs
11 - Au Crepuscule De Nos Reves


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Umbra Nihil




Pré-script: Devo pedir desculpas pelas postagens escassas, meu horário na faculdade está bem mais cheio dessa vez e imagino que meus colegas de blog estejam igualmente apertados. Bem, esse é o recado, agora vou ao que interessa:

Umbra Nihil é uma banda vinda das gélidas terras do norte finlandês, nascida em meados dos anos 2000. Tendo lançado seu primeiro trabalho, uma demo contendo 5 faixas, em 2002 e recebido uma certa atenção por causa dela, pouco tempo depois utiliza as mesmas 5 faixas num split com os conterrâneos do Aarni e lançado seu primeiro full-length pela firebox em 2005, chamado de Gnoia. Depois de um hiato de mais de três anos, a banda ergue-se de sua sepultura e volta a terra, lançado o The Bordeland Rituals em 2008, álbum que posto aqui agora.

A sonoridade da banda é um tanto difícil de se definir. Suas raízes estão certamente aterradas nas florestas do Funeral Doom Metal e percebe-se em seu som influências marcantes de vários mestres do estilo (Thergothon, Skepticism, Esoteric, só para citar alguns), mas o Umbra Nihil o acrescenta uma série de elementos inusitados e uma abordagem igualmente inusitada para o gênero. Além de explorar devidamente nuances ambientes (algo não muito incomum, até), a banda acrescenta toques psicodélicos as suas criações, criando assim uma atmosfera nebulosa, grotescamente obscura e permeada de nuances surrealistas, algo digno dos universos da obra de tH.P. Lovecraft ou mesmo das criaturas do H.R. Giger, o que foge um pouco do padrão do dubgênero, normalmente voltado a temáticas melancólicas de grande profundidade porém sem perder a sua essência em nenhum átomo.

O álbum postado aqui agora, The Borderland Rituals, demonstra algumas ligeiras mudanças (ou evoluções, como queira chamar) em seu universo sonoro, através da presença de vocais limpos bem como uma atmosfera menos tenebrosa e mais cristalina, fato que deve ter sido influenciado pela produção, desta vez superior aos outros álbuns. Mas em nenhum momento digo que a banda perdeu a mão ou mesmo desceu na escala de sua qualidade artística, pois tanto essa qualidade como os elementos que a tornaram de certa forma cultuadas pelos amantes do Funeral Doom permanecem lá, para sua (e minha também) "alegria". Bem, espero sinceramente que gostem!


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[2008] The Bordeland Rituals

01 - Welcome To Borderland
02 - Open The Gate
03 - Leaving The Body
04 - Sea Of Sleep
05 - The sign Of Death


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Wolves in The Throne Room





Os Wolves in the Throne Room incorporam um organismo peculiar com uma visão espiritual e ecológica que não encaixa no estereótipo da banda Black Metal.
A inspiração inicial surgiu em 2002, mas foi em 2004, altura em se mudaram para uma quinta em ruínas rodeada por densas florestas nos arredores de Olympia, Washington, USA, que os irmãos Weaver começaram a absorver e a canalizar energias para o desenvolvimento da sua sonoridade apocalíptica e contemplativa. Em 2006 editam o 1º álbum e assinam de seguida pela Southern Lord, iniciando a colaboração com o produtor Randall Dunn (SUNN O))), Earth, Grails) que culmina em 2007 no fabuloso Two Hunters. O novo álbum, Black Cascade, já se encontra finalizado e será editado durante a primavera deste ano.

Captando elementos que vão da folk ao black metal, passando pelo crust punk, o shoegaze, o thrash metal e o drone, os Wolves in the Throne Room cultivam ambientes que transcendem a simples definição de estilo, e, se agradará com naturalidade aos regulares ouvintes destas sonoridades, o potencial para agradar a quem normalmente não se aventuraria, é imenso. by: Andre

Malevolent Grain é o novo EP do grupo que conta com 2 novas músicas, sendo uma inteiramente cantada por Jamie Meyers, com sua belissima voz na faixa A Looming Resonance. Já a segunda faixa, Hate Crystal, tem basicamente a mesma estrutura do album Two Hunters.

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[2009] Black Cascade

01 - Wanderer Above the Sea of Fog
02 - Ahrimanic Trance
03 - Ex Cathedra
04 - Crystal Ammunition


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[2009] Malevolent Grain [ep]

01 - A Looming Resonance
02 - Hate Crystal


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[2007] Two Hunters

01 - Dea Artio
02 - Vastness and Sorrow
03 - Cleansing
04 - I Will Lay Down My Bones Among the Rocks and Roots


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