Mais um post da série: "wtf, de onde saiu isso?!" eis que falo do Antonius Rex. Suas origens remetem ao longíquo e psicodélico ano de 1974, cortesia do italiano Antonio Bartoccetti. Após sua empreitada com a banda Jacula (sem trocadilhos infames, pfv, tem crianças lendo esse blog), que nasceu em 68 e veio a falecer 5 anos depois devido à insucesso comercial, Antonio aproveita as cinzas da banda e monta o Antonius Rex em companhia de Doris Norton e Albert Goodman, sendo o CD que vos posto, Neque Semper Arcum Tendit Rex, o primeiro fruto dessa união.
Assim como seu projeto antecessor, o AR tem o esoterismo e ocultismo como combustível primordial para suas ideias sônicas, líricas e gráficas. Obviamente, isso lhes rendeu um status cult pelos fanáticos undergrounders da época, mas, como o usual, o retorno financeiro sempre foi complicado, o que lhes renderam problemas para a continuação do seu trabalho durante os anos seguintes da década, fazendo com que eles terminassem atividades em 1980. No entanto, retomaram as atividades lá pelos idos de 2004 (!), dessa vez de forma bem inspirada e produtiva haja visto uns 5 álbuns lançados desde então, no qual, provavelmente, figurarão por estas páginas se achá-los dignos disso.
Com todo esse background, já podem imaginar o que vem por aí, não é? Uma versão evil do Van Der Graaf Generator se enveredando pelos caminhos do Avant-garde/RIO dignos de um Univers Zero e Art Zoyd, onde as letras, em latim, são sussurradas em meio a turbilhões massivos de guitarras altamente distorcidas e órgãos a sangrar notas negras e místicas isotropicamente. E o mais impressionante de tudo é ver como a produção deste álbum é excelente! Límpida e cristalina mesmo para os (elevados) padrões do Prog, de modo que mesmo as bandas mais famosas este gênero da época, com conhecimento e $$$ suficientes para obter o melhor da tecnologia setentista, teriam dificuldades de alcançar. Existem CDs de 15-20 anos atrás com piores produções, posso garantir.
Não sei se este trabalho faria o gosto de todo passante aqui deste blog, mas recomendo-o nem que seja para efeito de curiosidade, ou para assustar seus vizinhos e parentes chatos com algo pretensamente endemoniado. Enjoy it!
Assim como seu projeto antecessor, o AR tem o esoterismo e ocultismo como combustível primordial para suas ideias sônicas, líricas e gráficas. Obviamente, isso lhes rendeu um status cult pelos fanáticos undergrounders da época, mas, como o usual, o retorno financeiro sempre foi complicado, o que lhes renderam problemas para a continuação do seu trabalho durante os anos seguintes da década, fazendo com que eles terminassem atividades em 1980. No entanto, retomaram as atividades lá pelos idos de 2004 (!), dessa vez de forma bem inspirada e produtiva haja visto uns 5 álbuns lançados desde então, no qual, provavelmente, figurarão por estas páginas se achá-los dignos disso.
Com todo esse background, já podem imaginar o que vem por aí, não é? Uma versão evil do Van Der Graaf Generator se enveredando pelos caminhos do Avant-garde/RIO dignos de um Univers Zero e Art Zoyd, onde as letras, em latim, são sussurradas em meio a turbilhões massivos de guitarras altamente distorcidas e órgãos a sangrar notas negras e místicas isotropicamente. E o mais impressionante de tudo é ver como a produção deste álbum é excelente! Límpida e cristalina mesmo para os (elevados) padrões do Prog, de modo que mesmo as bandas mais famosas este gênero da época, com conhecimento e $$$ suficientes para obter o melhor da tecnologia setentista, teriam dificuldades de alcançar. Existem CDs de 15-20 anos atrás com piores produções, posso garantir.
Não sei se este trabalho faria o gosto de todo passante aqui deste blog, mas recomendo-o nem que seja para efeito de curiosidade, ou para assustar seus vizinhos e parentes chatos com algo pretensamente endemoniado. Enjoy it!
[last.fm] | [myspace] | [official website]
[1974] Neque Semper Arcum Tendit Rex
01 - Nequer Semper Acum
02 - Pactius
03 - In Hoc Signo Vicies
04 - Non Fiat Voluntas Tua
05 - Devil Letter
06 - Aquila Non Capit Muscas
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Um comentário:
Que honra a minha recomendação aparecer por aqui! Que bom que gostou a tal ponto!
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